quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Boukensha ni Naritai to Miyako ni Deteitta Musume ga S Rank ni Natteta — Volume 01 — Capítulo 05

Capítulo 05: O Verão Entrou, Depois Saiu de Seu Auge


O verão entrou, depois saiu de seu auge, e os sinais do outono ficavam mais próximos a cada dia.

Depois de matar o caçador gélido, Belgrieve patrulhou a floresta e a montanha várias vezes, eliminando alguns caçadores cinza ao longo do caminho. Não demorou muito para que não houvesse mais demônios atraídos pelo mana do caçador gélido, e os lenhadores pudessem voltar à sua programação normal. Eles derrubaram árvores, trouxeram-nas de volta à aldeia e as processaram para embelezar a igreja para o festival de outono. A construção de uma escola ao lado da igreja também havia começado; Maurice, o padre, queria muito dar educação às crianças.

O outono era quando a maior das colheitas podia ser feita na montanha. Sabendo que todos os demônios haviam partido, Belgrieve conduziu as crianças mais uma vez para colher uvas, cogumelos, akebia e amoras, junto com outras plantas comestíveis.

“Esses dois cogumelos podem parecer semelhantes, mas está vendo as manchas pretas que se formam quando os corta? Este é venenoso. Não coma.”

“Que tal este, tio Bell?”

“Esse pode parecer tóxico, contudo é delicioso. Todo mundo, mastigue um pouco os cogumelos venenosos para lembrar seu sabor. Não engula. Se o seu corpo se lembrar, poderão evitar o perigo. Vocês devem treinar seus sentidos.”

“Ok!”

“É surpreendentemente saboroso para um cogumelo venenoso.”

“Sim, nada mau.”

“Hey, não engula. Entendeu? Basta lembrar o sabor.”

“Nós sabemos!”

As crianças deixaram a montanha de bom humor, com as cestas empilhadas no alto. Desta vez, a escalada não os deixou tão suados quanto sob o sol de verão. Ainda suavam, é claro, e era o suficiente para as roupas grudarem na pele, porém isso só fazia a brisa suave e refrescante parecer ainda mais perfeita e agradável.

De volta ao vilarejo, Belgrieve ficou feliz em observar as crianças correrem para suas casas com seus despojos. Eles se gabavam para suas famílias com sorrisos orgulhosos e recebiam elogios por suas escolhas.

“Indo para os campos agora...” assim que Belgrieve voltou, no entanto, vestiu de imediato suas roupas de trabalho e partiu para o terreno nos fundos. As vinhas da batata-doce haviam crescido com tal fecundidade que engoliam o campo inteiro. Em contraste, os vegetais de verão perderam um pouco de seu ímpeto, embora ainda estivessem dando frutos.

Ele arrancou o joio e arrancou algumas das vinhas. Vendo que as sementes de nabo e repolho que plantou começaram a brotar, soltou um suspiro de alívio.

“Tornou-se um belo terreno agora.”

Ano após ano, Belgrieve expandiu seu campo aos poucos. Havia reivindicado este canto apenas três anos antes. No início, o solo era duro e todos os brotos foram imediatamente comidos por insetos, mas seu paciente e cuidadoso trabalho acabaram valendo a pena. Agora, poderia produzir bons produtos com facilidade.

Os residentes de Turnera eram no geral autossuficientes. A variedade de trigo que servia como alimento básico ocupava um bom pedaço de terra, então os moradores trabalhariam juntos naquele campo em particular. No entanto, todos teriam que cultivar quaisquer outras culturas básicas para si próprios.

Belgrieve teve que semear durante todo o ano para garantir que seu suprimento de vegetais não acabasse. Ele removeria os secos de cada colheita e lavraria o campo mais uma vez; tudo o que não usasse seria preservado e vendido aos mascates que passassem. Em todo caso, tudo começou e acabou com o trabalho agrícola. Qualquer tempo que não fosse gasto treinando, patrulhando ou se aventurando nas montanhas, Belgrieve se dedicaria a seus campos.

Depois de fazer suas rondas por todo o campo, arrancando ervas daninhas e amarrando suportes, Belgrieve voltou para a casa. Então saboreou uma amora das montanhas e suspirou — cada vez que comia uma, se lembrava de Angeline.

“Ela sempre as amou... Você não pode obtê-las frescas na capital.”

As amoras eram agradavelmente doces e azedas quando frescas, porém não duraram muito. Era impossível colher amoras-pretas na capital, então eram transformadas em geleia, em conserva ou secas. Isso também era feito em Turnera, pelo menos durante o inverno, porém Angeline gostava mais de amoras recém-colhidas. Aquela cara encantada que fazia sempre que comia também deixava Belgrieve feliz.

“Quando ela vai voltar...?”

Angeline já havia partido há cinco anos, mas raras vezes passava um dia sem que esse pensamento cruzasse sua mente, embora Belgrieve sempre o reprimisse. No entanto, agora que Angeline havia mostrado recentemente o desejo de retornar, Belgrieve não podia deixar de estar consciente disso. Em suma, estava solitário.

“Será que me tornei mesmo tão preocupante...?” murmurou com um sorriso irônico, torcendo os cabelos ruivos de sua barba.

De repente, ouviu uma voz animada gritar na frente. “Tem alguém em casa?” Belgrieve levantou-se assustado. Não reconheceu a voz, mas parecia feminina.

Quem poderia ser? Belgrieve se perguntou enquanto atendia a porta. Lá, encontrou uma garota solitária de pé corajosamente com as mãos nos quadris, vestindo roupas, laranja na maior parte, do melhor material.

A garota tinha cerca de dezessete ou dezoito anos e seu cabelo loiro platinado estava preso em um coque atrás da cabeça. Suas feições eram refinadas, enquanto seus olhos refletiam um firme senso de nobreza. Mesmo assim, havia uma espada na cintura. Ela era uma cabeça mais baixa do que Belgrieve, o que significava que era mais alta para uma mulher.

Belgrieve ficou surpreso ao ser visitado por alguém de quem não se lembrava, contudo manteve a compostura ao cumprimentá-la.

“Bom dia. Quem seria você?”

A postura impecável e reta da garota se curvou em uma reverência cortês. Havia um toque de elegância em seus gestos. “Por favor, perdoe-me por minha visita repentina não anunciada. Estou correta ao presumir que esta é a residência de Belgrieve, o Ogro Vermelho?”

“O-Ogro Vermelho...? Com certeza sou Belgrieve, mas...” esse apelido o pegou de surpresa, no entanto parecia que a garota tinha negócios com ele.

“Oh nossa.” a garota parecia impressionada. “Posso ver porque o chamam de Ogro Vermelho, com esse seu esplêndido cabelo ruivo...”

Belgrieve parou por um momento. “Não estaria tendo algum tipo de mal-entendido?” perguntou.

“Hmm? Quer me dizer que há vários Belgrieves nesta vila?”

“Não, pelo que sei, devo ser o único Belgrieve aqui, só que... Ogro Vermelho?”

Belgrieve não fazia a mais mínima ideia do que a jovem estava falando. Quem o havia chamado assim e quando? Belgrieve inclinou a cabeça e a garota também parecia bastante perplexa.

“Hum... Ouvi dizer que você era o pai da aventureira de Rank S Angeline, a Valquíria de Cabelos Negros...”

Belgrieve abriu a boca, inexpressivo. “Sim, bem, Angeline é sem dúvida... Minha... Filha.” disse, embora estivesse começando a perder a confiança. Sua própria filha era uma aventureira de Rank S. Não havia dúvidas de que estava orgulhoso da mesma, porém tudo parecia uma história complicada, alguma mentira descarada. Parecia irreal quando disse isso em voz alta.

Todavia, a garota pareceu satisfeita com sua resposta. “Sabia!” acenou com a cabeça, tendo evidentemente chegado às suas próprias conclusões. Belgrieve teve a sensação de que os dois não estavam concordando muito e, pensando bem, ainda nem sabia quem ela era.

“Vamos voltar um pouco... Quem é você?”

A garota levou a mão à boca, surpresa. “C-Como pude ser tão rude a ponto de deixar de me apresentar? Não queria deixá-lo esperando. Sou Sasha Bordeaux, segunda filha do Conde de Bordeaux.”

Espantado, Belgrieve baixou a cabeça com pressa. “A filha do senhor... Não fazia ideia, mas a tratei de forma bastante rude...”

“Oh não, não, não, de jeito nenhum! Levanta a cabeça! A Casa Bordeaux tem uma grande dívida com a Srta. Angeline, e o mesmo vale para o senhor, pai dela!”

“Entendo... Bem, não adianta ficar parado por aqui...”

Ainda confuso, Belgrieve convidou Sasha para entrar na casa. Ele preparou um perfumado chá de ervas e preparou um prato de amoras, uvas e akebia.

“Lamento, mas é tudo o que posso oferecer.”

“Não, não se preocupe comigo!”

Sasha baixou a cabeça em educação. Na verdade, fez uma genuflexão tão profunda que Belgrieve se perguntou se de fato vinha de uma casa tão prestigiosa. Além do mais, não estava ciente sobre Angeline ser a benfeitora da Casa Bordeaux. O que teria feito agora?

Depois de assistir Sasha fazer um lanche feliz com amoras, Belgrieve falou hesitando. “Então, Sasha, que negócios teria comigo...?”

Sasha respondeu, tendo ficado hipnotizada por completo pelas amoras. Suas bochechas coraram um pouco enquanto limpava a garganta e tentava recuperar sua dignidade. Mais uma vez, inclinou a cabeça.

“Sir Belgrieve, não só sua filha salvou minha irmãzinha, Seren Bordeaux, dos bandidos, como também a levou ao nosso pai doente e acamado, o conde Bordeaux. Nenhuma quantidade de gratidão é suficiente.”

“Uma doença... O conde Bordeaux está bem?”

Sasha deu um sorriso triste. “Depois de ver Seren pela última vez, ele embarcou em sua jornada para a Todo-Poderosa Viena sem nenhum arrependimento.”

“Entendo... Que ele siga em frente com a orientação de Viena.”

“Obrigado.” Os dois desenharam pequenas cruzes no ar antes que Sasha continuasse. “Eu estava lidando com demônios na época, então não pude encontrar a Srta. Angeline. Contudo, disseram-me que ela recusou terminantemente qualquer recompensa e disse que se tivéssemos mesmo que dar algo, deveria ir para seu pai, Belgrieve.”

“Não sei o que dizer...”

Então foi isso que Angeline quis dizer quando escreveu sobre salvar uma menina e entregá-la a seu pai. Belgrieve desejou que Angeline não deixasse de fora as partes importantes, mas ainda assim, se sentia orgulhoso das conquistas de sua filha e de como havia se tornado uma menina responsável. Um sorriso começou a aparecer em sua fachada severa.

Sasha tirou um pequeno saco do bolso da camisa e colocou-o sobre a mesa com o tilintar característico de moedas de metal.

“Cem moedas de ouro.”

“Ce—?”

“Dói meu coração que isso seja tudo o que podemos dar a você. Nossa casa está passando por momentos difíceis...” disse Sasha, os olhos baixos de vergonha.

Uma moeda de ouro era suficiente para um aldeão de Turnera viver com tranquilidade por um ano inteiro. Belgrieve empurrou frenético o saco.

“N-Não posso. Incorreria na ira do Céu se aceitasse tanto!”

“O que está dizendo? Mesmo mil moedas de ouro não seriam suficientes para trocar pela vida de Seren! Se não aceitar, vai manchar o nome de Bordeaux!”

Por um tempo, ambos discutiram, contudo por fim, Belgrieve cedeu à pressão e a aceitou. Ele não conseguia nem imaginar com que usaria cem moedas de ouro. Claro, havia muitas opções na capital, mas Turnera estava tão longe que, com exceção de algum mascate ocasional, quase tudo era adquirido através da agricultura e troca. Muitos dos aldeões nunca tinham visto uma moeda de ouro antes.

Belgrieve havia perdido a discussão, no entanto esta era uma recompensa para Angeline, então decidiu que iria guardá-la e entregá-la assim que esta voltasse. Ele não tinha a intenção de tocá-lo até então — nem teria necessidade.

Agora que a recompensa fora entregue, pensou que Sasha iria embora; pelo contrário, a garota se inclinou como se estivesse chegando ao assunto principal.

“Senhor Belgrieve! Ouvi dizer que você instruiu Angeline sobre os fundamentos de ser uma aventureira!”

“Sim, bem... Foi quando ela era pequena.”

“Tenho vergonha de admitir, entretanto também sou uma aventureira. Embora tenha vergonha de dizer que sou apenas rank AA...”

Belgrieve não conseguia entender o que havia de tão constrangedor nisso. Sasha era uma mulher bastante ambiciosa — a maioria dos aventureiros só alcançaria os ranks C ou B durante a vida. Ele brincou com uma risada.

Sasha se remexeu até que por fim reuniu coragem e olhou Belgrieve nos olhos. Seu olhar agudo e penetrante o fez endireitar as costas.

“Senhor Belgrieve!”

“Sim, senhora?”

“Estou bem ciente de como este pedido pode ser descarado... Contudo, por favor, gostaria de receber as instruções do Ogro Vermelho no caminho da espada!” Sasha baixou a cabeça ainda mais baixo do que antes.

Belgrieve hesitou por um momento; em suma, Sasha queria treinar junto, e Belgrieve não se importava com isso. Seria um bom exercício. Não sabia sobre o negócio do Ogro Vermelho, mas que assim seja.

Belgrieve deu um sorriso irônico. “Não acho que sou bom o suficiente para instruí-la, porém... Se é tudo o que quer de mim, então com certeza.”

Seu rosto se iluminou, irradiando de pura alegria.

“Muito obrigado!”

“Vamos lá fora.” Belgrieve a levou para fora da porta. O tempo estava bom, com o sol virando para o oeste e as sombras ficando mais longas.

Sasha tirou a espada do cinto, bainha e tudo. Belgrieve não pôde evitar um suspiro de admiração por sua postura — uma bela forma que não desperdiçou nada. De fato uma mulher de considerável força.

Interessante. Belgrieve assumiu uma postura semelhante com sua espada embainhada. Mantendo-se parado em frente a ela, seu peso apoiando-se ligeiramente na perna artificial. A espada em sua mão balançava com suavidade e reagia a cada movimento.

Por um tempo, ambos se encararam, medindo a distância entre eles. Sasha avançava devagar em direção a Belgrieve, que por sua vez permaneceu imóvel; no máximo, seu corpo balançou um pouco.

Seja por causa do sol ou do nervosismo, ele podia sentir o suor fluindo. Por fim, o suor em sua testa se transformou em uma gota que desceu por sua bochecha até a ponta do queixo, onde caiu. Foi quando Sasha se mexeu.

“Hnng!”


Com um maravilhoso trabalho de pés, Sasha fechou a distância em um piscar de olhos. No entanto, Belgrieve estava observando cada ação sua e imediatamente balançou sua espada em resposta. As duas lâminas se encontraram. As duas ainda estavam em suas bainhas, então não houve ranger de metal — em vez disso, soltaram um barulho violento e agudo de estalo.

Percebendo em seguida que seu primeiro golpe havia sido defendido, Sasha mudou para o segundo. Esse também, Belgrieve evitou com o mínimo de movimento necessário. Depois o terceiro, depois o quarto.

Quantas vezes essas bainhas se encontraram? O choque desses dois guerreiros habilidosos foi algo como uma dança. Como se saudassem os movimentos uns dos outros, eles correram, desviaram e saltaram, movendo-se em uníssono quase perfeito enquanto balançavam suas espadas de todos os ângulos, tentando sacar tudo o que podiam de seu inimigo.

A lâmina de Sasha era rápida, mas a de Belgrieve também, e seus golpes eram mais pesados ​​também. Cada vez que ela aparava um golpe dele, Sasha fazia uma careta com a força. Para adicionar a isso, o trabalho de pés de Belgrieve às vezes se afastava de toda a prática padrão — tornada possível apenas graças à sua perna artificial. O que apenas serviu para cansar sua mente.

Só acabou quando ela caiu sobre um joelho de exaustão, e Belgrieve colocou a ponta de sua bainha em sua garganta. Lutando para respirar, Sasha ergueu a mão para sinalizar sua derrota.

“E-Esta é a minha derrota...”

Belgrieve demorou um pouco para recuperar o fôlego. “Phew... Sinto muito, minha técnica é um pouco rude.” ele puxou sua lâmina com um sorriso. Enquanto estava sem fôlego, Belgrieve não estava tão exausto quanto Sasha. Ainda assim, a força de Sasha era tanta que teria perdido se baixasse a guarda por uma fração de segundo. Belgrieve tinha a teimosia que vinha com a idade, então agia como se tivesse energia de sobra, porém seu coração estava disparado e, em sua cabeça, se parabenizava por uma vitória difícil.

Belgrieve se retirou para a casa e voltou com uma jarra de água. Serviu uma xícara para Sasha primeiro, que ainda estava de joelhos recuperando o fôlego.

Depois de beber seu copo, Sasha respirou fundo e olhou para Belgrieve. “Obrigado... Isso foi esplêndido... Como esperado do pai e mentor de Angeline...”

“Você também não foi nada má, senhorita Sasha. Estou surpreso com suas habilidades. Se tivesse cometido um único erro seria a minha derrota.”

“Hehehe, vejo que é bastante humilde. Achei que, com um pouco de sorte, poderia conseguir um único golpe. Tenho vergonha da minha própria ingenuidade... Devo admitir, nunca tinha ouvido falar de você antes, mas com certeza, negligenciei meus estudos. Você foi, sem dúvida, um aventureiro famoso em seu apogeu.”

Sasha olhou para Belgrieve, as expectativas transbordando em seus olhos. ‘Belgrieve foi um Rank S, não foi?’ seu olhar implorou.

Com um sorriso preocupado e amargo, Belgrieve coçou a cabeça. “Eu... Era Rank E. Como pode ver, perdi uma perna bem no começo. Tive que me aposentar do negócio de aventureiro. Estive em Turnera desde então.” ele estendeu sua prótese direita.

Sasha piscou, então engoliu a respiração.

Eu a decepcionei, não foi, pensou Belgrieve. No entanto isso era muito melhor do que tê-la o supervalorizando sem motivo. Talvez Sasha ficasse envergonhada pelo fato de ter perdido para um mero ex-Rank E, mas provavelmente seria mais forte do que ele se treinasse apenas mais um ano. Em vez disso, poderia usar essa luta como uma oportunidade para se empenhar mais. Ainda tinha muito espaço para crescer.

Ao contrário das expectativas de Belgrieve, os olhos de Sasha estavam brilhando de novo quando esta pegou Belgrieve pela mão. Suas bochechas estavam vermelhas.

“Estou emocionada!”

“Perdão?” disse Belgrieve, surpreso.

“Ser tão forte apesar da sua deficiência... Quanto treinamento já fez? Sem mencionar que, em vez de sair para o mundo, dedicou toda a sua vida para proteger a vila de Turnera!”

“S-Sasha...?”

“E, por fim, você criou pessoalmente uma aventureira de Rank S! Nunca buscando fama e fortuna própria, se esforçando obstinado para criar um sucessor e desenvolver esta pequena vila... Eu, Sasha Bordeaux, vi a luz!”

“Está me ouvindo?”

“Devo voltar com uma história e tanto para contar... Tenho que ampliar meu campo de visão — não posso só continuar perseguindo a fama. Sir Belgrieve, sei que é presunção da minha parte, mas devo considerá-lo meu mestre!”

“E-Espere... Sasha? Por favor, apenas...”

“Sinto muito por tomar seu tempo com minha inexperiência, Mestre! Vou aprimorar minhas habilidades até o dia em que nos encontrarmos uma vez mais!” ainda segurando firme a mão de Belgrieve, Sasha a sacudiu rudemente para cima e para baixo. “E agora, devo me despedir.” disse ela, e saiu correndo como o vento.

Por um tempo, Belgrieve ficou ali, olhando fixo para o vazio, incapaz de compreender o que acabara de acontecer.

O sol da tarde coloriu o céu; sua sombra ficou ainda mais longa.

Finalmente, Barnes veio até Belgrieve e disse: “Sr. Bell, meu velho queria perguntar se gostaria de comer com... O que há de errado?”

“Estive sonhando acordado esse tempo todo?” Barnes inclinou a cabeça confuso.

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