Capítulo Único
Yoshiko viu seu marido sair para o trabalho no Ministério das Relações Exteriores pouco depois das dez horas. Então, agora que dispunha de seu próprio tempo com inteira liberdade, ela se trancou no escritório que dividia com o marido para retomar o trabalho na história que deveria enviar para a edição especial de verão da revista K.
Ela era uma escritora versátil com um grande talento literário e um estilo fluido. Até a popularidade de seu marido como diplomata se via ofuscada pela sua como autora.
Seus leitores a abrumavam diariamente com cartas elogiando seus trabalhos. De fato, nesta mesma manhã, assim que se sentou diante de sua mesa, começou em seguida a folhear as inúmeras cartas que o correio matinal trouxera. No conteúdo, sem exceção, todos seguiam o mesmo padrão, mas estimulada por seu profundo senso feminino de consideração, sempre lia cada correspondência que lhe era endereçada, fosse monótona ou interessante.
Capítulo 21: Nos conhecemos um pouco melhor
Já é tarde da noite, e como iremos ao templo para receber as bênçãos amanhã, nossa conversa com Lilia-san e os outros é interrompida após cerca de meia hora, e cada um de nós tomamos nossos banhos e nos preparamos para ir a cama.
Só naquele momento, porém, lembrei-me das lembranças que Neun-san me deu e conversei com Lilia-san a respeito... Já que é comida da minha terra natal, ela apenas me disse para compartilhar com nós três. E assim, decidi aceitar sua oferta, então pedi a Kusunoki-san e Yuzuki-san para se reunirem no meu quarto.
Nós três estaríamos juntos naquela habitação, então, para ser honesto, não faz muita diferença em qual lugar nos reunimos, mas não importa o quão temporário possa ser, eu ainda não me sentiria confortável em entrar no quarto de uma mulher.
Capítulo 20: Parece que estou a um passo de ter uma técnica de trapaça de conexões sociais
Quando voltamos para a estrada, que estava envolta na completa escuridão da noite, e chegamos à mansão de Lilia-san, já era quase meia-noite.
“Bem-vindo de volta, Miyama-sama.”
“Lunamaria-san. Desculpe estou atrasado.”
Capítulo 27.7: Bônus Histórias Curtas
Sobre Apelidos
“Posso deixar com você, Anessa?”
“Claro, pode deixar.”
Belgrieve entregou a Anessa uma cesta de batatas com sementes, que ela colocou confortavelmente debaixo do braço antes de sair. A neve havia derretido, expondo o solo negro do campo. Ainda estava úmido o suficiente para que as solas de seus sapatos afundassem e grudassem a cada passo, porém era bom o suficiente para semear. Anessa plantou as batatas em fileiras ao longo da terra arada. Para cada batata, espalhou um punhado de fertilizante misturado com esterco, folhas caídas e cinzas, e empilhou terra em cima. Com um monte após o outro, nasceu o campo da segunda cultura básica mais prevalente de Turnera — depois do trigo.
Capítulo 27.6: Irmãs
Quando Belgrieve ainda estava hospedado na mansão Bordeaux...
Sob o sol ininterrupto da manhã, estava claro e alegre, mas logo as nuvens vieram para lançar sua sombra. Um olhar para cima revelou uma extensão cinzenta opressiva que parecia anunciar chuva a qualquer momento. “Estamos tendo muita chuva nesta primavera.” alguém murmurou.
Belgrieve estava ajudando a separar os escombros extraídos da mansão, porém assim que os céus começaram a parecer perigosos, ele e todos os outros recuaram para dentro. Não que houvesse algo para fazer lá dentro; depois de dar uma volta em torno de seu quarto, Belgrieve se sentou em uma cadeira.
Alguns dias se passaram desde o caos. A mansão tinha sido grosseiramente arrumada, no entanto os cortes nas paredes e no chão ainda precisavam ser reparados; carpinteiros podiam ser vistos indo e vindo todos os dias.
Capítulo 19: Eu fiz alguns amigos
Não sei quanto tempo se passou, porém acordei e juntei-me ao restante para compartilhar o churrasco novamente, conversei com os outros e, antes que percebesse, o tempo passou em um flash.
Pensei em ajudar na limpeza, contudo não havia uma única partícula de poeira deixada na área pelas mãos de Ein. Com um sorriso irônico que apareceu de forma espontânea no meu rosto, ouvi Neun-san me chamar.
“Miyama-san. Se quiser, tenho algumas lembranças que você pode levar para casa... Primeiro, aqui.”
