Capítulo 26: Ela Parecia ter Saltado Direto da Cama
Ela parecia ter saltado direto da cama. Seu cabelo estava preso para trás, mas ondulava atrás com um toque de cabeceira. O vestido simples que estava usando estava amassado aqui e ali também.
Angeline estreitou os olhos, batendo o calcanhar no chão. Revirando os ombros, aparentemente certificando-se de sua condição.
Angeline pulou de lado no momento em que a magia de Byaku estava prestes a atingir Sasha e deu um chute poderoso. O aglomerado maciço de mana voou como uma bola atingida, difundindo-se para nada a caminho de algum lugar muito, muito distante. Todos que testemunharam isso ficaram surpresos demais para falar.
Angeline examinou os feridos e franziu a testa. “Intimidando meus amigos, hein?”
Byaku fez uma careta. “Você...”
“Hmm.” Angeline olhou para ele, apenas um toque de raiva em seu rosto. A ponta de sua lâmina girou de maneira instigante. “Deixe-me entrar na brincadeira...”
“Caia na real.” Byaku saiu do chão e balançou os braços. O tênue borrão de sua magia invisível veio em direção a Angeline. No entanto, Angeline não estava nem um pouco perturbada. Com a oscilação instável de um sonâmbulo, ela precisamente evitou ou cortou cada disparo que veio em sua direção. Era para ser invisível, mas Angeline se moveu como se pudesse ver cada detalhe. O chão estava crivado de torrões enquanto a magia arrancava a relva.
“Hmph...”
Byaku tentou se aproximar para um poderoso golpe de palma, contudo Angeline o chutou desinteressadamente. Os sigilos translúcidos impediram um golpe direto, mas a força ainda o fez cambalear para trás.
“Estou em minha melhor forma... Por algum motivo.”
Angeline sentiu como se tivesse um pesadelo em seu sono — uma voz, chamando-a além da escuridão. Gradualmente, a escuridão ganhou forma, enrolando-se ao seu redor, e a puxou cada vez mais fundo em suas profundezas. E, no entanto, a sensação de uma mão quente a puxou para trás, e o cheiro estranho da floresta afastou o pesadelo por completo. Ela pensou que devia ter tido um sono profundo depois disso.
Ela não sabia por que, porém estava bem acordada agora. Seu corpo estremeceu com uma sensação bastante sinistra, e não podia mais ficar quieta. Era como se algo a estivesse chamando. E assim, saiu correndo. Como se lembrava, estavam todos na sala — seu pai, Anne, e Merry, e...
Seus pensamentos foram interrompidos quando a magia de Byaku veio voando em sua direção de novo. Angeline aparou com sua lâmina.
“Estou tentando pensar... Me dá um tempo.”
“Está me subestimando.”
Byaku bateu o pé. De repente, vários glifos¹ geométricos tridimensionais piscando na mesma cor arenosa de antes flutuaram ao seu redor. Eram principalmente esféricos, mas também havia triângulos e quadrados, e outros com ainda mais ângulos do que esses. Os símbolos continuaram a mudar, se transformando e se contorcendo como se estivessem vivos. A luz fraca que emitiam iluminou um pouco Byaku e seus arredores.
Elmore estreitou os olhos em choque. “Padrões tridimensionais... Entendo, então não eram apenas balas mágicas...”
Angeline apenas zombou. “Um bom truque de festa... Isso é tudo?”
“Espere até ver o que podem fazer.” Byaku balançou o braço, e um dos conjuntos de mana disparou em direção a Angeline.
Ela balançou sua espada para cortá-la, porém era um pouco mais pesada do que a magia invisível de antes — talvez dissipar sua ocultação tenha aumentado seu poder de fogo.
Logo, figuras grandes e pequenas começaram a girar em torno de Byaku em seu centro. Ele aumentou o número até que fossem como planetas orbitando ao seu redor como seu sol.
Formar padrões mágicos tridimensionais era uma arte avançada. Eles foram criados a partir de camadas de vários feitiços diferentes com efeitos diferentes um sobre o outro — por exemplo, um pode manter o fluxo de mana, outro manter a estrutura, outro ainda aumentar o poder e ainda outro para garantir que se mova conforme o capricho do lançador. Era possível transmitir tal construção com massa física, o que permitia bloquear espadas e balas, e poderia até servir como um ataque se disparado contra um inimigo. Se fosse colocado em camadas com um feitiço para funcionar como uma barreira autônoma, poderia reagir a ataques e defender automaticamente seu lançador. Além de todos esses efeitos, Byaku adicionou invisibilidade. Dar substância a tantos feitiços e fazê-los funcionar em conjunto deveria ter sido uma tarefa hercúlea.
Contudo, Angeline não estava interessada em nada disso — tudo o que importava era derrotar seu inimigo. E assim, ela se foi. De sua parte, Byaku balançou a mão sem pânico. Seus círculos de feitiços tridimensionais explodiram em sua direção um após o outro, mas Angeline evitou com o menor dos movimentos e cortou. Ela poderia dizer de que direção eles estavam vindo, desde que se concentrasse nos movimentos de suas mãos.
No entanto, um momento depois que estava convencida desse fato, um impacto na parte de trás de sua cabeça tocou sua campainha. Um dos feitiços a atingiu, independentemente dos movimentos de sua mão.
Sua visão vacilou por um breve momento, mas seu corpo se moveu antes de sua mente, e recuou logo depois. Ao que parecia, havia padrões de feitiços que se moviam por conta própria. Ele está apenas combinando o movimento das mãos para me pegar de surpresa? Angeline se perguntou, esfregando a cabeça enquanto o encarava.
“Se você precisa de truques tão mesquinhos... Só prova que é mais fraco do que eu.”
“Hmph.” Byaku seguia tão inexpressivo como sempre. No entanto, às vezes, os cantos de sua boca e olhos se contraíam. Parecia que estava mantendo a força alguma coisa.
Estranhamente, a dor em sua cabeça se dissipou pouco depois. Não apenas seu corpo estava em boas condições, parecia que sua cura natural também havia melhorado. Aconteceu alguma coisa enquanto eu dormia?
“Entendo... Este é provavelmente o poder do amor do pai.” era incognoscível que saltos de lógica a levaram a essa conclusão, mas Angeline estava convencida de que deveria ser assim. De qualquer forma, uma vez que pensou assim, sentiu o poder surgindo em seu corpo e decidiu não pensar em nada desnecessário. “Vamos lá...”
A forma de Angeline borrou como uma miragem; seu pé atingiu o estômago de Byaku antes que este pudesse reagir.
“Gah?”
Ela se moveu tão rápido que sua barreira automática não chegou a tempo. O ar escapou de seus pulmões e uma expressão de angústia cruzou seu rosto. Angeline então bateu o punho de sua espada em seu ombro, sentindo seus ossos quebrando.
O rosto de Byaku se contorceu quando agarrou o braço de Angeline. Os padrões tridimensionais orbitando ao seu redor atacaram ao mesmo Angeline. Contudo, Angeline só usou seu aperto para desequilibrá-lo, então chutou com toda a força, jogando Byaku no chão. A força do impacto o fez cair, seus sólidos sigilos mágicos esculpindo cortes no chão ao seu redor; Angeline seguiu atrás, obstinada.
“Grr...”
Byaku tentou se levantar, porém Angeline colocou um pé em suas costas. “Quero te perguntar uma coisa... Quem é você? Qual é o seu objetivo?”
“É o que eu quero saber. Quem diabos é você?”
“Sou Angeline... Filha do Ogro Vermelho, Belgrieve.”
Ao ouvi-la, o rosto de Byaku se contorceu de raiva. “Filha? Hah... Farinha do mesmo saco! Quem você pensa que é?”
Houve uma estranha rachadura quando a pele de Byaku ondulou e inchou. Seu ombro quebrado torceu e se contorceu, tricotando-se uma vez mais. Byaku sacudiu Angeline e se levantou. Seu rosto outrora inexpressivo era um turbilhão de emoção, e havia uma loucura ardente em seus olhos. “Por que é sempre você?”
“Hã? O que está falando?”
Byaku pulou sobre ela como uma fera ágil. Sua mão havia mudado para algo preto e grotesco, e atacou com garras afiadas.
“O que... Você não é humano?”
Byaku continuou a atacar, sem oferecer resposta. O sangue lhe subia à cabeça; embora seus movimentos fossem rápidos, também estavam por toda parte. Angeline se esquivou um pouco, porém acabou desistindo e balançou sua espada. A lâmina dela esculpiu em seu ombro.
“Ugh...!”
Uma vez que ele parou de se mover, Angeline o chutou no chão. Byaku caiu de barriga para cima, o ferimento no ombro não jorrando sangue, contudo um borrifo de névoa negra. Seu cabelo estava mudando de preto para branco.
Angeline estreitou os olhos. “Sério, o que você é... Uma nova forma de monstro?”
“Cough... Igual a você...”
Byaku colocou a mão no peito e fechou os olhos. De repente, sua forma se turvou e, quando Angeline ergueu a espada, ele se foi.
“Droga... Escapou...”
De repente, houve um som surdo à distância — o som de algo quebrando. Angeline virou-se para ver uma cortina de nuvens negras pairando sobre a propriedade de Bordeaux.
Mais cedo…
“Pai! Proteja o forte!”
Angeline de repente saltou da cama, agarrando sua espada e saltando para fora do quarto antes que Belgrieve pudesse dizer uma palavra em resposta. Essa surpreendente reviravolta também despertou Belgrieve de seu descanso; embora ainda sonolento, não havia como voltar a dormir. Talvez devido a hábitos arraigados neles como aventureiros, Anessa e Miriam foram mais rápidas para se levantar, pegando suas armas e olhando ao redor com olhos aguçados.
“O-O quê? Alguma coisa acontecendo...?”
“Hãããã? Onde está Ange?”
Belgrieve enfiou a pequena garrafa de elixir no bolso, pegou sua espada e abriu a janela. Havia nuvens surgindo no céu noturno. O vento estava morno, o mesmo de sua batalha anterior. Ele viu Angeline atravessando o pátio em um ritmo assustador.
“Então ainda não acabou... Estou com um mau pressentimento.” Belgrieve virou-se para as duas aventureiras. “Vamos lá. Estou preocupado com Helvetica.”
“Mas Ange está...”
“É exatamente por isso. Agora que Ange se foi, é nosso dever proteger a mansão.” isso foi o suficiente para convencê-las.
E assim, os três deixaram o local e partiram para encontrar a Helvetica. Tinha sido uma luta para se mover antes, e mesmo assim o corpo de Belgrieve agora parecia bastante leve para sua surpresa. Este foi sem dúvida um testemunho da incrível eficácia do elixir élfico.
O fedor permanecia na mansão, porém os cadáveres haviam sido retirados e com as janelas abertas, houve uma ligeira melhora. Soldados ficaram aqui e ali, mantendo um olhar atento, enquanto os servos continuavam a limpar a sujeira restante.
Helvetica estava em seu quarto, discutindo algo com Seren. Seus guardas estavam posicionados perto da porta e da janela. Ao ver Belgrieve, Anessa e Miriam entrarem correndo, ela ergueu a cabeça com curiosidade.
“Algo errado?” perguntou.
“As nuvens negras estão aqui de novo. Alguma coisa está prestes a acontecer.”
Helvetica baixou os olhos, conscientemente. “Se fosse acontecer, teria que ser hoje à noite... Tal como imaginei.”
“Perdão?”
“O inimigo está mirando em mim. Nesse caso, terá que agir antes de perder a cabeça amanhã.”
“Irmã, Sash...”
“Eu sei... Ele saberia se eu enviasse um exército, então a mandei sozinha... Isso foi um erro?”
Helvetica confiava nas habilidades de Sasha, contudo as habilidades de seu oponente eram desconhecidas. Seria bastante simples para Sasha prender o conde Malta, porém se tivesse um guarda forte o acompanhando... Helvetica estalou a língua, lamentando seu próprio descuido. Ela ficou impaciente para se mover antes que seu inimigo pudesse.
Houve uma comoção se formando do lado de fora da mansão, e um servo de repente correu para a sala.
“Minha dama! Os mortos-vivos estão vindo de novo!”
“Então estão aqui... Lide com eles com calma. Nosso inimigo também está em pânico — não faça nenhum movimento precipitado.”
Anessa e Miriam avançaram.
“Nós vamos ajudar.”
“Sim! Eu não me enfureci o suficiente.”
“Obrigado.” disse Helvetica com um sorriso. “Não poderia pedir um grupo mais confiável.”
As duas aventureiras se curvaram e saíram da sala. Belgrieve estava prestes a sair também, apenas para a condessa agarrar cautelosamente a bainha de sua camisa.
“Algo de errado?”
“Hmm... Se possível, gostaria que você ficasse por perto... Estou ansiosa sem Sasha ou Ashe por perto.”
Entendo, pensou Belgrieve. Enquanto Helvetica se portava com coragem e dignidade, sua mão tremia levemente. Belgrieve assentiu com um sorriso.
“Entendi. Não tenho certeza de quanta ajuda serei, mas vou ficar de guarda para você.”
“Obrigado...” Helvetica disse com uma risada aliviada, enquanto Seren se aproximava, parecendo um pouco tranquila.
Vendo que não haveria para onde correr se estivessem encurralados naquela sala, Belgrieve propôs que fossem para o primeiro andar. Tal mudança tornaria cada janela uma rota de fuga em caso de emergência. Eles se encontraram com os servos, esperando que os mortos-vivos do lado de fora fossem removidos.
Do lado de fora da mansão, houve relâmpagos seguidos de explosões — Anessa e Miriam estavam trabalhando. Havia muito menos mortos-vivos aqui do que no cemitério, e sem dúvida havia pouco com o que se preocupar com duas aventureiras de Rank AAA.
Mais preocupante, no entanto, era o líder por trás de todo esse caos. Se o Conde Malta fosse o cérebro, significaria que teria que ter um mago que pudesse usar a necromancia ao seu lado. O próprio Malta não era uma grande ameaça, mas não podiam baixar a guarda com o mago por perto.
Para onde Angeline foi? Está acontecendo alguma coisa na cidade? Belgrieve se perguntou.
Um vento forte e repentino sacudiu as janelas, carregando um fedor tão fétido que eles fizeram uma careta por reflexo. Belgrieve imediatamente agarrou as duas irmãs, gritando: “Afastem-se das janelas!”
Nem um momento depois, o vidro da janela quebrou e uma fumaça preta começou a inundar a sala. Por mais perplexos que estivessem, os soldados ficaram, armas em punho, entre a fumaça e sua dama.
Essa fumaça preta mudou de uma forma para outra enquanto flutuava ao longo do teto. Belgrieve olhou para a saída. “Vamos sair daqui.”
Helvetica assentiu, pegando a mão de Seren e indo em direção à porta com cautela. Belgrieve guardou sua retirada, olhando para a fumaça com a mão na empunhadura. Enquanto grande parte daquilo permanecia no ar, uma parte começou a se unir em um ponto do chão. Pouco a pouco, começou a tomar forma; parecia que não seria capaz de fazer um movimento antes de terminar de fazê-lo.
A dor fantasma de Belgrieve começou a se manifestar; a mesma sensação de queimação de quando perdeu a perna direita estava rastejando sobre ele quando começou a suar.
Belgrieve cerrou os dentes, nunca baixando a guarda por um segundo enquanto assegurava que as irmãs haviam saído do local, e depois os servos e soldados também. Por fim, assumiu a retaguarda, seguindo atrás.
Eles haviam percorrido uma curta distância antes que ouvisse a porta se abrindo — a fumaça devia ter acabado de se aglutinar, então Belgrieve parou e chamou Helvetica.
“Helvetica, os mortos-vivos do lado de fora devem ter sido eliminados agora. Leve as pessoas da propriedade e vá embora com Anne e Merry.”
“Claro... E você?”
“Vou segurar essa coisa até que tenham escapado.”
Belgrieve encarou a coisa. Uma entidade como um fantoche de sombra negra estava cambaleando pelo corredor. Possuía um corpo arredondado do qual surgiram numerosas pernas semelhantes a tentáculos. Era como uma aranha distorcida, mas muito menor do que a do cemitério.
“Depressa!” gritou Belgrieve enquanto desembainhava sua espada.
“Mas... Angeline vai ficar triste se você morrer!”
Belgrieve olhou por cima do ombro e sorriu. “Não vou morrer. O primeiro dever de um aventureiro é permanecer vivo — fui eu quem a ensinou isso. Como posso olhar nos olhos dela se morresse aqui?”
Enquanto Helvetica hesitou por um momento, sua expressão rapidamente se franziu. “Boa sorte!” disse a ele. “Vamos lá! Seren, acelere o ritmo!”
“C-Certo, irmã...”
Seren olhou ansiosa para Belgrieve, contudo acabou fugindo com sua irmã.
Belgrieve respirou fundo e olhou para frente. A sombra estava se aproximando. Sua perna perdida estava doendo cada vez mais.
“Agora, então...”
Carrancudo, ele ergueu sua espada e avançou em direção à sombra, suas antenas balançando antes de golpeá-lo como chicotes…
“Tarde demais.”
No entanto, foram cortadas antes que pudessem fazer contato com seu corpo. Esses apêndices cortados desapareceram em baforadas de fumaça preta.
Seu corpo parecia excepcionalmente leve. A dor fantasma ainda o assaltava, contudo a adrenalina o deixava ignorá-la. Seus sentidos estavam estranhamente aguçados, e podia entender de forma vívida os movimentos de seu inimigo. De onde sua mão agarrou o cabo até a ponta de sua lâmina, tudo parecia uma extensão de seu braço.
Belgrieve decepou as antenas como se fosse manteiga e percebeu que havia se aproximado do corpo principal em um piscar de olhos. Seus pés pararam ali, mas sua lâmina continuou com seu impulso. A sombra foi cortada na lateral com pouca resistência para sua surpresa. O monstro soltou um som de assobio quando se dissipou.
“Isso é tudo...?”
Belgrieve se sentiu um pouco decepcionado, e foi por esse motivo que soube que a batalha não estava terminada. Não havia tempo para perder, no entanto, tinha que se encontrar com Helvetica.
No momento em que embainhou sua lâmina, viu uma figura além da fumaça. Forçando os olhos, mal pôde distinguir uma garotinha.
Charlotte ficou ali. Seu rosto contorcido de raiva, e seu punho fechado tremia.
Belgrieve estreitou os olhos em dúvida. “Eu te vi, na pous...”
“Cada um deles... Ficando no meu caminho!” ela lamentou, batendo os pés.
“Qual é o seu problema? Por que eu?”
“Você está bem? É perigoso aqui. E quanto a nós...”
“Não chegue mais perto!” Charlotte estendeu o braço enquanto Belgrieve tentava dar um passo em sua direção. A pedra preta em seu anel brilhou. “Eu estava tão perto... Tão perto!”
O corpo de Charlotte emanava uma explosão explosiva de mana, fazendo com que Belgrieve instintivamente alcançasse sua espada. Um sorriso enlouquecido cruzou o rosto da garota.
“Morra.”
Era como se o espaço atrás dela tivesse se distorcido. Enquanto Belgrieve focava seus olhos, uma fumaça preta irrompeu do anel de Charlotte, tomando forma uma vez mais. A dor fantasma que estava ignorando mais uma vez elevou-se, e Belgrieve agarrou sua espada com força, sua testa franzida.
Os tentáculos das sombras se estenderam, balançando como chicotes. Belgrieve se esquivou e cortou. Assim como antes, eles representavam pouca ameaça. No entanto, cada vez que seu anel brilhava, sua dor fantasma aumentava.
“Grrr!”
Começando a suar frio, Belgrieve repreendeu suas pernas que começaram a ceder. Ele deu um passo à frente, fazendo uma careta, antes que um passo se transformasse em uma investida. Cortando a próxima onda de tentáculos em um golpe, esse movimento fluindo para uma posição alta, antes de terminar com sua lâmina abaixada. A marionete de sombras foi despedaçada mais uma vez, após o que se dissipou em fumaça.
Charlotte olhou-o com desgosto e entoou mais algumas palavras. Uma bala mágica disparou de seus dedos, e Belgrieve se protegeu com a parte plana de sua lâmina. Foi um golpe forte, mas conseguiu anulá-lo com um pouco de esforço. Contudo, então, um segundo e terceiro tiro vieram voando. Isso teria sido demais para ignorar, então os evitou. Com um poder exagerado, essas balas explodiram nas paredes e no chão da mansão.
“Aha... Ahahahahaha!”
Charlotte riu enquanto começava a avançar, disparando mais desses disparos. Com pouco mais a fazer, Belgrieve recuou gradualmente. Ele não sabia como continuar enquanto as balas mágicas continuavam a voar sem fim, e cada tiro era assustador. Mais do que isso, porém, hesitou em balançar sua espada quando seu oponente era uma garotinha.
A luta agora parecia unilateral, até que o rosto de Charlotte de repente se contorceu de medo. Puxando seu braço para trás e agarrando-o com o outro braço depressa.
“O-O que é isso?” gaguejou. “Não, não!”
A pedra preta em seu anel começou a aumentar de tamanho como se estivesse ganhando mais massa. Começou a envolver a mão de Charlotte como um líquido viscoso, subindo devagar pelo seu braço. Charlotte tentou arremessar a massa negra, mas esta ficou presa, fazendo-a chorar.
“Isso não pode... Não assim! Me salve! Papai! Mamãe!”
Agora que a barragem de balas havia cessado, Belgrieve foi capaz de correr até ela. Perdendo a cabeça de puro terror, Charlotte se agarrou ao seu corpo.
“Me salve! Por favor! Me salve!”
“Acalme-se!”
Charlotte se contorceu, convulsionou e então ficou em silêncio em resposta ao seu grito.
Belgrieve olhou para a mão dela. A massa negra estava se contorcendo inquieta, e cobriu seu pulso inteiro. Estava lentamente ganhando mais massa enquanto se dirigia para o cotovelo.
Belgrieve hesitou. Seria mais rápido amputar seu antebraço. Contudo tão jovem como era, temia que a garota pudesse morrer com o choque. Ele pensou antes de se perguntar. “Isso vai funcionar?”
De seu bolso, Belgrieve tirou o elixir élfico, abriu o fraco e derramou o elixir sobre a matéria escura. Não havia como medir uma gota nessa situação, então derramou o conteúdo restante da garrafa. No momento em que o líquido entrou em contato com a substância negra, se contorceu e pulsou como se estivesse com dor.
Os olhos de Charlotte se arregalaram. “Eep!” chorou.
Belgrieve segurou habilmente seu braço esbelto e deslizou a mão para as pontas de seus dedos. A massa negra se desprendeu, caindo no chão. Sem hesitar, ergueu a espada; sua dor fantasma havia diminuído agora, e com toda sua força corporal e sua recém-descoberta sinergia com sua lâmina, golpeou para baixo na matéria negra. Tomando o peso de um ataque que dividiu o corredor em dois, a massa se dividiu, contorcendo-se apenas por mais um momento antes de desaparecer.
Charlotte sentou-se inexpressivamente onde estava enquanto Belgrieve respirou fundo. Isso parecia ser o fim de tudo. Embainhando sua arma, Belgrieve se ajoelhou ao lado da garota.
“Você está bem?” perguntou a ela.
Por um tempo, Charlotte permaneceu em silêncio, mas sem qualquer aviso, começou a chorar e se agarrou a ele.
“Eu estava com medo... Tão assustador! Waaaah!”
Belgrieve suspirou e acariciou sua cabeça. Agora, não era mais do que uma jovem. Por que uma criança tão pequena possui esse estranho poder? Belgrieve inclinou a cabeça quando alguém puxou Charlotte para longe. Olhando para cima, assustado, viu Byaku parado ali. Parecia estar todo ferido, porém com uma mão segurou Charlotte pela nuca.
Belgrieve estreitou os olhos. “Você...”
“Byaku... Você...”
“Vamos lá.”
Byaku a abraçou, acenando meticulosamente com o braço, e suas duas figuras começaram a ondular como uma miragem. Charlotte dirigiu um olhar frenético para Belgrieve e abriu a boca.
“O-Obr...”
Antes que pudesse terminar, eles se foram. Belgrieve, com a testa franzida, levantou-se. Ele podia ouvir passos vindos de trás. Quando se virou, algo macio pulou em seus braços.
“Pai!”
“Ah, Ange. Você esta bem?”
“Sim. Estou feliz que esteja seguro... Embora eu sabia que você ficaria bem!” Angeline enterrou o rosto alegre em seu peito.
○
Voltando um pouco o relógio...
Depois de se separar de Belgrieve, o grupo de Helvetica correu por corredores que eram muito familiares para eles. Os mortos-vivos foram contidos do lado de fora, e não parecia que algum tivesse conseguido se infiltrar.
Seren, ansiosa, olhou para trás várias vezes.
“Irmã, acha que Belgrieve está bem...?”
“Suas habilidades são reais; até Sasha o reconhece. Vamos ter fé.”
Se não chegassem em segurança, isso tornaria seu risco altruísta inútil — e assim, Helvetica apressou-se. Essas passagens eram todas as mesmas em que havia crescido, mas pareciam muito mais longas — talvez um reflexo de seu estado de espírito.
Eu fui ingênua. Helvetica cerrou os dentes. Seu pai era adorado e reverenciado como um sábio senhor; havia estabelecido uma base sólida, e ela havia retomado do exato ponto de onde ele havia parado. Helvetica não achava que a posição fosse um fardo — sempre foi inteligente e, sob a orientação de seu pai, pesquisou seu território e se envolveu em seus assuntos internos ainda jovem. Além do mais, em seu próprio julgamento, havia recrutado de forma assertiva pessoas talentosas para compromissos, revigorando o território mesmo durante o reinado de seu pai. Seu talento para a gestão era real, e também era popular também. Mesmo nas artes da lâmina, ostentava uma habilidade respeitável, embora não tanto quanto Sasha ou Ashcroft. Todos a reconheciam, confiavam e a adoravam.
No entanto talvez fosse exatamente por esse motivo que nunca virava os olhos para as partes ruins, e por que tinha sido muito tranquilo navegar até agora. Ela havia adiado cercar o Conde Malta e todos os outros nobres adversários. Todos fizeram uma cara legal quando a encontravam, e Helvetica acreditou que, se fizesse isso de todo o coração, eles poderiam chegar a um acordo no futuro.
Claro, ainda seguia acreditando nisto, mesmo agora. Porém seu dever era para com aqueles que viviam aberta e seriamente. A vida e a felicidade de tais pessoas poderiam mudar de qualquer maneira na ordem única de quem estivesse no topo.
O Conde Malta especializou-se em lutas de poder e nada mais; era difícil acreditar que seria um governante melhor do que ela. Na verdade, era muito mais fácil imaginá-lo trabalhando de maneira vil para priorizar seus próprios desejos. Helvetica não achava que seria impossível para eles chegarem a um entendimento mútuo — talvez compartilhassem uma opinião em algum lugar. Contudo, o que seria das pessoas se ela se fixasse nesse ponto e permitisse sua própria queda? Helvetica não conseguiria manter as mãos limpas para sempre.
O peso em seus ombros era pesado — muito mais pesado do que jamais imaginara, e só agora estava percebendo. Ela lamentou que seu pai tivesse deixado o mundo antes que crescesse o suficiente para vir a entendê-lo.
“Meu pai carregou esse peso a vida toda, não foi?”
Seren inclinou a cabeça. “Irmã? O que foi?"
“Nada...”
Eles chegaram na porta da frente. O pátio estava cheio de restos de corpos, e um pouco mais abaixo, podiam ver Anessa e Miriam. Seren suspirou de alívio.
“Que bom...”
E então, houve um tremor vindo de trás. A mansão tremeu. O candelabro da sala sacudiu, sua corrente tilintando. Helvetica rapidamente olhou ao redor, então empurrou Seren para trás. “Para fora! Pressa!”
“Certo!”
Eles saíram, fazendo uma careta com o cheiro penetrante de mortos-vivos. Ao mesmo tempo, alertadas pelo barulho, Anessa e Miriam correram para o seu lado.
“Vocês duas estão bem?”
“Hã? Onde está o Sr. Bell?”
“Um inimigo veio por trás. Sir Belgrieve ficou para trás para protelá-lo...” Seren explicou.
Miriam olhou para Anessa em pânico. “Isso não é bom! Precisamos ajudá-lo!”
“Estúpida! Se Ange e o Sr. Bell não estiverem aqui, temos que proteger Helvetica e Seren!”
“Erk... Mas se ele está contra aquela coisa de sombra... Quero dizer, até mesmo Ange perdeu uma vez...” sua voz encolheu enquanto continuava.
Anessa suspirou. “Senhor Bell vai ficar bem. Ele é alguém que pode derrotar até mesmo Ange.”
“Entendo... Você está certa!” Miriam riu, aliviada.
Anessa olhou ao redor. “Ainda assim, para onde Ange foi...” disse estreitando os olhos. Logo, ela estava segurando seu arco de novo, olhando para a escuridão. “Há mais deles.”
Todos olharam naquela direção. Houve um ruído estrondoso quando um bando de mortos-vivos blindados apareceu. Os soldados e servos estavam em movimento. Seus camaradas caídos, cujos corpos eles tinham acabado de reunir e orar momentos atrás, voltaram com olhos vazios.
Miriam olhou para Helvetica, uma expressão conflitante no rosto. “Helvetica...”
“Não se preocupe com isso. Vamos libertar suas almas.”
“Nós vamos.” declarou Anessa, dando um passo à frente, então puxou seu arco e rapidamente disparou flechas consecutivas, enquanto Miriam ergueu seu cajado para invocar relâmpagos. Em um instante, os mortos-vivos foram pulverizados e imobilizados. O destino daqueles que estavam vivos e bem apenas alguns dias atrás fez com que alguns de seus ex-colegas caíssem em prantos.
As duas aventureiras eliminaram a todos fria e deliberadamente; elas sabiam que era melhor terminar rápido, antes que qualquer emoção pudesse surgir. Helvetica fechou os olhos em gratidão, e foi quando Seren soltou um grito forte.
“Eek... Irmã!”
“Aquilo é...”
Outro morto-vivo apareceu — um cadáver um tanto fresco vestindo roupas bem cortadas, com cabelo e bigode loiro platinado, e um rosto pálido, mas inesquecível...
“Pa... I...”
O antigo conde de Bordeaux. Ele não tinha nenhuma expressão identificável, seus dois braços balançando frouxos enquanto se aproximava.
"Não... Não, não pode... Ser real...”
Impotente, Seren caiu de joelhos. Miriam correu e a segurou pelo ombro trêmulo.
“Tanta crueldade...”
Anessa cerrou os dentes com raiva e preparou seu arco. No entanto, Helvetica deu um passo à frente antes que pudesse disparar uma flecha. A condessa desembainhou a espada.
“Um morto-vivo vai morrer se tiver a cabeça decepada... Correto?”
Anessa franziu o cenho. “Você não precisa...”
“Eu farei.”
Talvez isso seja uma provação para mim, pensou Helvetica. Se ela quisesse reinar, não poderia ser a mesma senhorita protegida que tinha sido antes. Não podia fugir ou desviar-se — tinha que encarar a realidade de frente. A posição de nobreza em relação aos plebeus também significava o dever de se posicionar, a diferença mais decisiva entre os dois.
Helvetica tinha feito tudo o que podia para apagar a divisão de classe. Juntos, ela derramou seu suor com nos campos e falou com eles olho no olho. Juntos, todos desenvolveram o território. Mesmo assim, não era igual aos plebeus, e era aqui que ela tinha que exibir essa diferença.
“Se é para as pessoas fugirem... A senhora não deve fugir.” murmurou baixinho, olhando para a coisa que uma vez foi seu pai.
A mansão tremeu uma vez mais. Belgrieve estava lutando, com certeza. Todos estavam cumprindo seus próprios papéis. Helvetica teria que viver assumindo a responsabilidade por tantas pessoas.
Tomando uma grande lufada de ar, quase recuando quando o miasma encheu seus pulmões, Helvetica fixou seu olhar adiante.
“Pai... É minha vez de carregar seus fardos.”
Helvetica lentamente tomou uma posição. O morto-vivo parou na sua frente; talvez fosse por causa das sombras, mas quase parecia estar sorrindo.
○
Ele não recebeu nenhuma palavra, mesmo quando a noite se aproximava. Devem ter falhado, pensou Malta enquanto saía com pressa da estalagem. Que crianças inúteis! Ele os amaldiçoou silenciosamente enquanto se perguntava se haviam usado o cadáver do ex-Conde Bordeaux como os havia sugerido. Claro, uma jovem ficaria abalada até o âmago. Ela seria incapaz de manter a calma e, portanto, seria vulnerável, apresentando a oportunidade perfeita para atacar. No entanto, Conde Malta não recebeu mais nenhuma informação. Sem dúvida haveria algum alvoroço se Helvetica tivesse morrido.
O Conde Malta sabia que seria pego nesse ritmo. Precisava escapar da cidade e planejar seu retorno. As cidades do leste são anti-Bordeaux. Não posso me esconder lá? Pensou.
Quando correu em torno de um canto, correu para um pelotão de soldados em patrulha. Os soldados saudaram e abaixaram a cabeça.
“Conde, aonde vai a essa hora?”
“Hmm, hum... Não posso ficar quieto enquanto a cidade está em crise. Devo fazer minhas rondas...”
“Oh, que louvável! Imagino que esteja cansado. Não é muito, mas que tal uma taça de vinho no posto de guarda? Gostaria de tomar um?”
O conde Malta considerou sua situação: não fazia sentido sair com nada além das roupas do corpo. Se fosse ao posto de guarda, poderia encontrar os soldados que trouxera para o campo junto, e também poderia obter um cavalo. Além do mais, seria suspeito recusar a oferta. Quem exatamente acreditaria nele se de repente agisse com firmeza aqui?
“Muito bem... Mostre o caminho.”
Os soldados graciosamente conduziram o conde até o local, uma robusta construção de pedra na frente da qual sentavam soldados e aventureiros ao redor de fogueiras. Todos saudaram satisfeitos o conde. Parece que de fato acreditam que eu cuidei do monstro. Ele riu para si mesmo. Que palhaços ridículos.
Seu grupo entrou, e os soldados pararam em uma sala no fundo do corredor.
“Aqui, conde. Esta é uma sala para oficiais superiores.”
“Bom.”
Embora tenha entrado em alto astral, os olhos do conde se arregalaram de perplexidade quando viu Helvetica sentada ali, esperando-o com um sorriso calmo.
“Você finalmente conseguiu, Sir Conde.”
A porta se fechou atrás. Seus braços foram agarrados por um soldado de cada lado.
O conde Malta empalideceu. “O-O-O que é isso, Helvetica? Que tipo de tratamento é esse — para mim, de todas as pessoas?”
Helvética riu. “Você foi longe demais, sabe... Deveria ter passado o resto de seus anos em paz em Hazel.”
“O que está falando? O que está dizendo que eu fiz?”
“Deveria saber isso melhor do que ninguém.”
Helvetica se levantou, a bainha deslizando de sua espada. O Conde Malta engoliu em seco ao ver seu próprio reflexo em seu brilho espelhado.
“E-Espere! Sua credibilidade chegará ao fundo do poço se me matar sem motivo! Onde estão suas provas? Que prova tem de que fiz algo errado?”
“Não tenho nenhuma. Ainda não.”
“I-Isso é um absurdo! É tirania!”
“Podemos descobrir muito quando investigarmos mais tarde... No entanto, Malta, se me disser com quem estava trabalhando, pouparei sua vida — embora será exilado do território.”
“Oh...! C-Certamente!”
Malta listou os nomes de cada conspirador o quanto antes. Seus olhos estavam abatidos de tristeza a cada novo nome que ouvia.
“São todos! É o suficiente, não é? Apresse-se e me solte!”
“Hmm?” Helvetica inclinou a cabeça. Ela olhou para os soldados ao seu redor. “Eu disse que faria isso?”
“Não, não disse. O conde deve ter ouvido mal alguma coisa.”
“Não ouvi nada do tipo.”
O conde Malta ficou surpreso; seu rosto ficou vermelho quando entendeu que tinha sido enganado. “V-V-V-Você, sua puta! Você... Mentiu!”
Helvetica permaneceu sorrindo o tempo todo, embora seus olhos não estivessem sorrindo nem um pouco. “Esse incidente foi causado por minha própria ingenuidade — admito. E o dirijo minha gratidão. É graças a você que encontrei minha determinação.”
“O-O-O que... Sua garotinha! Acha que vai se dar bem com isso? Sou do ducado, um nobre direto da capital! O sangue nas minhas veias é diferente de qualquer sujeira que flua nas suas!”
“Ah, melhor ainda. Me enoja até mesmo imaginar que o mesmo sangue possa fluir em nossas veias.”
Helvetica caminhou lentamente até ele. Os soldados o imobilizaram enquanto o conde chutava e gritava.
Helvetica ergueu a lâmina. “Alguns porcos devem ser abatidos.”
Sua lâmina desceu, e então houve silêncio. Helvetica levou um momento para recuperar o fôlego.
“Coloque-o ao lado da estrada. O bravo e galante Conde Malta saiu em patrulha por conta própria, apenas para encontrar seu trágico fim nas mãos de bandidos.”
“Sim, senhora.”
Os soldados saíram pela porta dos fundos, arrastando o cadáver junto. Helvetica colocou a espada de lado e saiu lentamente. “Que noite longa noite...”
Havia uma lasca de branco se espalhando pelo céu oriental.
Notas:
1. Glifo designava a princípio qualquer signo entalhado ou pintado, a exemplo dos glifos da escrita maia e dos hieróglifos egípcios. Em tipografia, glifo é uma figura que dá um tipo de característica particular a um símbolo específico. Um glifo é um elemento da escrita.
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