domingo, 13 de fevereiro de 2022

Boukensha ni Naritai to Miyako ni Deteitta Musume ga S Rank ni Natteta — Volume 02 — Capítulo 22

Capítulo 22: Quando Ele Abriu os Olhos


Quando ele abriu os olhos, Angeline estava dormindo na mesma cama. Havia duas camas no quarto, e escolherá rastejar para a do pai. Se seguisse tão dependente, Belgrieve se preocuparia com o que aconteceria com ela quando voltasse a Orphen. Na verdade, quando tinha doze anos, Angeline disse que treinava para dormir sozinha — talvez fosse mais madura naquela época.

Ainda não havia raiado o dia; mesmo que quisesse ir com calma, seus hábitos foram solidificados pela idade e não o deixariam tão facilmente. Quando Belgrieve levantou o torso, seus músculos e articulações rangeram e sacudiram, mas sentiu que estava melhor do que no dia anterior. Talvez a cama macia o tivesse ajudado.

Dobrando os joelhos e revirando os ombros, seus movimentos não pareciam muito restritos.


“Muito bom...” Belgrieve deu um tapinha em seus ombros, colocou sua perna e se levantou. Não parecia que Angeline ia acordar. Ela gemeu e rolou, cheirando a álcool. Talvez tivesse entrado em um debate acalorado, contudo parecia que tinha bebido bastante. Mesmo tendo a advertido a respeito, mas agora Belgrieve percebeu que tal advertência era inútil para uma jovem.

A chuva havia diminuído, embora algumas nuvens ainda pairassem no alto, e o vento ainda estava forte.

Era bastante perturbador usar roupas desconhecidas. Belgrieve se trocou, pegou sua espada e saiu. A mansão estava silenciosa, no entanto havia uma agitação na cozinha. Os criados estavam ocupados preparando o café da manhã antes que a dona da casa acordasse. Enquanto caminhava pelos corredores, Belgrieve podia sentir o cheiro fino de pão assando nos fornos.

Ele cumprimentou os soldados em patrulha ao passar por eles, sentindo uma sensação de aperto sob os pés ao pisar na relva salpicada de orvalho. Deve ter chovido bastante durante a noite, contudo o céu provavelmente clarearia durante o dia.

Belgrieve se espreguiçou com cuidado antes de se posicionar, balançando como se estivesse testando cada movimento. Suas juntas doíam um pouco; este foi certamente o recuo de se esforçar demais.

Pouco a pouco, alternando seus movimentos, investigando a causa raiz de toda essa dor balançando sua lâmina, enfrentando seu próprio corpo. Belgrieve poderia ter se esforçado um pouco quando era mais jovem, contudo na idade atual, uma lesão excessiva poderia levá-lo além do ponto sem retorno. Era preciso conhecer seus próprios limites.

Então, concentrou seu poder interior, sentindo-o fluir das pontas dos dedos dos pés até os quadris, depois a coluna e, por fim, os braços. Garantiu que seu corpo não doesse enquanto ainda tirava sua produção máxima.

“Está uma sensação rígida.” murmurou. Parecia que seu confronto com Angeline havia desalinhado seu centro. Porém, isso não era irreparável. Impossível fazê-lo de imediato, mas só tinha que recuperar a sensação pouco a pouco, todos os dias. Afinal, teria muito tempo quando voltasse para Turnera.

Ou posso apenas desistir de manejar esta espada. Um sorriso autodepreciativo cruzou seus lábios. Neste ponto, o tempo que passou balançando sua espada superou em muito o tempo gasto com as mãos ociosas. É provável que não fosse capaz de parar a menos que perdesse as duas mãos ou morresse.

Depois de passar cerca de uma hora praticando, Belgrieve abaixou os braços e respirou fundo. Seus balanços estavam muito longe do que costumavam ser, porém se sentia ainda mais cansado do que o habitual.

“Esplêndido.” uma voz chamou por trás. Belgrieve se virou e lá estava Ashcroft, encostado na parede com os braços cruzados. Mas os olhos por trás de seus óculos eram afiados e se estreitaram em desagrado.

“Desde o balanço de seu centro até a nitidez com que abaixa sua lâmina. Tudo deveria ser impossível com uma perna artificial. Você é bastante coisa.”

“Obrigado...”

“No entanto não tão bom quanto Sasha faz parecer.” Declarou Ashcroft, deixando escapar uma zombaria depreciativa como se quisesse provocá-lo.

Belgrieve coçou a bochecha. “Sim, também acho... Entretanto Sasha tem uma imaginação muito selvagem.”

“Hmm...” Ashcroft parecia um pouco surpreso. Deve ter esperado raiva ou alguma resposta espirituosa.

Parece que ele tem uma péssima impressão de mim, pensou Belgrieve. Ele podia dizer que isso vinha da confiança juvenil de Ashcroft e de sua inveja por todos os elogios que Helvetica e Sasha haviam feito sobre sua pessoa. Para alguém habilidoso o suficiente para ser confiado à casa de um grande nobre do norte ainda em seus vinte e poucos anos, era natural que Ashcroft não suportasse um homem de meia-idade de quem sabe onde.

Ashcroft foi rude, todavia Belgrieve não se incomodou de forma alguma. Até sentiu que essa arrogância juvenil era um pouco charmosa, e também ficou feliz por fim ouvir uma crítica honesta de sua espada sem uma impressão sonhadora.

Vendo que Ashcroft havia perdido completamente o interesse e não estava motivado o suficiente para reunir mais palavras, Belgrieve lhe deu um sorriso. “Senhor Ashcroft, ouvi dizer que você tinha interesse na lâmina...”

Como um peixe que recebe água, Ashcroft disse: “Sim... Não sou tão bom quanto Sasha, porém pelo menos posso fazer um balanço melhor do que o que acabei de ver. Ninguém na guilda pode me derrotar, exceto Sasha.”

“Entendo, isso é muito impressionante. Tenho certeza de que a Helvetica está aliviada por ter alguém como você ao seu lado.”

Belgrieve quis dizê-lo como um elogio honesto, contudo não foi considerado como tal. Ashcroft pareceu um pouco irritado com suas próximas palavras. “Hmph... Poupe-me do seu sarcasmo. Não me importo se é o Ogro Vermelho ou o quê for, não acho que o senhor seja nada de especial. Não deixe esses elogios subirem a cabeça.”

“Meus pensamentos são o mesmo. Vou levar o conselho a sério.”

Ashcroft ao fim se deu por vencido com a humildade robusta de Belgrieve. Ele levantou os óculos com raiva e girou nos calcanhares. Belgrieve o viu partir com uma risada; jovens imprudentes como esse tinham certo charme.

Depois de tirar a lama da perna de pau e do sapato, Belgrieve voltou para o quarto. Angeline ainda estava esparramada na cama, gemendo. Ela bebeu tanto assim?

Ele balançou a cabeça um pouco. “Acorde, Ange. É de manhã.”

“Hmm... Hmmm...” Angeline se endireitou aos poucos, suas pálpebras se abrindo devagar. Os botões e ganchos do vestido que não estava acostumada a usar estavam quase desfeitos, e seu corpo balançava de forma instável para frente e para trás.

Belgrieve suspirou. “Eu te disse para não beber muito.”

“Hmm... Dia... Pai.”

“Sim, bom dia... Quer dormir mais?”

“Estou com sono...”

Angeline desabou sobre Belgrieve, dormindo mais uma vez. Se está assim, as outras duas não devem estar muito diferentes. Belgrieve a aconchegou adequadamente, colocou o cobertor sobre Angeline, então se sentou na cadeira e olhou pela janela. O sol surgiu no meio de sua prática, e as nuvens se foram. Havia céu azul acima, e as folhas e folhas de grama umedecidas pela chuva agora brilhavam ao sol — uma bela visão.

Belgrieve observou o sol subir lentamente cada vez mais alto. Assim que a névoa da manhã se dissipou, os pássaros começaram a voar. Os que dormiam abriram os olhos e foi como se o próprio mundo estivesse vivo uma vez mais.

Quanto tempo levará para que a questão das estradas seja resolvida? Ele esperava que não demorasse muito.

Seu olhar seguia para fora por um tempo quando alguém bateu na porta. “Entre.” respondeu, e uma jovem empregada enfiou a cabeça para dentro.

“Bom dia. Hmm, a condessa queria saber se você se juntaria a ela para o café da manhã...”

“Ah, obrigado. Vou aceitar o convite.”

“Então me siga...”

“Me dê um segundo. Minha filha...” Belgrieve se levantou e sacudiu a adormecida Angeline. “Hey, Ange. Café da manhã.”

“Hmph... Não precisa...”

“Não seja assim. Helvetica está nos convidando...”

“Num quero.” Angeline puxou as cobertas sobre a cabeça e se enrolou em uma bola.

Belgrieve suspirou. “Eu vou então.”

Não houve resposta; Angeline provavelmente estava dormindo. Belgrieve sacudiu a cabeça e seguiu a empregada.

No refeitório, encontrou as três irmãs Bordeaux já sentadas, conversando sobre alguma coisa. Ashcroft ficou de lado. Ao notar Belgrieve, Helvetica sorriu e chamou-o para mais perto. Belgrieve sorriu de volta e sentou-se em uma cadeira.

“Bom dia a todos.”

“Bom dia, Belgrieve. Dormiu bem?”

“Sim, e tenho sua cama para agradecer. As meninas beberam demais e ainda não acordaram...”

Vendo o sorriso irônico de Belgrieve, Sasha riu. “Hahaha, nós bebemos bastante ontem à noite, afinal! Que momento divertido foi!”

“Tem certeza de que as arrastou nisso, Sash? Nem todo mundo é um peso pesado.” Seren disse com um suspiro.

Pensando bem, Sasha de fato estava bebendo com elas. E, no entanto, aqui está, completamente bem. Ela é bem forte. Belgrieve ficou um tanto impressionado.

A mesa de jantar de um nobre era linda, como era de se esperar. Em especial quando forrado com pão macio e bacon, ovos cozidos, ensopado, chucrute, salsicha, batatas cozidas no vapor e iogurte com geleia. O arranjo também era de primeira classe — tão refinado, que Belgrieve achou bastante perturbador. Uma vez que as bênçãos foram ditas, se viu apenas observando as irmãs comerem. Não conhecia a etiqueta adequada e se sentiu muito envergonhado para dar o primeiro passo.

Helvetica percebeu isso e riu. “Sir Belgrieve, apenas coma como quiser.”

“Sim, mas...”

Vendo que ainda estava hesitante, Seren disse com um toque de gentileza. “Está perfeitamente bem. Sash aqui conhece todas as regras e as ignora mesmo assim.”

“O que está dizendo, Seren? Sei como escolher uma hora e um lugar. Que razão tenho para cuidar de minhas maneiras diante de minha própria família e mestre?” Sasha disse, jogando um rolo inteiro de pão branco em sua tigela de ensopado e enfiando na boca. Ela comia como uma aventureira, o que tirava um fardo da mente de Belgrieve. Havia pouco que o impedisse de ir ao banquete agora, contudo de repente lhe ocorreu fazer uma pergunta a Helvetica.

“Como foi? As conversas chegaram a algum lugar?”

“Não, vai demorar um pouco mais... Quero fazer algo a respeito nos próximos três a quatro dias. Está com pressa?”

“Não estou com pressa, entretanto este é o primeiro grande evento desde que a vila foi fundada. Todo mundo está em xeque.”

Helvética riu. “Entendido. Não gostaria de ser descuidada com a minha resposta, então vai demorar um pouco mais, todavia vou tentar me apressar. Por favor, vá com calma até lá.”

“Muito grato.”

Descascando a casca de um ovo cozido, Sasha disse: “Mestre! Você tem tempo hoje? Eu adoraria ter uma partida!”

“Haha, não me importo. Embora tenha certeza que hoje será o dia em que perderei...”

“Do que está falando? Hoje será o dia em que o farei me levar a sério!” Sasha estava em fervor.

Nunca me segurei contra você antes, no entanto. Belgrieve acariciou a barba, sentindo-se bastante perturbado.

Ashcroft estava olhando-o com desdém do pé da mesa, e finalmente disse. “Se me permite, senhorita Sasha, suas habilidades com a espada não são tão notáveis ​​quanto faz parecer.”

“O que?” Sasha olhou para Ashcroft. “O que está fazendo, Ashe? Já viu o manejo da espada de Belgrieve antes?”

“Sim, o vi enquanto estava praticando esta manhã. Posso dizer que ele tinha um centro de gravidade firme e seus balanços eram afiados. Contudo era tudo. Senhorita Sasha, não posso acreditar que perdeu para ele. Não teria sido culpa de algum dissimulado—”

Sasha estava de pé antes que pudesse terminar. “Silêncio! Você não é digno de falar de espadas! Diga isso depois de me derrotar!”

“Duvido que possa derrotá-la, senhorita Sasha. No entanto não sinto que vou perder para o Ogro Vermelho.”

“Maldito seja, insultando meu mestre... Mestre!”

Belgrieve — que estava comendo chucrute com indiferença — levantou a cabeça, assustado.

“Sim?”

“Derrube esse tolo do seu palanque. Precisa ter um gostinho da realidade!”

“Hã?” Belgrieve questionou, depois de uma batida.

Ashcroft se levantou com um sorriso. “Muito bem, interessante. Vou dissipar suas ilusões, senhorita. Venha até mim, Ogro Vermelho, vou quebrar essa sua confiança.”

“Ok...?”

Ainda sem entender a situação, Belgrieve inclinou a cabeça e franziu a testa. Os olhos de Seren estavam deslizando enquanto Helvetica estava sorrindo.


Ainda alheio, Belgrieve foi levado ao pátio do desfile nos fundos. A chuva tinha transformado o chão exposto em lama, e parecia um lugar bastante difícil para uma partida.

Belgrieve recebeu uma espada de madeira, e foi só depois que ele a agarrou e balançou, acostumando-se à sensação, que Angeline e as outras garotas saíram. Angeline parecia um pouco sonolenta, mas Miriam e Anessa estavam segurando suas cabeças doloridas. Seus rostos estavam pálidos.

“Urgh... Bebi demais...”

“Sasha é muito forte... Droga, não deveria ter ficado competitiva...”

“Hey, pai... O que está fazendo?”

“O pai também não sabe, porém... Ao que parece, vou ter uma partida com Sir Ashcroft aqui.”

“Hmm.”

Angeline olhou atenta para Ashcroft — ele olhou de volta, duvidosamente. Depois de olhar para ele por um tempo, Angeline por fim soltou um grande bocejo. “Hwah... Fracote...”

“O que?”

Essas duas palavras foram suficientes para deixá-lo furioso. Ashcroft virou a ponta de sua espada de madeira para Angeline e uivou. “Matadora de demônios ou não — depois que terminar com o Ogro Vermelho, você é a próxima!”

Seu tom chegou a Angeline, e ela se virou para Belgrieve com um humor terrível.

“Pai... Arrebente-o.”

“Ah, vamos... Não precisa ser tão...”

“Não, Angeline tem razão, Sr. Bell. Esse homem precisa passar por umas boas para seu próprio bem.”

“Certo, certo... Não saber a força de quem está enfrentando pode se tornar fatal. Esta será uma boa lição.”

Irritadas por ter sua companheira de grupo menosprezada ou porque a ressaca estava chegando a elas, Miriam e Anessa estavam fazendo caretas pela primeira vez.

“Nossas sêniores estão certas! Ashe! Você deve passar por um pouco de dor!” Sasha estava entusiasmada e barulhenta.

Por alguma razão, parecia que o público estava muito mais animado do que o competidor; Belgrieve sentiu-se um pouco excluído e um pouco solidário com Ashcroft. De qualquer forma, seria rude se segurar em uma partida. Ele respirou fundo e tomou sua posição.

Assim também Ashcroft — e era uma postura fluida. Ele era claramente um homem de habilidade. Quaisquer que fossem as circunstâncias, Belgrieve não odiava cruzar lâminas com inimigos fortes. Em momentos como esses, parecia que era uma pessoa diferente de seu eu habitual. Quando enfrentou um inimigo com uma espada em suas mãos, sentiu uma estranha sensação de calma — e algo ardente acendendo sob a superfície de sua serenidade.

Seu pé fraco impediu Ashcroft de encontrar o momento certo para avançar. Aproximando-se centímetro por centímetro, observando cada movimento de Belgrieve. Ashcroft era um bom espadachim, tanto quanto Belgrieve podia dizer. Se houvesse um ataque, Helvetica estaria segura com um homem do seu nível como seu administrador.

O silêncio foi abruptamente quebrado quando uma cotovia soltou um grito alto. A testa de Belgrieve se contraiu e, no instante seguinte, Ashcroft entrou e estava correndo em sua direção. Que aceleração assustadora.

No entanto, Belgrieve reagiu — se abaixou, colocando a perna direita na frente, preparando-se para aparar a lâmina de madeira de Ashcroft.

Ele deslocou seu peso para frente — e foi quando algo inesperado aconteceu. Seu pé artificial cravou-se no chão, que estava mais úmido do que esperava, deixando o resto do corpo caindo para frente. O que começou como uma inclinação logo se transformou em uma queda total.

“Hrrrgh...!”

Para melhor ou pior, esse acidente completo fez a espada de Ashcroft deslizar no ar. Passou sobre a cabeça de Belgrieve — e quanto à espada de Belgrieve que caiu com todo o seu impulso, atingiu em cheio a canela de Ashcroft.

Ashcroft gritou, tropeçando em Belgrieve, então caiu na lama, segurando sua canela.

“Yaaaargh...!”

“A-Ashcroft, você está bem?”

Mal se salvando de cair, Belgrieve se levantou frenético e colocou a mão no ombro de Ashcroft. O rapaz estava coberto de lama e parecia estar com bastante dor. Enquanto Belgrieve hesitava sobre o que fazer, podia ouvir aplausos da plateia ao redor.

“Hahahaha! Como esperado do Mestre! Ashe — sabe o seu lugar agora, idiota?”

“Hmm... Papai realmente é super forte.”

“Oh nossa, nem mesmo Ashe conseguiu vencê-lo... De fato preciso trazê-lo para dentro de casa.”

“Irmã.”

“E-Eu entendo, Seren...”

Não, isso foi um acidente, Belgrieve estava prestes a dizer, quando Ashcroft ficou indignado. “Não aceitarei isso! Esse resultado é um absurdo! Senhorita Sasha! Foi apenas um acidente! Belgrieve só escorregou na lama e sua espada acertou um golpe por pura coincidência!”

Exato! Belgrieve sentiu vontade de lhe dar uma salva de palmas.

Sasha, no entanto, olhou para Ashcroft com desdém. “Ashe... Como perdedor choramingando... Acha que o inimigo aceitaria tal desculpa no campo de batalha? Acha que ser um acidente é suficiente para invalidá-lo? Sem mencionar que as habilidades de espada de Belgrieve excedem em muito a prática comum em alguns aspectos. Embora parecesse que ele escorregou, evitou seu golpe de forma esplêndida e atacou de volta. Você caiu em sua armadilha armada com todo cuidado, e agora dá desculpas após o fato. Que feio...” ela deu de ombros, parecendo genuinamente triste por Ashcroft.

Belgrieve, um tanto tímido, se aproximou de Sasha. “Sasha? É tal como Ashcroft explicou...”

“Não se humilhe, Mestre! Não há necessidade de mostrar consideração por um homem como este!”

“N-Não, eu não estou...”

“Ah, ah! Que compaixão... Apesar de todas as inúmeras descortesias de Ashe, você tenta defender sua honra... O mestre é sem dúvida o homem que pensei que fosse!”

“Hum, Sasha? Poderia me ouvir...?”

Quando a preocupação de Belgrieve caiu nas orelhas tipicamente surdas de Sasha, Ashcroft olhou para ele sem jeito.

“Sim... Como devo colocar... Você tem sua cota de problemas...”

“Haha... não tanto quanto os seus.”

Porém assim que um estranho senso de solidariedade estava se formando, uma mão foi colocada no ombro de Ashcroft. Angeline estava com um sorriso completo no rosto.

“Depois do pai sou eu, certo?”

Angeline estava sorrindo, mas o espírito de luta furioso e a pressão que emanava de cada centímetro de seu corpo fizeram os cabelos de Ashcroft se arrepiarem.

“N-Não, isso foi só...”

“Eu vou acompanhá-lo... Venha.”

“A-Ange... Sir Ashcroft está cansado.”

“Pai.” Angeline sorriu para ele. “Apenas observe.” O pátio do desfile matinal ecoou com os gritos de Ashcroft.

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