sábado, 16 de novembro de 2024

A Quiet Place — Capítulo 09

Capítulo 09


Asai estava em frente ao novo hotel de três andares, perto da casa com as árvores de bambu e o muro de concreto. Quando visitou a Cosméticos Takahashi pela primeira vez com sua cunhada, notou que a casa pertencia a alguém chamado Kobayashi. Agora, a placa de pedra esculpida estava levemente tingida de vermelho pelo neon do outro lado da rua.

O hotel foi construído num estilo elegante e moderno. Parte sul da Europa, parte réplica da arquitetura europeia antiga, possuindo um ar vitoriano, mas nada conseguia esconder o fato de que era um hotel para casais.

E tinha apenas surgido do nada. Fazia apenas seis meses desde que Asai esteve pela última vez na área. Em algum momento dentro desse curto período de tempo, a Cosméticos Takahashi e a casa ao lado com a cerca de bambu e a árvore zelkova foram demolidas, o solo reformado e arquitetos e construtoras se mudaram para construir este novo edifício. Asai não tinha testemunhado nada disso. Agora, tudo o que podia fazer era ficar parado e olhar com espanto.

O nome Chiyo obviamente veio do nome de Chiyoko Takahashi. A pequena boutique de cosméticos, agora desaparecida da face da terra, deve ter ficado bem no final do que agora eram as paredes brancas do perímetro do hotel. Dentro dessas paredes havia uma fileira de ciprestes de estilo europeu, intercalados com o que provavelmente pretendiam se assemelhar a castanheiras europeias, porém o mais provável era que fossem castanhas-da-índia japonesas. Foram plantados próximos uns dos outros para dar algum tipo de ambiente arborizado. E a árvore mais alta do bairro, a grande e velha zelkova, não estava em lugar nenhum.

O muro baixo de pedra, a cerca de bambu ladeada por arbustos de azaleia, tudo isso havia sumido e substituído por concreto branco. Havia um terraço com uma suave inclinação onde um gramado havia sido plantado e uma ampla entrada de veículos por onde os carros podiam entrar no terreno. Assemelhava-se a entrada de um parque.

O que diabos havia acontecido com a casa original com seu portão coberto e degraus de pedra? A casa de dois andares visível atrás das árvores e arbustos era uma típica casa antiga de estilo japonês. Só aquela propriedade tinha mais de cem metros de cerca de bambu de frente para a rua. Quando somado ao terreno onde a Cosméticos Takahashi estava, significava que este hotel foi construído em uma porção de terra muito generosa.

A casa original pertencia a alguém chamado Kubo, Asai lembrou. Quando visitou com Miyako, ele estava prestando atenção aos arredores e fez questão de ler as placas de identificação. Asai imaginou que a família Kubo havia comprado à propriedade vizinha para construir um hotel. Contudo se fosse esse o caso, por que a semelhança impressionante do nome do hotel com o de Chiyoko Takahashi? Talvez os caracteres não devessem ser lidos como ‘Chiyo’, mas sim ‘Sendai’, que significa ‘mil gerações’, e era apenas uma coincidência. Ele não conseguia imaginar como a proprietária solteira, que não tinha nem condições de contratar funcionários para administrar sua pequena boutique de cosméticos, teria os meios para comprar o terreno vizinho e construir um hotel chique.

Ou talvez outra pessoa tivesse comprado a casa Kubo e a Cosméticos Takahashi. Afinal, o negócio de hotel para casais era extremamente lucrativo. Era uma área tranquila e um bairro exclusivo para começar. A clientela gostava da sensação de luxo do lugar e, depois de escurecer, havia poucos transeuntes para observar os casais entrando e saindo. A rua também era mal iluminada; infinitamente preferível a uma rua movimentada e bem iluminada no centro da cidade. Parecia que no topo da colina, o Tachibana e o Midori estavam fazendo excelentes lucros. Qualquer pessoa com capital suficiente reconheceria esta área como uma boa oportunidade de investimento.

De acordo com o presidente Yagishita, quando visitou Asai no ministério, muitos desses tipos de hotéis estavam surgindo em resorts de águas termais. As pousadas japonesas regulares estavam sofrendo com a escassez de empregadas e outros atendentes, e o atendimento ao cliente estava aquém. Comparado à experiência tradicional de pousada japonesa, uma visita a um hotel para casais exigia muito menos pessoal, e a taxa de rotatividade de quartos era muito maior. As instalações em si costumam ser tudo o que é necessário para gerar lucro. Claro, as vilas e pousadas de alto padrão permaneceram como estavam, todavia os hotéis menos populares estavam correndo para se converter.

No entanto, Asai não conseguia deixar de sentir que algo estava estranhamente errado. Nesse momento, estava parado no ponto exato da estrada em que sua esposa havia percorrido antes de morrer de um ataque cardíaco repentino. Se a empregada do Midori fosse confiável, um novo hotel para casais agora tinha aparecido de repente no mesmo local. Era uma estranha coincidência: a boutique onde Eiko havia dado seu último suspiro agora se tornara parte do mesmo hotel.



Após chegar ao ministério na manhã seguinte, Asai pediu a um de seus colegas juniores que lhe trouxesse uma cópia de quaisquer documentos relacionados à propriedade do Hotel Chiyo do escritório público local de Yoyogi. Quando abriu os papéis, seus olhos se arregalaram; Chiyoko Takahashi estava de fato listada como presidente. Bem, meio que esperava por isso, mas ainda assim foi uma surpresa. Como era possível? A Cosméticos Takahashi não estava fazendo um negócio estrondoso. Asai só entrou na boutique uma vez, porém depois disso, toda vez que passou por lá, o lugar estava vazio. Nunca viu um único cliente lá dentro. Não houve necessidade de mais funcionários, nem mesmo a própria proprietária tinha muito que fazer.

Quando visitou para agradecer, a Sra. Takahashi admitiu que não tinha muito que fazer na boutique. Ela só negociava com marcas de cosméticos de alta qualidade para sua clientela abastada, porém confessou que não havia escolhido o momento certo para investir. Em outras palavras, deixou escapar que seu negócio estava fracassando. Ela era uma mulher atraente, e Asai havia sido afetado o suficiente para sentir pena do péssimo estado de seu negócio.

Contudo, agora se descobriu que essa mulher tinha fundos para construir um hotel. Era óbvio que o dinheiro não tinha vindo da boutique.

Asai examinou a lista de executivos no documento. Entre os nomes estava alguém chamado Konosuke Kubo, listado como membro do conselho. Kubo? Ah, sim, Kubo. Esse era o nome no portão da casa ao lado.

Você nunca sabe quando se trata de dinheiro. As pessoas podem parecer estar operando nas profundezas da pobreza, quando na verdade têm ativos ocultos em outro lugar.

Negócios florescentes podem estar secretamente à beira da falência. Às vezes, um salvador financeiro pode aparecer do nada para salvar o dia.

E Chiyoko Takahashi? Parecia solteira, no entanto poderia muito ter um patrocinador oculto, algum tipo de sugar daddy. Miyako já havia apontado que havia algo um pouco sedutor nela. E se uma mulher também pensasse assim, então Asai imaginou que é bem possível que estivesse no caminho certo. Ele se lembrou daquele perfume quando ela o ajudou a vestir o casaco.

Seu estoque era todo de produtos caros de marca, muitos destes importados. Embora a boutique fosse pequena, tudo aquilo exigiria uma boa quantia de capital. Sim, deve ter tido um patrocinador para ajudar a financiar o negócio. Mesmo que tenha sido solteira a vida toda, em algum momento pode ter chamado a atenção de um homem.

Foi uma grande mudança de dona de uma loja de cosméticos para diretora de um hotel para casais. Entretanto quando pensou a respeito, conseguiu entender o porquê. Sua boutique de luxo foi aberta naquele bairro com a esperança de atender aos moradores locais. Supondo que tivesse faro para negócios e seu ambiente, teria entendido rapidamente o apelo daqueles hotéis na colina. De alguma forma, encontrou uma maneira de persuadir seu vizinho, o Sr. Kubo, a se desfazer de sua casa. Todavia deve ter pagado muito caro para isso.

O nome Konosuke Kubo apareceu na lista de membros do conselho da empresa. Se este era seu vizinho, então deve ter desempenhado um papel na construção do hotel; por exemplo, fornecendo seu próprio terreno para o local. Era uma prática bastante comum.

Mas, se o Sr. Kubo foi tão fundamental no processo, então por que não ocupou uma posição mais alta na empresa? Não estava listado como diretor administrativo. O cargo de diretor executivo foi ocupado por uma Sachiko Takahashi, talvez a irmã de Chiyoko. O fornecimento do terreno para um projeto era um investimento substancial. Com certeza deveria ser o listado como presidente ou, pelo menos, algum tipo de diretor. Por que foi relegado ao humilde papel de membro do conselho?

A linha de pensamento de Asai foi interrompida pela chegada do diretor do departamento. Três visitantes estavam o esperando. Eles entregaram a Asai seus cartões de visita, mostrando que todos pertenciam à Cooperativa Agrícola da Prefeitura de Yamagata. O diretor fez as apresentações.

— Como parte da iniciativa agrícola integrada, esta cooperativa agrícola está planejando estabelecer várias novas plantas de processamento de alimentos. Especificamente, fábricas de presunto e salsicha. Até agora, tinham estado no negócio de frutas enlatadas, porém estão planejando expandir para a indústria de carnes. E assim, escolheram vir pedir conselhos sobre a tecnologia e a distribuição desses produtos. Asai, gostaria que lhes desse uma visão geral.

O líder da cooperativa mencionou o nome de um político, ‘O Sr. Fulano de Tal tem sido muito encorajador’, ou algo assim, porém era claro que estava deixando os funcionários públicos saberem que tinha o poder de um oficial eleito o apoiando.

Asai, em seu papel como chefe assistente de divisão, começou a falar com eles sobre isso. O processamento de alimentos era sua área de especialização. Tendo visitado muitas, muitas fábricas, tornou-se uma espécie de autoridade no assunto. Na maior parte, seu conhecimento foi adquirido por meio de seu trabalho com Yagishita.

Contudo, enquanto falava, a mente de Asai vagava de volta para o Hotel Chiyo.

Como diabos Konosuke Kubo poderia estar satisfeito com sua posição como membro regular do conselho? Talvez fosse só o tipo quieto e modesto quando se tratava de assuntos comerciais. Por outro lado, estava propositalmente tentando esconder sua conexão, quando na verdade tinha muito poder e influência? Qualquer um dos dois poderia ser possível.

Qual era a relação entre Chiyoko Takahashi e Konosuke Kubo? Eles não eram mais do que vizinhos? Ou eram vizinhos que viram uma oportunidade de ganhar dinheiro e se tornaram parceiros de negócios? Ou seria outra coisa?

Asai percebeu que havia chegado ao fim de seu discurso quando a voz de um de seus visitantes interrompeu seus pensamentos.

— Gostaríamos de observar uma fábrica de processamento de carne... Presunto e salsichas, se possível. Poderia sugerir algum lugar para onde poderíamos ir?

Asai seguia pensando no novo hotel o tempo todo em que conversava. Na verdade, estava tão familiarizado com os detalhes da orientação administrativa que poderia ter feito o discurso inteiro dormindo.

— Eu recomendaria a Corporação Yagishita de Presunto em Kobe. São muito experientes no campo e equipados com máquinas de última geração. Há pouco tempo abriram sua segunda filial, aqui em Higashi Murayama.

Claro, não mencionara seu relacionamento especial com o Sr. Yagishita.

— Este é o tamanho atual de nossas operações de criação de porcos. Quanto precisaríamos expandir?

Asai ouviu os detalhes de sua operação atual e respondeu com o número apropriado.

O diretor então decidiu inserir algumas palavras de bajulação.

— Estamos cientes de que a maioria das comunidades agrícolas locais está neste momento vivenciando uma resposta bastante negativa à recente política governamental sobre desvio de terras agrícolas, então respeito sua abordagem com visão de futuro.

‘Abordagem com visão de futuro’ era o tipo de frase vazia amada pelos políticos. O diretor adorava usá-la toda vez que funcionários de cooperativas agrícolas faziam uma visita ao ministério.

Sem se impressionar com a escolha de palavras de seu chefe, Asai deixou sua mente vagar mais uma vez.

E se Konosuke Kubo fosse o patrocinador secreto de Chiyoko Takahashi? Ambos moravam bem próximos um do outro, então era com certeza possível. Se fosse esse o caso, então devem ter construído o hotel juntos, e Kubo optou por manter um perfil discreto no que diz respeito à papelada. O homem morava naquela enorme mansão. Asai não tinha ideia de qual seria sua linha de trabalho, todavia não havia dúvida de que era rico.

Contudo, então, que ato descarado da Sra. Takahashi ter uma boutique ao lado da casa do Sr. Kubo. Que homem seria tão atrevido a ponto de montar um negócio para sua amante bem ao lado? Talvez tivesse entendido tudo errado, afinal... Ele foi repentinamente arrancado de seu devaneio.

— Seria possível que você nos fizesse uma visita em um futuro próximo?

Asai percebeu que o presidente da cooperativa estava se dirigindo a ele.

— Perdão?

— Gostaríamos muito que visitasse nossa prefeitura, Sr. Asai. Somos todos novatos na área, então gostaríamos de qualquer tipo de orientação que pudesse nos oferecer.

O diretor se virou para Asai.

— Acho que você pode arranjar tempo, não pode?

Parecia que o diretor estava ansioso para dar seu apoio ao político nomeado pelos homens de Yamagata.



Quando Asai voltou de sua viagem de negócios, a verificação de antecedentes que havia ordenado sobre Chiyoko Takahashi e Konosuke Kubo estava concluída e o relatório pronto para ele pegar. Uma semana antes de sua partida, havia solicitado a ajuda de uma agência de detetives.

Por um senso de autopreservação, Asai decidiu não se revelar como um assistente chefe de divisão no Ministério da Agricultura e Florestas. Visitou a agência de detetives com um nome falso, explicou o que precisava ser investigado e pagou o depósito necessário. Deu um endereço inventado e disse que não tinha linha telefônica. Combinou de ligar para eles para descobrir quando o relatório estaria pronto e ir buscá-lo pessoalmente, quando pagaria o restante da taxa.

Asai ligou para a agência no dia de seu retorno de Yamagata e foi informado de que a investigação estava concluída. Tomando um táxi pouco depois, cumpriu sua promessa de pagar o restante e saiu com um envelope grande. Dessa forma, acreditava, ninguém teria a mínima ideia de quem havia solicitado a investigação sobre a Sra. Takahashi e o Sr. Kubo. O relatório dizia o seguinte:



Chiyoko Takahashi, 36 anos, casou-se com Fumitaro Ozawa, um comerciante de Yokohama, há doze anos. Os dois se divorciaram há cinco anos. O motivo do divórcio foi o caso extraconjugal de seu marido. Ela recebeu uma quantia muito generosa de dinheiro como acordo, mas o valor exato não pôde ser verificado. O Sr. Ozawa se casou de novo pouco tempo depois.

Após seu divórcio, Chiyoko Takahashi administrou um salão de cabeleireiro em Shinagawa, porém sem treinamento formal, não cortava o cabelo de seus clientes. Contudo, parecia ter talento para gestão e o salão era popular. Naquela época, teve um caso com o dono de um negócio de cosméticos por atacado. Houve problemas quando a esposa do comerciante descobriu. De vez em quando, ela aparecia na loja da Sra. Takahashi, o que causava um escândalo. Tornou-se desconfortável para a Sra. Takahashi ficar no bairro, então, três anos atrás, mudou-se para Sanya em Yoyogi e abriu uma pequena loja de cosméticos. O nome do atacadista é Genkichi Higai, de 52 anos. Este tem uma loja em Kyobashi e é bastante rico. Foi com a ajuda do Sr. Higai que a Sra. Takahashi abriu sua boutique em Yoyogi, e parece que ambos ainda são amantes. Este ano, ela comprou um terreno de 3000 metros quadrados de seu vizinho, Konosuke Kubo. Combinando esse terreno com os 300 metros quadrados que já tinha, construiu o Hotel Chiyo. Pode-se presumir que a maior parte dos fundos para a compra foi fornecida por Genkichi Higai. O mencionado Konosuke Kubo está listado como membro do conselho da corporação, e a Sra. Takahashi deixou escapar que este exigiu uma porcentagem dos lucros do novo hotel em troca de concordar em vender seu terreno. Foi supostamente Higai quem conduziu as negociações. O hotel está indo muito bem.



Claro; era justo como havia imaginado. Chiyoko Takahashi não era uma divorciada solitária. Pode não ter sido uma beleza estonteante, contudo era uma mulher atraente e madura. Asai não acreditava que fosse de fato solteira e, com certeza, acabou tendo um cliente. Um salão de cabeleireiro e uma loja de cosméticos que precisavam de estoque; cosméticos no atacado... Tudo fazia sentido. Um relacionamento que começou com o fornecimento de bens se transformou em um caso de amor.

A loja que, apesar do seu tamanho minúsculo, tinha um estoque tão vasto e caro; a compra do terreno vizinho; a construção de um hotel atraente de estilo europeu, o relatório do detetive fazia todo o sentido.



Konosuke Kubo, 38 anos. Casado há dez anos com Kazuko (32 anos), sem filhos. A casa em Yoyogi foi construída há cerca de cinquenta anos por seu pai, que era um atacadista de produtos de seda. Konosuke nasceu naquela casa e viveu lá até sua venda para a corporação hoteleira.

Konosuke Kubo se formou no departamento de comércio de certa universidade privada e, após a morte de seu pai, assumiu os negócios da família. O mercado passou por uma depressão e a empresa faliu. Desde então, foi contratado como gerente de Assuntos Gerais na empresa têxtil de seu tio e vive o estilo de vida típico de um assalariado. Com o fracasso dos negócios da família, sua fortuna não é tão grande quanto antes, no entanto herdou terras em várias partes da cidade. Sua reputação no trabalho é razoavelmente boa e não houve reclamações sobre sua conduta. Bebe com moderação. Desde a venda de sua casa em Yoyogi, alugou um apartamento de um cômodo no terceiro andar do edifício Keyaki Mansion em Higashi Nakano.

Sua esposa, Kazuko, tem tuberculose e é paciente de um sanatório nas montanhas da província de Nagano há um ano e meio. O Sr. Kubo vai até Nagano no último fim de semana de cada mês para visitá-la. Não há rumores de infidelidade conjugal de sua parte.



A teoria de Asai, de que houve uma relação sexual entre Chiyoko Takahashi e Konosuke Kubo, foi completamente demolida por este relatório.

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