domingo, 18 de setembro de 2022

Boukensha ni Naritai to Miyako ni Deteitta Musume ga S Rank ni Natteta — Volume 03 — Capítulo 32

Capítulo 32: Por que pensei em me tornar um aventureiro?

Por que pensei em me tornar um aventureiro? O menino ruivo nunca teve uma resposta clara para essa pergunta. Todo mundo tinha seus próprios sonhos e ambições, e não era como se estivesse tentando ficar rico rapidamente. Quando seus pais morreram e foi deixado sozinho, o jovem apenas sabia que era o que tinha que fazer.

“Não sei mais o que fazer.” disse o menino com uma risada desajeitada.

A garota elfa o olhou com seus olhos claros e esmeralda, um leve sorriso no rosto. “Entendo... Sim, eu também. Não consigo pensar em mais nada.”

“Isso é muito engraçado. Você é uma elfa; Achei que ser um aventureiro seria a última coisa da sua lista.”

A garota elfa riu de sua fala. “Bem, não sou a primeira. Não sabe sobre o herói elfo?”

“Mais ou menos. A questão é que nunca vi um elfo além de você. Deve ser muito raro para um elfo se aventurar.”

“Queria conhecer o mundo. Ir a todo tipo de lugar e conhecer todo tipo de pessoa. Em algum lugar distante.”

“Do meu ponto de vista, o território élfico está em algum lugar distante, sabe. Sempre quis conferir.”

“Oh sério? Vai achar que é um lugar muito chato, posso te garantir.” disse a garota enquanto sorvia seu vinho quente esboçando alegria.

O menino sorriu, apoiando a cabeça com a mão. “Não sei. Seria tudo novo para mim. Tenho certeza que adoraria lá.”

“Hmm... Acho que pode ser bem excitante se aventurar no desconhecido. Os elfos têm coisas que só os elfos sabem, mas os humanos também.”

“Significa que podemos ensinar uns aos outros.”

“Hehe, soa adorável.”

Então, um vento frio soprou atrás deles, e o bar de repente fervilhou de excitação. O garoto ruivo se virou assim que alguns aventureiros Rank S entraram pela porta. Eles já estavam cercados por jovens aventureiros os atormentando por histórias. O homem atarracado de boné e capa militar soltou uma grande gargalhada, enquanto o alto e barbudo ao seu lado fechou os olhos, farto da situação.

A garota elfa soltou um suspiro profundo e saudoso, afastando seu cabelo prateado.

“O Destruidor e Prateado... Deve ser legal ser um Rank S. Quero ser uma algum dia. Então posso ir ainda mais longe sem que ninguém me incomode.”

“Haha, tenho certeza que pode fazer isso.”

“E você?”

“Eu? Não tenho tanta certeza... Não é como se eu fosse algo especial.”

O garoto brincou com uma risada, porém a garota elfa pressionou as mãos contra suas bochechas. “Tão rápido para menosprezar a si mesmo. É um mau hábito seu. Odeio esse sorriso falso que usou.”

“Ah... Desculpe.”

“Vai precisar de mais do que um ‘desculpe’.” ela franziu a testa. “Que tal pegar a conta hoje?”

“Uhh... Bem, não que me importe, mas...” o garoto coçou a cabeça.

A garota deixou sua carranca escapar quando uma risada travessa esvaiu de seus lábios e colocou a mão em seu ombro. “Vamos fazer o nosso melhor amanhã.”

“Sim... No entanto os outros estão atrasados.”

O menino olhou ao redor, um tanto tímido. Os membros de seu grupo ainda não haviam chegado — um fato que não o incomodava momentos atrás, contudo agora estava subitamente envergonhado por estar sozinho com essa garota.

“O que há de errado? Está se contorcendo.”

A garota elfa olhou em seus olhos. Sua pele pálida estava cor de pêssego devido ao vinho quente. Seu hálito estranhamente doce fez cócegas em seu nariz, perturbando-o ainda mais. O garoto podia sentir os lóbulos de suas orelhas esquentando.

Seus olhos esmeralda brilharam de maneira travessa. “Você pode ser muito fofo, sabia?”

“Por favor, não me provoque.”

O garoto ruivo mastigava as palavras não ditas enquanto se virava para o outro lado.


Antes do amanhecer, Belgrieve levou Duncan e Graham ao redor da vila. A neblina da manhã estava um tanto espessa naquele dia, e enquanto a luz pingava no céu, mal podiam ver o que estava à sua frente.

“Vai ser difícil andar hoje.”

“Sim... É como andar por uma nuvem. Vamos devagar”.

A névoa exacerbou a umidade desagradável. A franja de Belgrieve grudava na testa como se estivesse pesada.

Quando o sol por fim nasceu, raios solitários de luz perfuraram a neblina. Pouco depois a neblina se dissipou, trazendo vida vívida à cena monótona ao seu redor. As planícies banhadas de orvalho brilhavam enquanto os raios da manhã ricocheteavam ao redor deles.

Graham soltou um longo suspiro. “Uma bela visão... Você não vê isso com frequência em terras élficas.”

“Oh? Ouvi dizer que seu território é abundante em bênçãos da natureza. Isso está incorreto?” perguntou Duncan.

“São predominantemente florestas.” disse Graham. “Quase não há planícies suaves para observar o sol da manhã.”

“Entendo...”

“Gosto de florestas, não me entenda mal. Contudo depois de visitar todos os tipos de lugares, há muitas outras coisas que gostaria de ver.”

“Entendo bem. Essa é a alegria da jornada.”

Belgrieve ouviu em silêncio os dois viajantes conversando. Sua viagem a Bordeaux, embora curta, sem dúvida havia sido divertida. Sempre havia um charme irresistível em deixar as mesmas velhas visões para trás. Não posso deixar Turnera por enquanto, mas talvez quando as coisas se acalmarem... Para onde devo ir em seguida?

Logo a neblina se dissipou por completo e o sol nasceu sobre as nuvens finas que encobriam as montanhas distantes. Um céu azul se estendia acima, a lua tênue sendo o último vestígio da noite. Os três voltaram para a vila.

Alguns dias se passaram desde que Graham visitou Turnera pela primeira vez. A casa de Belgrieve, agora cheia de homens, assumiu um ar diferente do que quando Angeline e os membros de seu grupo a visitaram. Seguindo a programação de Belgrieve, eles saíam em patrulha todas as manhãs e noites e passavam algum tempo depois desse treinando.

As habilidades de espada de Graham não eram chamativas — ele se movia apenas o necessário, usando sua ressonância explosiva com sua lâmina para lançar golpes temíveis. Está próximo do que pretendo, pensou Belgrieve. Todas as manhãs e noites, treinava e lutava para perseguir a técnica.

No início, as pessoas da vila ficaram surpresas com o velho elfo, porém com Belgrieve e Duncan como seus intermediários, estavam lenta e timidamente fazendo contato. Graham era quieto e de fala mansa, nunca apresentando uma atitude arrogante. Não respondeu perguntas com as respostas filosóficas abstrusas pelas quais os elfos eram conhecidos, e os aldeões estavam aos poucos se acostumando com sua presença.

A princesa elfa ainda não tinha aparecido. De acordo com Graham, os elfos passam a maior parte de suas vidas nas florestas, e um bom número deles pode ficar bastante desorientado quando deixa a floresta para trás. Talvez a princesa fosse um dos casos.

Ainda era época de tosquia de ovelhas, e a casa de Kerry era barulhenta todos os dias. Mais uma vez, Belgrieve foi encarregado de cuidar das crianças, e estava cuidando delas com um bebê nos braços. Os jovens da vila estavam aos poucos se tornando habilidosos em seu ofício, e as ovelhas enlouqueciam com menos frequência.

Duncan e Graham estavam matando monstros. Os monstros ainda não haviam deixado à floresta até agora, no entanto uma vez que fossem numerosos o suficiente, havia uma grande chance de transbordar para o lado de fora. Eles precisavam manter seus números sob controle.

Kerry se aproximou, enxugando a testa, e sentou-se ao lado de Belgrieve.

“Que coisa, está especialmente ocupado este ano.”

“Sim, um último empurrão até que se acostumem com o trabalho.”

“Haha, não há dúvida sobre. Hey, Bell, acha que o senhor Graham gosta deste lugar?”

“Penso que sim. Pelo menos, não se sente negativo a respeito.”

“Entendo... É meio gratificante ter um elfo gostando de nós.”

“Apesar de tudo, você mesmo não teve uma conversa adequada com ele. Pare de agir tão reservado.”

“Quero dizer, me escute... Não tenho ideia do que falar. Ao contrário de você, não posso balançar uma espada.”

“Basta ter uma pequena conversa. Só porque é um elfo, não significa está sempre pensando em coisas que estão além de você. Ele come e dorme como nós.”

“Então da próxima vez que eu te convidar para beber... Por favor, traga-o junto.”

“Entendi. Tenho certeza que Sir Graham ficará feliz.”

Turnera estava no extremo norte do ducado. O território élfico ficava do outro lado das montanhas, mas os picos do norte eram altos e íngremes, e quase ninguém queria enfrentar a jornada. O escasso comércio que existia com os elfos era todo realizado na estrada oriental, onde a passagem era menos perigosa.

Por esta razão, pode-se dizer que Turnera era tanto o mais próximo quanto o mais distante das terras élficas. As crianças da vila cresciam ouvindo histórias sobre a vida dos elfos nas montanhas. É claro que, ficaram felizes em conhecer um daqueles seres que só existiam nas lendas, contudo não sabiam como interagir com ele.

O sol estava subindo alto no céu, e era quase hora do almoço. Era o momento certo para Duncan retornar, mas algo deve tê-lo mantido. Duncan tinha Graham acompanhando-o, então havia pouco com que se preocupar, entretanto sua ausência ainda pesava na mente de Belgrieve.

Ele devolveu o bebê que havia começado a chorar de fome para sua mãe e estava ajudando a pôr a mesa quando um jovem lavrador entrou correndo.

“Senhor Bell! Senhor Bell!”

Belgrieve franziu o cenho. “O que foi? Um monstro apareceu?”

“Nah, não é isso! Venha comigo! Outro elfo! Uma mulher desta vez!”

Belgrieve o seguiu enquanto um tumulto se formava atrás. Belgrieve percorreu o caminho, deixando a vila. Uma garota estava onde campos dourados de trigo de outono colhido se encontravam com campos verdes de trigo de primavera recém-plantado.

Entendo, ela é uma elfa. Seus olhos eram de um turquesa opaco e desbotado, enquanto seu cabelo prateado longo e brilhante estava puxado para trás de forma artística. Seu peito estava coberto por um envoltório de pano e ela usava um casaco de pele por cima. Uma espada delgada pendia do cinto de seu short, com a qual usava um par de botas de atacadores altos. Esta era uma roupa rara para elfos, que tendiam a se afastar de roupas que expunham sua pele. As aparências dos elfos não combinavam necessariamente com suas idades, porém essa elfa parecia mais uma garota do que uma dama.

Além do mais, estava claramente descontente. A jovem zombou depois de dar apenas uma olhada em Belgrieve, encarando-o com certa brusquidão.

“Para fugirem assim que viram meu rosto, humanos são formas de vida bastante rudes, não é.”

Belgrieve suspirou e abaixou a cabeça. “Me desculpe. não estamos acostumados aos elfos por aqui, por favor, perdoe-os.”

“Então quem é você? O chefe?”

“Meu nome é Belgrieve. Sou apenas um agricultor.”

“Hah!” a garota deu uma risada divertida. “Onde no mundo encontra um fazendeiro que vem todo armado? Não brinque comigo, velho.”

Belgrieve colocou a mão na espada em sua cintura. “Às vezes troco minha pá por uma espada quando tenho que me defender.”

“Hmm...” a jovem elfa o deu um olhar desafiador. “Defender-se, hein. Então está aqui para lutar comigo?”

“De forma alguma.”

Belgrieve colocou sua espada, bainha e tudo, no chão o mais rápido que pôde para sinalizar sua falta de má intenção. A garota elfa havia alcançado o punho de sua espada delgada até então, mas soltou sua postura, despreocupada.

“Tsk. Nem um pouco divertido.”

Mantendo um sorriso amargo para essa garota detestavelmente beligerante, Belgrieve disse. “Acho que você é a filha de Oberon da Floresta Ocidental?”

No instante seguinte, a garota se aproximou rápido como o vento e agarrou Belgrieve pela gola da camisa. Seus olhos afiados o perfuraram enquanto irradiava um surpreendente grau de malícia. Até Belgrieve engoliu em seco, sentindo-se um pouco dominado.

Ainda assim, a encarou com firmeza e perguntou. “Então é verdade?”

“Hey, onde ouviu isso, seu bastardo?”

Sua pergunta forte e ameaçadora foi abafada por um som retumbante. A garota arregalou os olhos, recuando e segurando seu estômago.

“D-Droga! Escolha um momento melhor, caramba!”

Ela bateu em sua barriga com raiva, contudo essa resmungou de novo.

“Está com fome?”

“Eu... Não estou! Não é como se tivesse ficado sem lembas¹ e não tivesse comido nada desde ontem... E-E mesmo que esteja com fome, o que você tem a ver?” a garota lamentou, seu rosto vermelho enquanto tentava amenizar a situação.

Belgrieve sorriu. “Estávamos nos preparando para o almoço. Se isso lhe agradar, ficaríamos muito honrados com a presença de uma princesa élfica.”

“Grr... V-Você não me deixa escolha.”

A princesa elfa parecia incrivelmente frustrada, sabendo que ele estava sendo delicado, contudo não conseguia vencer sua fome. Assim, seguiu obediente Belgrieve até a vila.


Com as coisas como estavam, Belgrieve a levou para sua casa; os aldeões teriam ficado em silêncio como se estivessem em um funeral se a trouxesse para a casa de Kerry. Belgrieve não conseguia fazer isso, especialmente quando a garota estava de mau humor. Se as pessoas ficassem caladas por medo, é possível que provocasse sua raiva.

A casa estava uma bagunça, então a sentou em uma mesa no quintal. A refeição para a qual correu para a casa de Kerry ainda estava bem quente quando voltou — um ensopado de carne e legumes acompanhado de pão fino untado com manteiga de cabra.

No início, a princesa comia devagar e com cautela, no entanto aos poucos começou a comer com mais voracidade e abandonou toda cautela. Era nítido que estava faminta.

Os dois não tinham nada que pudesse ser descrito como uma conversa, embora sua expressão suavizou um pouco depois de comer o suficiente. Talvez seu frenesi tivesse sido impulsionado por seu estômago vazio.

Sentada em frente a jovem, Belgrieve observou enquanto seus olhos se fechavam com sono.

De acordo com Graham, essa garota andava por aí subjugando demônios. A intensidade que tinha quando o agarrou era sem dúvida impressionante, contudo sabendo que a elfa quase morrera de fome depois de ficar sem comida, ele ficou surpreso que ela pudesse viajar.

Belgrieve não sabia dizer se era ousada ou apenas imprudente. Sua forma de falar também era grosseira, mal se encaixando na imagem nobre que tinha de uma princesa, elfa ou não.

“A refeição agradou ao seu gosto?” perguntou Belgrieve.

Esta pergunta a tirou de seu transe, e rapidamente abriu os olhos antes que pudesse cochilar em seu assento. “Foi... Decente, eu suponho.”

“Fico feliz em saber.”

“Tsk.” a elfa coçou a bochecha desajeitadamente.

“Se posso ser tão ousado, posso perguntar seu nome?”

“Antes disso, como sabe sobre mim, velho?”

“Sir Graham apareceu e está se hospedado nesta vila nos últimos dias.”

A princesa elfa saltou de pé. “M-Meu tio-avô? Deve estar me sacaneando!”

A elfa se virou com pressa para fugir, contudo foi interrompida por uma voz baixa.

“Marguerite.”

“Urk!” A princesa congelou. Ela timidamente se virou para a voz para encontrar Graham olhando-a indignado. Duncan estava logo atrás com uma expressão conflitante no rosto.

Graham acenou em silêncio para sua direção. A princesa élfica se eriçou, andando tão tímida que era como se sua ousadia tivesse sido uma encenação. Ela não conseguiu encarar os olhos diretos de Graham de frente.

“Honorável tio-avô... O que faz aqui?”

“Sabia que estava seguindo a mana dessas coisas.” Graham cruzou os braços e suspirou. “Pode ter sido indiretamente minha culpa... Porém o que está tentando realizar? Oberon está muito preocupado. Por favor, não saia por conta própria.”

A princesa — ou melhor, Marguerite — levantou um rosto carrancudo, desta vez olhando fixa para Graham. “Pai está preocupado? Pouco provável.”

“Não diga nada impensado. Não há pai no mundo que não se preocupe com seu filho.”

“Existe... Meu pai, por exemplo. Não me vê por mim, só pensa na tribo ocidental.”

“É assim que um rei deve ser. Por favor, entenda como Oberon se sente.”

“Então não importa como me sinto? Devo calar a boca e me deixar ser protegida do mundo?” Marguerite estava ficando cada vez mais irritada. “Tem outra coisa vindo, tio-avô. Farei com que meu pai me reconheça gostando ou não. Já tirei três deles. Peguei o que está matando a floresta do sul e o da mina abandonada.”

“Marguerite... Não importa quantas vezes os derrote, mal está arranhando a superfície. Não há valor na fama que não fez nada para ganhar.”

“Não é problema meu. Foi assim que você fez um nome para si mesmo. Não vou passar o resto da minha vida naquela floresta insignificante. Quero ver como é ao longe.” Marguerite disse e então se virou. “Terá que me reconhecer também se eu derrotar este.” ela chutou o chão e correu para longe como o vento.

Graham fechou os olhos. “Ela sempre me importunava com histórias de aventura, mas nunca deveria tê-la satisfeito...”

“Sir Graham... Está tudo bem?” Belgrieve aproximou-se do homem de forma reservada.

“Sinto muito por ter de testemunhar algo tão feio.”

“Nem um pouco... Você é parente dela?”

“É minha sobrinha-neta. Oberon é meu sobrinho...”

Essa afirmação foi um choque para Belgrieve — o sangue que corria nas veias do herói élfico pertencia à realeza.

Todavia, os elfos no geral eram um grupo pacífico e orientado ao espiritual. Eles eram os mais distantes dos aventureiros cujas ações eram impulsionadas por ouro e fama. Como Graham foi tratado então, depois de escolher esse caminho? Como se sentia agora, confrontando Marguerite que fugiu porque o admirava tanto?

Talvez seja por esse motivo que uma sombra escura cai sobre seu rosto de vez em quando, raciocinou Belgrieve.

Graham suspirou. “Tenho alguma responsabilidade, em qualquer caso. Tenho que acompanhá-la.”

Com isso, Duncan deu um passo à frente. “Então irei também!”

Mas Graham balançou a cabeça. “Este é o meu trabalho. Não posso te trazer uma... Disputa familiar.”

E com isso, Graham se foi. Depois de vê-lo partir, Belgrieve virou-se para Duncan.

“Você tomou seu tempo hoje. O que aconteceu?”

“Depois que mandamos os jovens para casa, Sir Graham se aventurou mais longe na floresta. No entanto, parecia que uma mana peculiar estava torcendo o espaço, e voltamos depois que ele determinou que levaria muito tempo para chegar ao centro.”

Em suma, a floresta estava a caminho de se tornar uma masmorra; as coisas poderiam piorar sem qualquer aviso. Contudo Marguerite tinha ido para a floresta com Graham seguindo atrás. Marguerite já havia derrotado três demônios, e as habilidades de Graham eram óbvias.

Parece que não há lugar para nós, pensou Belgrieve enquanto acariciava a barba. “Não quero dizer, mas... Talvez tenha sido a providência divina que Sir Graham e Marguerite vieram aqui...”

“Estava pensando o mesmo. Nenhum demônio seria capaz de enfrentar aqueles dois. Ainda assim, aquela princesa elfa é uma garota bastante habilidosa. Adoraria treinar junto algum dia!”

Belgrieve sorriu ironicamente, vendo que Duncan estava como sempre. Ele invejava o fato de que mesmo isso não era suficiente para derrubá-lo.



Notas:
1. Pão élfico.

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