sábado, 7 de junho de 2025

I Was Caught up in a Hero Summoning, but That World Is at Peace — Capítulo 148

Capítulo 148: Eu a acho uma Deusa muito atraente


Depois de um almoço repleto de felicidade e constrangimento... Ou melhor, a felicidade que foi completamente atropelada pelo constrangimento que estou sentindo, meu encontro com Shiro-san na praia foi retomado.



“E-Escute aqui, Shiro-san. Com calma... Bata com calma!”



“Sim.”



“Estou falando sério, seja tão gentil quanto quando segura um biscoito...”



“Entendi.”



Em relação a Shiro-san, que estava segurando uma bola de vôlei de praia que ela mesma fez, eu timidamente, mas múltiplas vezes, a avisei.



Foi uma sugestão minha jogarmos vôlei de praia quando Shiro-san me disse que deveríamos brincar no mar depois do almoço... E agora me arrependo muito dessa escolha.



“Estou te implorando! Vou morrer se não se segurar, sabe?”



“Posso te trazer de volta à vida se você morrer, então está tudo bem.”



“Não está bem de jeito nenhum!”



Isso porque minha oponente é Shiro-san... Ela, que é inconfundivelmente o ser mais forte deste mundo.



Se acertar a bola sem moderação, não vou conseguir devolver o saque... Não, em vez de não conseguir devolver a bola, meu corpo com certeza se despedaçaria se ficasse na frente.



É mais provável que a bola explodisse primeiro, porém acho que a pressão do vento por si só transformaria esta área em um pedaço de terra vazio.



Porque a melhor evidência dessa possibilidade era ter Chronois-san me olhando com um semblante nervoso desde mais cedo.



É bastante óbvio que minha vida está em perigo, então deve estar pensando em tentar me ajudar quando eu estiver em apuros... Contudo não consigo deixar de pensar que nem mesmo Chronois-san conseguirá se defender contra Shiro-san, então insisti várias vezes que moderasse seus ataques.



“Entendo. Vou me certificar de atacar com força suficiente para que Kaito-san consiga revidar... No entanto, em troca, vamos jogar um jogo.”



“Um jogo?”



“Sim, o mesmo que Kaito-san jogou com o Rei Fantasmal... O perdedor ouve uma coisa que o vencedor disser. O que acha?”



“E-Entendi. Estou bem com a ideia.”



Por que será? Por que Shiro-san se deu ao trabalho de sugerir tal coisa?



Tenho um mau pressentimento a respeito. Especificamente, pelo seu interesse em que eu fizesse algo.



Além do mais, ela deve pedir que eu faça algo que sob condições normais me recusaria a fazer se propusesse... Não posso perder aqui.



A propósito, quando a perguntei como julgamos quem ganha e quem perde, já que não temos uma quadra para jogar, Shiro-san disse que quem não pegar a bola perde.



Em outras palavras, mesmo que devolvesse uma bola que normalmente seria uma falta ou até mesmo a enviasse para uma direção que me daria um home run, se a Shiro-san não conseguir devolvê-la, ela perderá... Esses termos são bastante vantajosos para o atacante.



Shiro-san bate na bola lentamente e, como declarou antes, a bola voa a uma velocidade que consigo controlar sem problema.



A bola veio voando direto para mim, e a rebati em posição de recepção, entretanto... Sim, para alguém como eu, cuja única experiência com vôlei são as partidas que joguei na aula de educação física, não consegui devolvê-la com precisão e a enviei para uma direção oposta à de Shiro-san.



Mas, no instante seguinte...



“Hã? Eh? Ei, aquilo foi...?”



Shiro-san desapareceu e apareceu onde a bola estava caindo, e depois devolveu a bola para mim.



Hã? Espere um minuto, você acabou de usar teletransporte? I-Isso não é justo!



E nem preciso dizer que sofri uma derrota miserável para Shiro-san, que conseguia se mover com teleporte para devolver a bola, mesmo quando eu não sabia para qual direção meus retornos estavam indo.



Significa que tenho que ouvir uma coisa que a Shiro-san disser, mas ela me disse que deixaria para depois, pois queria jogar outro jogo... De alguma forma, estou começando a me sentir desconfortável...



“Ei, Shiro-san?”



“O que foi?”



“Por que você também ‘dividiu o oceano’ quando deveria estar apenas dividindo uma melancia?”



“Não sei?”



Inclinando a cabeça de forma fofa, Shiro-san continua a mesma de sempre, já que a cena que se desenrolou diante dos meus olhos é culpa dessa Deusa cabeça oca.



Íamos dividir uma melancia, porém quando ela balançou o bastão... Toda a paisagem à minha frente, junto com a melancia, foi cortada ao meio.



E ao lado da Shiro-san, que apenas inclinava a cabeça para mim, Chronois-san segurava a cabeça com uma expressão exausta no rosto... Seu espírito já estava ruindo.



“Não vai causar um tsunami...”



“Devo devolver a como era?”



“Por favor, faça isso.”



“Entendo.”



Com um aceno de dedo de Shiro-san, o mar dividido voltou ao normal como se nada tivesse acontecido.



Ah, vejo que continua a mesma pessoa ultrajante de sempre...



“Shiro-san, que estranho.”



“É mesmo?”



“Sim, porque este não é mais apenas um castelo de areia, já é um ‘castelo de verdade’ feito de areia.”



“Será que o fiz um pouco grande demais?”



“Não é ‘um pouco’ de jeito nenhum. Olha, veja como os olhos Chronois-san já estão mortos, de quem acha que é a culpa?”



“Não sei?”



“...”



Na minha frente agora está um enorme castelo feito de areia.



O tamanho e a aparência são tais que qualquer um acreditaria se alguém dissesse que este é um castelo real... E, claro, foi Shiro-san quem o construiu.



Aquele castelo não está no nível de brincar de areia, sabia?



Não sei se a mente de Chronois-san foi encurralada ou não, contudo sinto que sua alma já deixou seu corpo.



“Miyama... Estou implorando... Farei qualquer coisa... Por favor, me ajude.”



“C-Chronois-san.”



“Se me pedir para tirar minhas roupas, eu tirarei... Então, por favor, repreenda Shallow Vernal-sama...”



“Não precisa fazer isso, vou pedir a ela para deixar tudo como era antes.”



Pelo visto Chronois-san já teve o suficiente, enquanto segurava minha mão fracamente, pedindo ajuda com um olhar vazio.



Não sei se devo dizer que ela sofreu muito ou não, todavia... Sinto muito por ela.



Ao entardecer, Shiro-san e eu nos sentamos em um lençol de vinil, observando o mar cintilante enquanto a luz do sol poente iluminava a praia.



“Foi um dia muito divertido.”



“Estou muito feliz.”



Parece que Chronois-san... Desmaiou na mesma hora em que Shiro-san construiu um naufrágio e disse que queria ir caçar tesouros, e agora está sendo cuidada por Ein-san na casa de praia.



Aliás, o motivo pelo qual Ein-san não apareceu todas essas vezes... É porque, se aparecesse, Shiro-san trocaria seu uniforme de empregada por um maiô.



Mesmo com Shiro-san fazendo todas essas coisas absurdas hoje, senti como se o tempo tivesse passado rápido... E se me perguntarem se me diverti, não tenho qualquer dúvida de que me diverti muito.



Talvez seja porque Shiro-san... Também parece estar aproveitando seu tempo.



Ela seguia com a expressão usual de sempre, mas os cantos de sua boca estavam levemente curvados, e o mais importante, ela dividindo o oceano e construindo castelos de verdade, todas aquelas coisas absurdas que fez hoje... Acredito que não tenha conseguido agir com moderação porque estava se empolgando à sua maneira.



Shiro-san era originalmente a Deusa da Criação, então nunca teria a oportunidade de brincar assim. É por esse motivo que acho que penso que, à sua maneira, estava se divertindo.



Só de estarmos junto enquanto a vejo se divertir daquele jeito, acho que também estou... Me divertindo muito.



“Kaito-san.”



“Hã? Ah, sim.”



“Você se lembra do nosso acordo sobre o jogo de antes?”



“Sim, vou ouvir uma coisa que me disser.”



“Sim. Vou usá-lo agora.”



“O-O que você quer que eu faça?”



Enquanto estava tendo um monólogo interior, Shiro-san me chama com uma voz sem entonação, e embora me sentindo desconfortável, respondi.



V-Vai usá-lo agora, hein... O-O que diabos irá me pedir pra fazer? Não acho que me faria realizar algo terrível, porém sigo tendo um mau pressentimento a respeito.



Diante da minha ansiedade, Shiro-san tira o pareô enrolado na cintura, expondo suas lindas pernas nuas.



Quando percebo que meus olhos não conseguem parar de focar em suas coxas, Shiro-san dá um leve tapinha em seu colo.



“Quero que durma no meu colo.”



“Hã? Eeehhhh?”



“Eu vi Kuro fazer isso para você antes, então também queria tentar fazer uma vez.”



“N-Não, mas...”



Um travesseiro de colo? N-Não, é totalmente inaceitável nas circunstâncias atuais.



Q-Q-Quero dizer, Shiro-san está de maiô agora, sabe? Para ter uma almofada de colo nessas circunstâncias, não significa que vou deitar a cabeça nas suas coxas nuas? De jeito nenhum, é impossível, já estava fervendo de vergonha no almoço, e ela está me pedindo para fazer isso...



“Você vai fazer uma coisa por mim, certo?”



“Ugghhh...”



C-Certamente fiz essa promessa e concordei com os termos.



Seria muito insincero com a minha promessa se recusasse... A-Acho que não tenho escolha a não ser me preparar para o que estou prestes a fazer, né?



“E-Entendi.”



“Sim. Agora, aqui.”



“Gulp...”



Não consegui evitar engolir saliva ao ver as coxas brancas peroladas de Shiro-san. Balancei a cabeça e me acalmei o máximo que pude antes de me deitar lentamente em seu colo.



O colo dela é tão macio, no entanto tem uma certa elasticidade... E sentindo o calor de seu corpo na minha bochecha, percebi que meu rosto estava ficando tão vermelho que parecia que ia sair vapor pelas minhas orelhas.



O-O colo de Shiro-san é muito mais macio e quente do que poderia ter imaginado alguma vez... Não sei se é apropriado dizer que o paraíso pode ser encontrado aqui ou não, entretanto é muito bom deitar minha cabeça no seu colo.



A sensação de deitar em suas coxas era tão tentadora que, se eu relaxasse um pouco, senti que não conseguiria mais me levantar. Porém, mesmo que suas coxas sejam tão tentadoras, ainda estou tentando ao máximo me agarrar ao fio da razão... Contudo é então que Shiro-san fala baixinho.



“Você... É realmente diferente.”



“Hein? Como assim?”



“Mesmo quando viu meu poder, não se sentiu impressionado nem se ajoelhou diante de mim.”



“Errr, será que fui rude?”



“Não, fico feliz que seja assim. Contudo, estou apenas pensando... Você não tem medo de mim?”



“...”



Sua voz era tão inflexível como sempre, no entanto pude sentir que havia uma certa emoção no fundo.



Não sei o que se passava em sua mente quando me perguntou isso. Embora tenha minha Magia de Simpatia, esta não funciona com Shiro-san, então não consigo ler suas emoções.



Por que não tenho medo de Shiro-san... De fato, Shiro-san é o ser mais forte deste mundo, um Deus genuíno com poder quase onipotente.



Talvez sentir medo e respeito por ela seja a reação normal... Todavia... Hmmm.



“Não sei se consigo explicar bem, mas... Acho que provavelmente é, errr, porque Shiro-san ‘não é perfeita’.”



“Por favor, continue.”



“Sim. Errr, se Shiro-san fosse onisciente e onipotente¹, um ser que não tem nenhuma oportunidade para ninguém se aproveitar, poderia ter acabado sentindo medo. Porém, Shiro-san pode ser onipotente, só que não é onisciente, certo?”



“Sim.”



“É por essa razão que, acredito que estou apenas pensando no seu poder como algo que faz parte de você, Shiro-san, Acho que não estou com medo porque sinto que é uma parte da sua personalidade.”



“...”



Na verdade, também não sei os detalhes do porquê.



Lembro que fiquei com medo quando a conheci, contudo agora estou pensando em Shiro-san como uma trapaceira cabeça oca... E uma mulher muito atraente.



Pelo menos, não sinto medo, e tenho certeza de que não sentiria medo no futuro.



Ao ouvir minhas palavras, ela ficou em silêncio por alguns instantes antes de falar novamente.



“De fato, não sou onisciente. Pelo contrário, sequer me conheço.”



“Hã?”



“Não consigo ver nenhuma diferença entre os seres vivos, as plantas ou a terra... O mundo que criei. Todos eles parecem ter o mesmo valor aos meus olhos... Sou insensível? Eu não... Amo este mundo?”



“...”



Ainda não havia inflexão em sua voz, e sua expressão não havia mudado.



No entanto, sua voz soava solitária... E não conseguia simplesmente ignorá-la.



“Acho... Que é o oposto.”



“O oposto?”



“Sim. Acredito que Shiro-san deve amar este mundo mais do que qualquer outra pessoa.”



“Hã?”



Como se minha declaração fosse surpreendente demais, a voz de Shiro-san agora estava tomada de emoções. Pela primeira vez, havia uma inflexão em sua voz.



Ainda deitado sobre suas coxas, movo meu rosto e olho nos lindos olhos dourados de Shiro-san enquanto expresso meus pensamentos.



“Shiro-san ama este mundo que criou de todo o coração. Tudo o que existe neste mundo pode ser rastreado até Shiro-san. Deve ser por essa razão que está tentando olhar para todos os seres da mesma maneira? Porque os seres vivos, as plantas e a terra são todos igualmente amados por você... Porque não ve nenhum deles como superior ao outro, olhando-os com os mesmos olhos que olha para os outros, e raramente se envolvendo com o mundo... E ao não estender a mão para ajudar ninguém, está mostrando a eles que todos têm igual valor.”



“...”



“Então seria esse o motivo? O eu de outro mundo... ‘Este eu que não nasceu no mundo que Shiro-san criou’ realmente se encaixa no papel de alguém com quem Shiro-san se envolveria.”



“...”



Ouvindo minhas palavras, que poderiam ser interpretadas como desrespeito, Shiro-san se cala.



Seus olhos dourados estavam me olhando, fazendo-me sentir como se o tempo estivesse passando mais lento...



“Você é mesmo... Uma pessoa interessante.”



“!?”



Com essas palavras, ela dá um pequeno sorriso.



Sua expressão, quase sempre imutável, mudou, exibindo um sorriso que é tão lindo que era como se condensasse toda a beleza do mundo, tão deslumbrante e precioso quanto uma estrela cadente.



Com um sorriso gentil no rosto, ela colocou a mão na minha bochecha e ergueu minha cabeça... E a segurou contra o peito. Espera! Eeeehhhh?



“S-S-Shiro-san? O-O-O que está fazendo?”



Meu rosto está enterrado nos seios fartos de Shiro-san, me sufocando em uma maciez e um calor celestiais.


“É mesmo... Então amo o mundo, hein... De fato não me conheço, hein. Não percebi até ouvi-lo me dizer.”



“Q-Q-Que bom saber, mas sabe... E-E quanto a essa situação?”



“É a minha gratidão.”



“Gratidão? E-Espera, não faço ideia do que está falando!”



Sinto que estou em uma situação em que não pode mais ser chamada de travesseiro de colo, já que agora estou deitado em um travesseiro de peito, deixando minha mente completamente em branco e não consigo pensar em mais nada.



Tudo o que conseguia pensar era na sensação suave e doce dos seios da Shiro-san, que pareciam prender toda a minha atenção, junto com o aroma agradável que fazia cócegas nas minhas narinas.



“Está dizendo isso, contudo Kaito-san parece estar muito feliz agora, não é?”



“Será que não consegue não ler as partes estranhas da minha mente?”



Claro, se me perguntar se estou feliz ou não, não é óbvio estou tomado de felicidade?



É natural, porque sou um homem. Não há razão para não ficar feliz em uma situação em que estou enterrando meu rosto no decote de uma mulher imensamente linda como Shiro-san, contudo... Sério, você não pode ignorar todo o meu raciocínio?



“Muito obrigado, Kaito-san. Entretanto, gostaria de corrigir uma coisa que acabou de dizer.”



“Ehh? C-Corrigir alguma coisa?”



Ouvindo suas palavras gentis, levantei um pouco os olhos... E vi o lindo sorriso em seu rosto que se aproximava do meu, e senti o toque suave na minha testa.



“Não estou tentando me envolver com você só porque é alguém de outro mundo... Senti como se estivesse tentando me envolver com você porque ‘eu te amo’.”



“Ehh? A-Ahh, errr, hmmm...?”



Com uma voz gentil e calorosa demais, já que até o som da voz dela tinha uma temperatura... Minha mente enfim atingiu o limite de sua tolerância, causando-me um curto-circuito e perdi a consciência.



E pouco antes de perder a consciência, senti Shiro-san me abraçar com força.



Querida mãe, pai — Shiro-san é uma cabeça oca, às vezes irracional, e sinto que estou sempre sendo arrastado junto quando estou com ela. Mesmo assim, gosto de passar tempo ao seu lado e, o mais importante — acho Shiro-san uma Deusa muito atraente.



Notas do Autor:
Shiro é a primeira pessoa que causou dano mental suficiente para fazer Kaito, que tinha a razão de um oni², desmaiar.
O poder de heroína da Shiro está aumentando... Ahn? A Shiro não é absurdamente fofa?
Ela é a segunda pessoa que se confessou casualmente para o Kaito.
PS: Cometi um erro. Houve Alice antes, então é a terceira pessoa.
E também, Kaito, vá explodir! Pegando aquele travesseiro de peito, pare de me sacanear! Vá explodir!
E depois do próximo capítulo, vamos para a história do palácio real... Quanto ao próximo capítulo, tenho certeza de que alguns de vocês vão gostar, enquanto outros já devem ter adivinhado do que se trata... Todavia vim dar spoiler, é a vez da Lilia!



Notas do Tradutor:
1. Onipotente é um ser todo poderoso, capaz de fazer literalmente qualquer coisa, enquanto por sua vez um ser onisciente é capaz de saber tudo.
2. Oni refere-se a criaturas demoníacas ou ogros na mitologia japonesa. São representados como seres grandes, musculosos, com chifres, presas e peles vermelhas, azuis ou pretas. São considerados espíritos malignos que podem causar doenças, atacar, sequestrar ou até mesmo matar pessoas.

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