domingo, 23 de outubro de 2022

Boukensha ni Naritai to Miyako ni Deteitta Musume ga S Rank ni Natteta — Volume 03 — Capítulo 39

Capítulo 39: Seus dedos se moviam como se cada um tivesse vida própria

Seus dedos se moviam como se cada um tivesse vida própria, com delicadeza e destreza. Um pente passou pela extensão amolecida do cabelo branco, que foi rapidamente trançado e arrumado. Apesar de tudo isso, Charlotte parecia relaxada.

“Tudo bem, está pronto.” Yuri sorriu enquanto amarrava a fita. Charlotte deu um largo sorriu para o espelho. Seu cabelo comprido tinha sido enfeitado com uma trança de bom gosto sobre a orelha direita, que estava presa com uma fita azul-celeste que complementava seu cabelo branco.

Charlotte acariciou sua crina enquanto olhava para Yuri por cima do ombro.

“Obrigada! Tee hee...”

“Hehehe, você é muito bem-vinda. Seu cabelo é tão bonito Char — é um prazer trabalhar com ele.”

“Então, um material de qualidade contribui para um trabalho de qualidade... Bom trabalho.” Angeline entrou na linha lateral, dando um sinal de positivo.

Charlotte se levantou, circulando atrás de Angeline e empurrando-a nas costas.

“Vou fazê-lo para você, irmã! Sente-se!“

“Oh...? Muito bem, vamos ver o que pode fazer.” Angeline sentou-se diante do espelho e Charlotte começou a mexer em seu cabelo preto.

Eles tinham ido à casa de Yuri para brincar. Era um dia de folga do trabalho, e tanto Anessa quanto Miriam tinham outros negócios para resolver, então Angeline veio com Charlotte e Byaku.

Yuri morava em um quarto alugado a uma curta distância do prédio da guilda. Enquanto seu quarto estava cheio de uma quantidade decente de coisas, era mantido limpo e arrumado. Se fosse uma bagunça, talvez eu tivesse que reconsiderá-la como candidata a esposa de Belgrieve, Angeline pensou consigo mesma. Mas ficou aliviada — Yuri seria uma boa mãe, afinal.

Cerca de dez dias se passaram desde que Angeline tomou Charlotte sob sua asa. Não houve ataques nesse período, nem qualquer indício de mais assaltantes. Os assassinos se esqueceram deles? A missão estava provando ser mais problemática do que valia a pena? Ou as duas forças colidiram e destruíram uma a outra? Se nunca aparecessem, então Angeline não teria queixas, porém gostaria que os assassinos pelo menos avisassem com antecedência.

Era bastante cansativo manter a vigilância o tempo todo. Angeline precisava forçar seus sentidos e sempre tinha que carregar uma arma para poder reagir a qualquer situação repentina. Já estava acostumada a explorar masmorras e fazer a guarda de clientes, contudo tal ação ainda a esgotava depois de tanto tempo.

Isso era o que tornava tão bom encontrar alguém forte como Yuri – era uma oportunidade de por fim recuperar o fôlego. Embora Yuri tenha se afastado das linhas de frente, seguia sendo uma ex-aventureira Rank AAA. Talvez porque ela havia retornado a uma posição em que interagia com muitos aventureiros, seus olhos ainda eram afiados e perspicazes. Era bom para Angeline ter alguém confiável por perto que pudesse confiar suas costas.

Enquanto Charlotte mexia no cabelo, Angeline olhou para Byaku, que estava encostado na parede com os braços cruzados, parecendo bastante entediado.

A força do garoto também estava no nível de um aventureiro de alto escalão.

É verdade que ele os pegou de surpresa, porém mesmo assim conseguiu afastar Lionel e Cheborg. Em Bordeaux, conseguiu superar os esforços conjuntos de Sasha, Ashcroft e Elmore. O garoto não era alguém a que menosprezar.

No entanto, por algum motivo, Angeline sentiu que não deveria deixar Byaku lutar. Não se importava com o demônio ou o que fosse; se sentia relutante em jogar um menino na batalha quando era mais jovem do que ela e nem mesmo um aventureiro.

Angeline não iria tão longe a ponto de dizer que iria protegê-lo. No entanto, queria mantê-lo fora da batalha se pudesse. Uma vida inteira de sangue e batalhas havia lançado uma sombra escura em algum lugar em seu coração — não que ela quisesse dizer nada a respeito. Contudo, Angeline estava decidida a lutar pelos dois e estava determinada a fazê-lo chamá-la de sua irmãzona um dia desses. Uma irmãzinha que a admirava era encantadora, mas um irmãozinho impertinente também era uma experiência em si.

“Hee hee... Família...”

Que cara o pai vai fazer quando eu os trouxer de volta? Ficará surpreso, mas não parecerá descontente — tenho certeza de que os receberá calorosamente. Então podemos todos colher amoras juntos.

Angeline abriu um sorriso ao imaginar o espanto de Belgrieve com a família em crescimento; ela nunca poderia ter imaginado que a casa já estava cheia de aproveitadores.

“Tudo bem, terminei!”

A voz de Charlotte a fez voltar a si, erguendo o rosto para seu próprio reflexo. Seu cabelo preto despenteado e solto tinha sido cuidadosamente penteado e reunido em uma grande trança preta sobre o ombro direito.


“Oh... Isso é...”

“Achei que uma trança ficaria bonito!”

“Não sei porque, porém é meio constrangedor... Ainda assim, é maravilhoso. Obrigado, Char.”

“Yay!”

Charlotte sorriu quando Angeline a acariciou. Ficando na ponta dos seus pés, empurrou a cabeça com mais força na mão acariciante de Angeline. Angeline continuou a mima-la por dez dias, e a garota se afeiçoou muito a sua pessoa.

Por trás, Yuri beliscou a bochecha de Angeline. “Já que estamos nisso, que tal um pouco de maquiagem, Ange?”

“Ah... Não, maquiagem é um pouco...”

Quando Angeline recuou, Charlotte a agarrou.

“Eh? Por quê? Por quê? Você é tão fofa, irmã. Tenho certeza que a maquiagem vai te deixar ainda mais fofa!”

“Não, só não é minha praia. Ou, como devo colocar...”

“Nunca vai arrumar um namorado desse jeito. A vida é sobre tentar coisas novas. Agora vamos fazer.”

“A coisa é... Odeio quando algo é pintado no meu rosto. Me faz lembrar de todo o repelente de insetos que tive que passar na masmorra...”

Angeline ouviu risadinhas, então se virou para ver Byaku, que mal conseguia se conter.

Angeline franziu a testa. “O quê?”

“Você estaria mais perto de um monstro do que de uma beldade se se arrumasse. Você fez a escolha certa.”

Angeline franziu os lábios, carrancuda. Contudo foi rapidamente atingida pela inspiração, o que transformou sua carranca em um sorriso malicioso, a fazendo se virar para Yuri.

“Hey, esqueça de mim. Vamos embelezá-lo com roupas bonitas também.”

A expressão desapareceu do rosto de Byaku. Logo em seguida, o garoto girou nos calcanhares e se dirigiu para a porta. No entanto, Angeline o agarrou e o prendeu na parede em um piscar de olhos.

“M-Me solte! Estou bem!”

“Oi, estou bem também, eu sou Ange.”

“O que diabos está dizendo?”

“É apenas uma piada de irmã mais velha... Aceite, Bucky... Vou te deixar bonitinho.”

“Não me chame de Bucky! Hey, alguém me ajude — Espere, por que está escolhendo roupas?” Byaku gritou em desespero ao ver Charlotte ajudando Yuri a escolher roupas femininas. Charlotte alegremente pegou um conjunto e o estendeu.

“Acho que ficaria bom em você, Byaku!”

“Não brinque comigo, sua pirralha atrevida!”

“Eh? Sério? Acho que esta é melhor.”

“Sua velha solteirona! Não se deixe levar!”

“Vamos, vamos, menino Bucky. Não pode dizer isso para uma senhorita, sabe. Talvez alguma punição esteja em ordem?”

Com um sorriso, Yuri trocou sua escolha por um vestido coberto de babados. Byaku ficou pálido. O pesadelo da loja de roupas voltou para ele — no momento em que sua dignidade foi completamente pisoteada. Mesmo aqueles bastardos malignos que me usavam como ferramenta não eram tão insensíveis... Talvez isso fosse um exagero, mas de fato não estava acostumado a esse tipo de humilhação.

Seu coração e as emoções que achava que haviam morrido há muito tempo foram arrancadas com força, deixando-o confuso, perplexo e com medo. Parecia que algo estava mudando profundamente dentro dele.

Byaku empurrou suas costas contra a parede, detestando a ideia de deixá-las fazer o que quisessem, apenas para Angeline arrastá-lo e pegá-lo em um nelson¹ completo por trás.

“Mantenha esse ato legal e nunca vai se divertir... A vida é para se aproveitar enquanto pode.”

“Cale-se! Para dizer o mínimo, não estou gostando nem um pouco!”

“Tudo bem. Não se preocupe...”

“Como no inferno está tudo bem?”

Os lábios de Angeline se curvaram em uma carranca afiada, e deu um tapinha na cabeça dele. “O que vai conseguir se continuar rejeitando todos ao seu redor assim...? Há toda uma vida pela frente. Pretende ficar carrancudo com tudo?”

“O que isso tem a ver com usar roupas de mulher?”

Angeline sorriu. “Porque é o que parece deixá-lo mais emocional. Com qualquer coisa que não lhe diga respeito, você reprime com força suas emoções e age sem se preocupar...”

Com certeza, com uma comida deliciosa, belas paisagens e jogos de tabuleiro, Byaku sempre dava um passo para trás e observava, impassível, como se estivesse se esforçando para evitar atrair qualquer atenção. Ele havia escapado de um ambiente de uso, mas agora que estava livre, não parecia que havia mudado. Sequer estava pensando em mudar, e era algo que Angeline não suportava. Byaku estava tingindo sua própria vida em tons de cinza, e ela não conseguia ver nenhum sentido nessa atitude.

Ainda assim, Byaku continuou a franzir o cenho. “Invadindo descaradamente o coração de alguém. Não posso aguentar — nós dois saímos do mesmo buraco.”

“Não me importo se me odeia... Porém Char vai ficar triste se continuar franzindo a testa para sempre.”

Byaku franziu a testa e olhou para Charlotte, que estava sussurrando e rindo com Yuri enquanto procuravam roupas juntas. Era como se ela fosse uma pessoa diferente da garota que fugiu de Lucrecia e percorreu a terra como sacerdotisa de Salomão.

Byaku fechou os olhos com um suspiro resignado.

“Droga...”

“Hehe... Você é um bom garoto no fundo. A irmãzona pode dizer...”

“Cala a boca com esse truque de ‘irmã’. É estupido...”

Angeline sorriu e colocou mais força em seus braços.

“Agora, Sra. Yuri. A maquiagem, se puder.”

“Deixe para mim. Hehehe, isso vai ser divertido.”

Yuri vasculhou suas ferramentas. Enquanto isso, Byaku — ainda no aperto de Angeline — parecia ter se resignado ao seu destino, embora ainda parecesse um pouco inquieto.

“Espere...”

“O que?”

“Você é uma mulher, certo?”

A expressão de Angeline era suspeita. “Sou... Por que está perguntando?”

Byaku se contorceu um pouco para ter certeza, então inclinou a cabeça. “Não sinto nada...”

Um punho um tanto sério colidiu com a cabeça de Byaku.



Angeline saiu da casa de Yuri, levando Charlotte e um Byaku abatido. Para surpresa, Byaku parecia fofo com maquiagem e roupas femininas, deixando as garotas terrivelmente animadas. Escusado será dizer que ele manteve uma cara azeda o tempo todo.

Os três se juntaram à grande multidão em busca de um lugar para almoçar. Havia tantas pessoas indo e vindo que eles poderiam perder uns aos outros com muita facilidade. Angeline segurou a mão de Charlotte, e Charlotte segurou a de Byaku.

O céu estava pintado com algumas poucas nuvens, mas elas não faziam nada para protegê-los do sol quente e forte. Além do mais, todas as pessoas que iam e vinham levantavam uma terrível nuvem de poeira, e só de andar por aí era excruciante.

Enquanto Angeline procurava um restaurante próximo, Charlotte falou com Byaku.

“Hey, Byaku. O que você quer comer?”

“Nada em particular. Basta ter o que tiver.”

“Sério! A irmã vai te dar uma bronca se falar isso!”

“Ela já te conquistou, hein.” Byaku soltou um suspiro de farto.

Angeline entrou em um beco e começou a seguir por uma rua estreita. Havia um pequeno lance de escadas, depois uma estrada inclinada. Contudo Angeline sabia que havia um pequeno restaurante por lá que visitara de vez em quando.

Uma brisa fresca e agradável inundou quando abriram a porta. O proprietário era um mago antigo que lançava magia de resfriamento em seu estabelecimento. Ele não era um ex-mago à toa; a temperatura estava perfeitamente regulada. No entanto, apesar do conforto da loja, a falta de qualquer sinal notável do lado de fora significava que não havia muitos clientes.

Ela olhou ao redor dos assentos, seus olhos parando em um rosto familiar.

Angeline correu e deu um tapinha no ombro da mulher.

“Vovó Maria!”

Sentada pacificamente e bebendo alguma coisa, Maria parecia bastante irritada quando se virou.

“Ange... Você vem para os lugares mais estranhos.”

“Eu raramente te vejo na cidade, vovó... O que há de errado?”

“Hmph. Escassez de materiais. Queria inspecionar por mim mesma os ingredientes, então vim aqui... E está tão empoeirado e insalubre como sempre, este lugar.” Maria disse enquanto ajustava seu cachecol. É provável que a bolsa a seus pés contivesse o material que precisava.

“Você mudou seu cabelo, Ange?”

“Hehe, dá pra notar...?”

Angeline, alegre, estendeu a mão para sua trança. Depois de um pequeno gole de seu copo, Maria olhou para Charlotte e Byaku.

“Então, o que há com as crianças?”

“Meu irmão e irmã mais novos.”

“Hã?”

“Brincadeira. Estão ficando um tempo na minha casa.”

“Não conte mentiras sem sentido...”

“Desculpe, hehe. Esta é Charlotte, e este é Byaku. Apresentem-se...” a pedido de Angeline, Charlotte fez uma apresentação formal, enquanto Byaku mal assentiu.

Maria estreitou os olhos. “Você tem um pouco de mana para uma garotinha. Enquanto isso, a mana do garoto é estranha. O que é você?”

“Quem sabe?”

“Ha, um pirralho atrevido. Mantenha esses seus círculos sob controle.”

A testa de Byaku se contraiu. Angeline olhou para Byaku desconfiada.

“Está mantendo esses seus círculos tridimensionais voando por aí? Aqueles invisíveis?”

“Muitos. Para ataques furtivos.”

“Isso é bem impressionante, combinando defesa autônoma com invisibilidade. Porém é bruto. Deve ser capaz de juntá-los melhor do que o que está fazendo.”

“Não é assunto seu...”

“Silêncio. Fico com coceira quando vejo a magia mal usada de forma tão flagrante.”

Maria murmurou algo baixinho e acenou com o dedo. Os círculos mágicos ao redor deles agora podiam ser vistos — os olhos de Byaku se estreitaram em choque.

“Olhe. Bem aqui, suas sequências de feitiços estão apenas correndo ao longo da superfície. Aqui deve ser uma esfera. Ali, faça a intersecção das pirâmides e tetraedros. Para esse cubo, não pode se concentrar apenas no quadro. Precisa cobrir toda a superfície, ou a mana vazará.”

“Tsk...”

Ela deve ter acertado em cheio, pois Byaku não teve resposta.

Angeline deu uma risadinha e pegou a cadeira em frente à Maria.

“Posso sentar aqui?”

“Faça o que quiser. Só não faça muito barulho.”

Maria se jogou na cadeira e respirou fundo.

Enquanto Charlotte se sentava, ela timidamente perguntou. “Vovó...?”

“Sim, vovó Maria. Ela é uma mágica incrível. Seu corpo parou de envelhecer com magia e já está com sessenta e oito... Ou são sessenta e nove?”

“Ainda sou uma jovem donzela alegre.”

“Incrível.” disse Charlotte, olhando com atenção para Maria. Vendo as camadas desiguais de roupa, sua cabeça inclinou enquanto perguntava. “Hmm, você não estão com calor...?”

“Ah? Ainda estou com frio. É isso que a doença faz com você.”

“D-Desculpe, eu não sabia...”

“Hmph, claro que não. Agora pare de se preocupar comigo e peça já.” Maria enxotou a garota e levou o copo aos lábios.

Eles comeram uma refeição que, embora não fosse espetacularmente deliciosa, também não era nem de longe ruim. Durante toda a refeição, Angeline continuou a conversar com Maria.

“Vejo que não está tossindo hoje, vovó.”

“Verdade. Estou testando um novo remédio... Mas os materiais são muito caros. Vou ter que usá-lo com moderação.”

“Hmm... Fazendo progressos em sua pesquisa?”

“Não posso dizer. Não teria problemas se pudesse dizer o que funciona e o que não funciona.”

Angeline queria que Charlotte tivesse algum meio de se proteger. Contudo era claro que a garota era inadequada para usar uma espada, lanças, machados e arcos também pareciam inúteis. A garota tinha uma quantidade imensa de mana em seu corpo, o suficiente para causar tanto caos em Bordeaux. Se tivesse que lutar, o mais provável é que fosse através de magia.

No entanto, Angeline não era uma maga, e a magia que Byaku usava era muito avançada. Miriam não era uma boa professora, então ela estava pensando em discutir o assunto com Maria um dia desses. Talvez tenha sido uma bênção encontrá-la aqui. Vendo como explicou rapidamente os fundamentos da própria magia de Byaku para ele, seria difícil encontrar um professor melhor.

“Hey, vovó. Char tem muita mana, certo...? Acha que ela pode aprender um feitiço ou dois?”

“Hmm.” Maria olhou para Charlotte, cuja expressão era dura, franzindo a testa em pensamento. “A capacidade de mana não determina o talento. Não saberei até que tente.”

“Você a ensinaria se eu pedisse?”

“Claro, mas sou uma professora severa. Desprezo meias medidas.”

“Entendo... Então vamos para Turnera, vovó.”

“Hã?”

Isso veio direto do nada. Maria piscou algumas vezes.

"Você precisa trabalhar em suas habilidades de conversação... Como chegamos nesse tópico?”

“Essas crianças estão sendo alvo. É perigoso ficar em Orphen.”

“E o que isso tem a ver?”

“É por essa razão que preciso levá-los para Turnera. Provavelmente será mais seguro lá. Se vai ensiná-la magia, então, da mesma forma, terá que ir para Turnera.”

Maria balançou a cabeça. “Não seja louca. Não consigo obter nenhum dos materiais de que preciso em Turnera. Não é como se quisesse uma aposentadoria tranquila. Lutar é uma droga, porém quero continuar minha pesquisa.”

“O ar em Turnera é agradável e limpo. Tenho certeza que fará maravilhas para seus pulmões. Meu pai pode cuidar de você se se casar com ele...”

Maria deu de ombros. “Isso de novo. Não quero uma filha como você e não estou interessada em seu pai.”

Angeline esticou os lábios. “Hmph, só diz isso porque não o conhece... Venha para Turnera de qualquer maneira, independente do pai... Será bom para sua recuperação. E a estrada será mais segura tendo-a junto...”

Maria pareceu pensar um pouco a respeito. “Vou considerar o assunto quando chegar a um bom ponto de parada em minha pesquisa.” disse ela antes de terminar o resto do copo.



Notas:
1. Nelson hold é um movimento de grappling hold que é executado por trás do adversário. Um ou ambos braços são usados para cercar o braço do adversário sob a axila, e fixado no pescoço do adversário. Um nelson hold é usado para controlar um adversário e fazer uma submissão.

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