Capítulo 119: Um ser muito estranho
No entanto, Megiddo-san, aquele que começou toda essa confusão, desapareceu, deixando seus homens que estavam fazendo preparativos de forma rápida e eficiente para trás.
Eles não parecem estar incomodados, pois continuam a fazer os preparativos... Mas está realmente tudo bem para a pessoa que é, de certa forma, a estrela do show sumir?
E enquanto pensava a respeito... Um pilar de chamas se ergueu na frente do portão outra vez, e Megiddo-san voltou. Será que essa pessoa levanta um pilar de chamas toda vez que se teletransporta?
Porém, essas perguntas foram dissolvidas pouco depois quando vi Megiddo-san retornando.
Ele estava segurando ‘três árvores’ em uma mão e um enorme cervo verde, ainda maior que Megiddo-san, na outra.
“Ohh, desculpe pela espera!”
“Hmm, Megiddo-san... O que é isso?”
“Unnn? Ahh, a carne desse cervo é muito boa. Não me importo de comer só carne, só que como acho que haveria humanos que gostariam de algumas frutas na festa, também trouxe isso comigo!”
“Ei, Megiddo. Esse não é... Um chifre da floresta?”
“Hã? Não lembro o nome de cada comida que como.”
“Você pediu a permissão de Lillywood?”
“Por que tenho que pedir a permissão de Lillywood?”
Vendo o cervo que Megiddo-san havia caçado, ‘Kuro’ falou com ele com um olhar perplexo no rosto.
Contudo, por algum motivo, o nome de Lillywood-san surgiu... Como devo dizer... Tenho uma premonição lamentável no momento.
“A população dos Chifres da Floresta está se tornando cada vez menor, então ela disse que limitará o mercado de sua carne.”
“É mesmo? Bem, ela não deveria se incomodar com todas essas coisas triviais!”
“Tenho certeza de que Lillywood já está com a cabeça entre as mãos agora...”
Pelo jeito, Megiddo-san esteve no território de Lillywood-san (?) e pegou este cervo e árvores sem permissão.
Pensando na personalidade de Megiddo-san, não parece que esta é a primeira vez que o faz...
A maior floresta no Reino Demoníaco... Está sob o controle do Rei do Mundo Lillywood.
No canto daquela floresta, o rei daquela floresta, Lillywood estava atordoado.
“Isto é... O que no mundo...”
“Ahh, Rei do Mundo-sama? A-Agora a pouco, o Rei da Guerra-sama apareceu do nada... E disse que ia dar uma festa, então levaria algumas frutas e carne...”
“...”
Ouvindo a situação que seu seguidor lhe contou apressadamente, Lillywood olhou pelo canto do olho... E ficou sem palavras ao ver várias árvores arrancadas de suas raízes.
“MEGIDDDOOOOOOOOO!”
Os preparativos para a festa estavam prontos, e as pessoas que moravam na mansão de Lilia-san, incluindo Kusunoki-san e Yuzuki-san, saíram para o jardim.
Quando Megiddo-san levantou sua grande xícara e estava prestes a fazer um brinde... Uma árvore cresceu no jardim da mansão.
Então, a árvore que havia brotado se contorceu e mudou de forma, e lá apareceu Lillywood-san.
“Megiddo!”
“Ohh, não é Lillywood, você também quer se juntar a nós?”
“Eu não vim para isso! Como ousa devastar minha floresta?”
“Eu fiz isso?”
Enquanto Lillywood-san está claramente tremendo de raiva, Megiddo-san inclina a cabeça, não parecendo nem um pouco incomodado com a acusação.
Vendo a sua reação, Lillywood-san parece ainda mais irritada e o encara com raiva.
Como posso dizer... Sabia que eles tinham seus próprios problemas lá, mas... Vendo que há três dos Seis Reis em seu jardim, parece que a consciência de Lilia-san partiu, então os problemas estavam aparecendo deste lado também.
“A árvore deitada ali é a melhor evidência!”
“Ahh, entendi... Peguei algumas frutas!”
“Só que não precisa arrancar a árvore inteira!”
“Não seria mais rápido com esse método?”
“Quantas vezes tenho que te dizer a mesma coisa antes de começar a colher como uma pessoa normal, seu cabeça de músculo?”
“Hahhhh?”
“O que é?”
A troca entre Lillywood-san e Megiddo-san fica mais acalorada conforme o tempo passa e, por fim, a voz de Megiddo-san fica mais baixa.
Contudo, Lillywood-san também é um dos Seis Reis... Ela o encara de volta sem pestanejar.
E nesse instante, junto com um som como se o ar estivesse rangendo entre os dois, uma tempestade de poder mágico sopra no ar.
“Você está procurando por uma briga, porque eu estou comprando uma, Lillywood?”
“Tudo bem. Aparentemente só falar com você não é o suficiente… Vamos trocar de lugar.”
“Pode escolher, estou indo logo atrás!”
Uma briga se iniciou antes do banquete começar.
Não sei se Lillywood-san e Megiddo-san decidiram que não podem lutar com todas as suas forças aqui, já que ambos desapareceram quase ao mesmo tempo com Magia de Teletransporte.
Em vez disso, pensar que a gentil Lillywood-san ficaria tão brava a esse ponto… É provável que Megiddo-san já tenha feito a mesma coisa uma ou duas vezes…
Atordoada pela visão da estrela do show (?) junto com outro membro dos Seis Reis que apareceu de repente, ‘Kuro’ falou com uma expressão perplexa no rosto.
“Bem, eles devem demorar um pouco. O banquete provavelmente começará depois que Megiddo e Lillywood voltarem.”
“Provavelmente é esse o caso.”
“Bem, enquanto isso, quer conversar comigo, Kaito-kun? Ei, Kaito-kun, não tem nenhuma opinião sobre meu modo de besta mágica?”
“Eh? Na verdade, não.”
“Você não tem nenhuma?”
De qualquer forma, se os dois não voltarem, as conversas não progredirão, então ficarei conversando com ‘Kuro’ até lá.
Com um olhar cheio de expectativa, ela falou sobre sua forma de besta mágica de antes e me perguntou o que achei a respeito, entretanto ainda que me pergunte, eu não consigo pensar em nada em particular.
“O-Olha, deve haver algo, certo? Seja que parece legal ou assustador!”
“Não é difícil se mover com todos esses espinhos?”
“Está perguntando isso?”
Tenho a sensação de que os espinhos vão espetar seu corpo se estiver andando por aí dessa forma.
Como se minhas palavras fossem inesperadas, ‘Kuro’ pareceu surpresa e enrijeceu... Todavia, depois de um tempo, tornou a falar, parecendo nervosa.
“Não, não, veja bem, deve haver algo, certo? Nunca mostrei meu modo de besta mágica para você, não mostrei? Tem alguma coisa que queira me perguntar?”
“Hmmm. Então, posso te fazer uma pergunta?”
“Mhhmm. Pergunte-me qualquer coisa!”
Parece incomodá-la que eu não tenha pensado muito sobre seu modo de besta mágica, mas quando ‘Kuro’ me questionou se não tinha nenhuma pergunta, decidi perguntar algo enquanto tinha a chance.
‘Kuro’ me olha com expectativa... E enquanto encaro aqueles olhos dourados, falo calmamente.
“‘Quem é você’?”
“Eh?”
Ouvindo minha pergunta, desta vez, ‘Kuro’ enrijece completamente.
Depois de um momento de silêncio pesado, ‘Kuro’ esboça um sorriso preocupado no rosto enquanto falava.
“O que há com essa pergunta, Kaito-kun, do que está falando? Eu sou...”
“Você não é Kuro, certo?”
“...?”
Para ser honesto, não tenho nenhuma prova, era quase como um palpite... Contudo tenho certeza.
Ela está na minha frente agora. Este ser com a mesma aparência de Kuro, a mesma voz e o mesmo poder mágico... Não é Kuro.
“Do que diabos está falando, Kaito-kun. Qual é a sua base para...”
“Não tenho nenhuma base. Também não sei o motivo... No entanto, você é uma pessoa diferente, não é Kuro.”
“...”
Ouvindo minhas palavras, cheio de uma convicção e um tom mais fortes do que antes, ‘Kuro’ ficou em silêncio.
E depois de outro curto período de silêncio... Sua voz veio acompanhada de um som diferente de antes.
“Devo dizer, estou bastante surpreso.”
“?”
Sua aparência ainda se parece com Kuro, todavia sua voz mudou... Para uma voz aguda familiar.
“Essa é a primeira vez que veem através de mim. Preciso revisar minha opinião a seu respeito... No entanto, por enquanto, vou elogiá-lo. Trabalho esplêndido…”
“Rei Fantasmal, Sem Rosto.”
“Sim, sou eu. Meu Deus, você está me surpreendendo.”
Enquanto aplaudia na forma de Kuro, o Rei Fantasmal lançou palavras de elogio para mim.
É inacreditável. Mesmo agora que sei sua verdadeira identidade, sigo não conseguindo dizer a diferença na aparência entre o Rei Fantasmal e Kuro, e até mesmo a sensação de seu poder mágico também é a mesma...
Ainda antes, nem Chronois-san, um Deus Supremo, nem Megiddo-san, um dos Seis Reis notaram... Um disfarce perfeito.
Não, em vez de chamar de disfarce, pode ser mais apropriado chamá-lo de cópia agora.
“Miyama Kaito. Você afastou com sucesso a ameaça do Rei da Guerra. Eu não esperava que o fizesse tão rápido. Ótimo... Isto está me deixando orgulhoso.”
“Por que diabos está dizendo isso com a boca dela...”
“Entretanto, ainda não estou satisfeito. Mostre-me mais... Suas possibilidades.”
“...”
Depois de anunciar em sua voz misteriosa, que soou um tanto feliz, o Rei Fantasmal olha direto para mim e sorri.
“Todavia, antes disso... Devo recompensá-lo por superar seu segundo teste... Pode ficar com isso.”
“Isto é?”
Do nada, o Rei Fantasmal puxa uma pequena... Carta do tamanho de uma carta de baralho e a estende para mim.
“Está pretendendo visitar a residência do Rei da Morte, não é? Então, tenho certeza de que irá ajudá-lo.”
“?”
Sério, não só é muito estranho, mas também alguém irritante.
Ouvi dizer que todas as informações estão sendo coletadas pelo Rei Fantasmal, e ao que parece não há falsidade nessa declaração... Essa pessoa sabe até sobre essas coisas.
Não, em primeiro lugar, essa pessoa pode se disfarçar tão bem que quase ninguém consegue reconhecê-la... É possível que tenha se disfarçado de outra pessoa perto de mim, e pode até ser alguém entre aquelas pessoas que cumprimento casualmente.
Enquanto sinto medo mais uma vez pelo Rei Fantasmal, ainda usando o rosto de Kuro, ela sorri com alegria.
“Tenho grandes esperanças em você. Miyama Kaito... Espero que continue com o bom trabalho e supere todas as minhas provações.”
“...”
“E então, me apresentarei diante de você... Quando estiver diante do abismo...”
“Espere!”
“Vamos nos encontrar outra vez.”
Mais uma vez, deixando apenas palavras, o Rei Fantasmal desaparece como fumaça.
Deixando para trás um terror ainda mais estranho do que da última vez que nos encontramos...
Querida mãe, pai — antes que eu percebesse, um rei se misturou. Ele, que pode ser apropriadamente descrito como a personificação das Ilusões Vazias, o Rei Fantasmal — é um ser muito estranho.
Notas do Autor:
Tradução:
Rei Fantasmal: “Eh? De jeito nenhum? Ele já se tornou amigo do Rei da Guerra? Kuhh! Como esperado do meu amado humano! Agora é disso que estou falando! Assim não vai dar certo, tenho que parabenizá-lo pessoalmente! Também vou levar um ‘presente’... Continue com o bom trabalho!”
Foi o que o mocinho disse.
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