Capítulo 78: Mate todos
Ela mata qualquer um que não gosta sem piedade. Se você resistir, a única coisa que o espera é a morte, um desastre que espalha a morte em seu caminho... Isso é o que o mundo diz sobre o Rei da Morte.
No entanto, na verdade, mesmo na longa história do mundo, houve apenas algumas vezes em que ela teve o desejo de matar uma criatura viva.
A razão para isso é que era uma pessoa solitária e quieta, mas a razão mais importante é que o poder mágico da morte com o qual está vestida é muito influenciado por suas emoções.
Para Isis, a maioria das criaturas está muito abaixo de sua posição, e pode tomar suas vidas sem dificuldades, ainda que não tenha a intenção de matá-las.
Até os wyverns, que são monstros ameaçadores para os humanos, nada mais são do que um mero ‘obstáculo’ para ela, e apenas um sussurro os mataria em um instante com seu poder mágico da morte.
Por causa do poder de causar a morte de uma criatura viva, mesmo que não seja intencional, Isis geralmente suprime seu poder mágico de morte tanto quanto possível.
Mesmo que não consiga suprimi-lo por completo, sempre teve cuidado para não assustar as pessoas.
Porém agora, Isis está usando aquela raiva furiosa, cheia de intenção assassina que nunca teve antes, para controlar o espaço ao seu redor.
Nesse momento não há um pingo de emoções alegres ou intenção de suprimir seu poder.
Aquelas bestas tolas que provocaram sua ira... O futuro desses tolos será julgado pelo Rei.
“Morram.”
Naquele momento, o poder mágico da morte do corpo de Isis... Junto com a violência da qual era originalmente capaz, foi liberado.
O poder mágico da morte, repleto de clara intenção de matar, foi liberado junto com suas palavras poderosas e, afetado pela tremenda raiva de Isis, dá a seus alvos uma morte cruel e viciosa.
Desde o momento em que foram desencadeados, houve pouco menos de um segundo antes que as vidas dos ursos negros fossem caçadas.
Todavia, nesse curto espaço de tempo, os ursos negros sofreriam dezenas de milhões de mortes.
As pontas de seus pelos morreram, sua pele morreu, sua carne morreu, seu sangue morreu, seus ossos morreram e cada célula de seu corpo morreu.
O momento da morte, uma morte irresistível e cheia de desespero experimentada naquele tempo extremamente comprimido.
Naquele momento da aniquilação total de seus corpos pela morte, se ainda houvesse um pingo de emoção nos ursos negros, as feras só teriam uma... Ahh, finalmente estou morto...
O poder mágico da morte, liberado cheio de sua poderosa intenção assassina, arrasou por completo a existência dos ursos negros, sem mencionar seus corpos, a morte foi conferida até mesmo às suas almas.
Em outras palavras... Foi uma ‘aniquilação’ completa.
Assim como Isis declarou, nem mesmo uma gota de seu sangue permaneceu neste mundo, pois os ursos negros desapareceram diante de seus olhos.
Contudo, a raiva de Isis não terminou com a aniquilação das feras diante de seus olhos.
Seu poder mágico da morte cobriu toda a Floresta Élfica e corroeu os alvos de sua raiva, desenraizando todos os ursos negros da floresta.
Em apenas alguns segundos, o Rei da Morte tinha acabado de dizer uma palavra... No entanto hoje, a partir deste momento, os ursos negros que habitavam a vasta floresta, temidos como vermes, foram extintos da Floresta dos Elfos.
Todo o som desapareceu.
Nenhum dos guerreiros que se reuniram para derrotar os ursos negros, Lilia-san e as pessoas ao seu redor, nem mesmo Razelia e Neun conseguiram falar.
Foi assim de esmagador o poder de Isis.
Reinando legitimamente em um dos cantos mais importantes do mundo... Uma pessoa poderosa de uma dimensão diferente, onde aqueles abaixo dela só poderiam se sentir desesperados diante de seu poder.
Todos os reunidos continuaram a olhar para o Absoluto enquanto seus corações estavam cheios de medo. Eles estão orando a ponto de serem despedaçados, rezando para que não tenham que ser os próximos a receber sua raiva.
Depois de terminar de matar o urso negro, Isis se move em silêncio até Kaito, levantando com cuidado seu corpo, como se estivesse carregando um tesouro frágil.
“Lilia.”
“Waah! S-S-S-Sim!”
“Kaito... Vou carregá-lo... Onde está... A pousada?”
“P-P-Por aqui.”
“Unnn.”
Tremendo a ponto de não conseguir falar direito, Lilia contou a Isis a localização da pousada e, depois de ouvi-la, Isis assentiu antes de seguir Lilia.
A existência dos lixos dos ursos negros não estava mais em sua cabeça, e só a importava Kaito, que ainda estava inconsciente em seus braços.
“Parece que tudo acabou, hein.”
“Eh? O quê?”
Shallow Vernal disse enquanto largava o chá que estava bebendo, enquanto Kuromueina apenas inclinava a cabeça enquanto comia seu baby castella.
“Sobre Kaito-san sendo atacado por ursos negros...”
“Kaito-kun foi atacado? Hmph!”
“Já terminou.”
“Eh?”
“Os ursos negros foram mortos pelo Rei da Morte.”
“Eh? Isis? Eh? Então, e quanto ao Kaito-kun?”
Ao ouvir as palavras de Shallow Vernal, Kuromueina se levantou em seguida e estava prestes a voar para a Floresta Élfica com Magia de Teletransporte, contudo antes que pudesse fazê-lo, Shallow Vernal disse a ela que já havia acabado.
“Ele foi ferido, embora esteja seguro agora. Seus ferimentos também foram curados.”
“É-É mesmo... Isso é bom. M-Mas, nesse caso, para onde devo direcionar minha raiva?”
“Eu não sei?”
“Não sei, você diz... Em vez disso, Shiro! Se você sabia que Kaito-kun iria se machucar, por que não me contou?”
Kuromueina parecia perplexa com o fato de Isis ter limpado a bagunça, e depois de expressar seu sincero alívio por Kaito estar seguro, questionou Shallow Vernal, que sabia da situação de antemão, porém não a havia contado.
Embora Kuromueina esteja claramente irritada quando a questiona, Shallow Vernal não parece estar particularmente preocupada, já que respondeu num tom indiferente.
“Se tivesse te contado, Kuro ficaria com raiva dos ursos negros, não é?”
“Claro, ficaria! Estou muito zangada, apenas pelo fato de ter deixado Kaito-kun se machucar!”
“Quando você está com raiva, Kuro usaria magia para ‘acertá-los’, certo?”
“Claro, vou acertá-los! Vou acertá-los com toda seriedade!”
“Se o fizer, para não mencionar a Floresta Élfica, ‘você destruiria quase metade do continente’.”
“Uuuuhhh...”
Depois de ouvir o que Shallow Vernal disse com indiferença, Kuromueina, que tinha uma expressão que dizia estar com raiva, não sabia o que responder.
“Então, pensei que seria menos prejudicial se eu deixasse o Rei da Morte limpar essa bagunça.”
“Isso é... Isso pode ser verdade, só que... O que faria se Isis não viesse?”
“Apenas faria o urso negro desaparecer.”
“Ugghhh... Geeeeeezzzzzzz!”
Se Isis não chegasse a tempo, Shallow Vernal disse que ela mesma faria seu movimento.
Como se não conseguisse encontrar palavras para refutá-la, Kuromueina apenas estufou as bochechas e se virou, mal-humorada.
“Mnnhh, é bom que Kaito-kun esteja seguro, contudo... Sinto como se estivesse exausta. Não consigo nem direcionar meu punho levantado para lugar nenhum.”
“Então, quer lutar pela primeira vez em algum tempo?”
“Quando foi a última vez que lutamos?”
“Já se passaram 3.465 anos.”
Como a raiva de Kuromueina pelos ursos negros parece estar aumentando, Shallow Vernal a chamou como se tivesse uma ideia e se levantou, acenando levemente com a mão para criar um espaço onde apenas as duas existissem.
Kuromueina também achou que sua ideia era boa para que pudesse desabafar sua frustração, e após balançar a cabeça, vendo o espaço criado por Shallow Vernal, elas se viraram.
“Não vou pegar leve hoje, certo?”
“Quando Kuro pegou leve comigo em uma briga?”
“Falando assim... Nunca peguei leve com você.”
“Bem, então vamos começar. Essa briga que não temos há algum tempo...”
Justo quando Kaito foi trazido para a pousada por Isis... Em um espaço onde ninguém conhecia ou podia ver... Shallow Vernal e Kuromueina, os polos opostos de Branco e Preto, estavam se chocando violentamente como se estivessem desabafando seu estresse.
Notas do Autor:
‘Rei da Morte’ Aviso de Extermínio do Urso Negro Parte 1 ‘Ira’
Wyvern-senpai também deu as boas-vindas aos Ursos Negros no clube, o clube dos seres atingidos por um dos Seis Reis. Enquanto isso, o Rei do Submundo está lutando contra o Deus da Criação.
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