sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

A Quiet Place — Capítulo 11

Capítulo 11


Realmente era Konosuke Kubo observando-o naquele dia? Desde que viu de relance o rosto do gerente de Assuntos Gerais da R-Textiles, a memória continuou tocando na cabeça de Asai.

Era uma tarde brilhante no início da primavera, e estava focado em tentar ver através da abertura na porta da frente da Cosméticos Takahashi. Asai sentiu alguém parado atrás dele. Não ouviu passos ou uma voz, mas havia algum tipo de força invisível, como uma onda quebrando contra suas costas, e em resposta se virou para ver a figura de um homem com um cachorro parado do outro lado da rua. Asai percebeu que o homem o observava há algum tempo.

Asai se preocupou na época que pudesse ser confundido com um ladrão, então se afastou da vitrine da loja muito devagar e sem se exaltar, não correu para o caso de isso o fazer parecer ainda mais suspeito, e começou a se afastar na direção oposta. Ainda assim, até conseguir colocar uma distância razoável entre si e a figura alta, temeu que o homem o abordasse e exigisse saber o que estava fazendo. Seus pés pareciam desajeitados, a pele em suas costas arrepiada.

Apenas se virou e vislumbrou o rosto longo do homem e, graças ao efeito de luz de fundo do sol, ficou escuro como uma fotografia subexposta. Não conseguia distinguir nada claramente além de um nariz e um par de óculos. Com o passar do tempo, essas se tornaram as características distintivas do estranho. E agora, quando essas características de sua memória começaram a se fundir com o rosto do homem que estava sentado à mesa no departamento de Assuntos Gerais da R-Textiles, tudo de repente se encaixou.

O homem com o cachorro que o encarava naquele dia não era um morador preocupado. Não estava lá fora vigiando a loja por gentileza ou consideração por seu vizinho. Tinha a aparência de alguém defendendo sua própria propriedade. Sua postura, a sensação de seu olhar... Havia algo muito severo nele.

Fazia sentido. Se o homem fosse Kubo, Asai podia ver por que poderia ter lhe dado aquele olhar estranho. Se tivesse um relacionamento íntimo com a Sra. Takahashi, a vizinha, não seria capaz de ignorar outro homem verificando suas instalações enquanto ela estava fora. Se, depois de observar um pouco mais, tivesse decidido que Asai era um ladrão, poderia ter colocado seu pastor alemão para persegui-lo. Ou talvez tivesse suspeitado que esse bisbilhoteiro tivesse algum tipo de relacionamento com Chiyoko Takahashi. Qualquer que fosse a verdade, seu comportamento sem dúvida era fora do comum.

Seja qual for o caso, Asai queria saber a natureza exata do relacionamento entre Konosuke Kubo e Chiyoko Takahashi. E então acabou na agência de detetives particulares mais uma vez. A Sra. Takahashi havia feito Kubo um membro do conselho de diretores do Hotel Chiyo em troca da venda do terreno, ou era muito mais do que isso? Sua ânsia por descobrir a verdade aumentou.

Asai tinha a vantagem de que o Sr. Kubo nunca tinha visto seu rosto claramente. Em frente à loja de cosméticos, houve apenas uma fração de segundo antes de Asai se virar e ir embora. Tinha certeza de que Kubo apenas o vira de costas. Na R-Textiles também, Asai tinha ficado bem no canto perto da entrada; Kubo estava conversando com outros membros da equipe e nunca tinha olhado para cima. Era típico de qualquer escritório, vendedores de seguros e outros empresários frequentemente paravam na recepção. A equipe estava acostumada com isso e não lhes dava atenção. Ninguém sequer olhou na direção de Asai. Além do mais, continuava usando óculos escuros, então ninguém poderia ter visto seu rosto direito.

Algum dia iria encontrar Konosuke Kubo. Quando acontecesse, era vital que o homem não o reconhecesse. Acima de tudo, não queria ser identificado como Tsuneo Asai, marido de Eiko Asai. Não deveria ser rastreado até o Ministério da Agricultura e arriscar uma mancha em sua reputação como funcionário público do ministério. Kubo não deveria reconhecer seu rosto, saber seu nome ou ter uma ideia de onde trabalhava. Não deveria ser nada mais para ele do que uma figura anônima que viu na rua. Por outro lado, Asai saberia tudo o que havia para saber sobre Konosuke Kubo.

Nas duas semanas seguintes, enquanto esperava ansiosamente que a agência de detetives concluísse a segunda investigação, Asai estava distraído e incapaz de se concentrar. Ele estava impaciente para ouvir o que a governanta do serviço de despacho tinha a dizer sobre a vida privada de Kubo e os eventos de 7 de março. O detetive o contou que não tinha certeza se ela ainda trabalhava para o serviço, porém Asai tinha esperança de encontrá-la.

Era surpreendente que uma única empregada de um serviço de limpeza tivesse sido contratada para limpar uma casa tão grande, mas ultimamente estava ficando cada vez mais difícil encontrar uma governanta que morasse no local. Asai supôs que, como havia apenas Kubo e sua esposa, e como esta se encontrava hospitalizada no momento, não havia necessidade de que morasse no local em tempo integral. Ou talvez fosse por essa razão que havia vendido a casa, porque havia se tornado muito difícil mantê-la funcionando sem uma governanta permanente. Ele tinha ouvido muitas vezes que, quando um casal estava sozinho e sem filhos, morar em um apartamento costumava ser a opção mais prática e confortável.

Asai acreditava há muito tempo que havia uma conexão entre a venda de Kubo da bela casa antiga em um ótimo bairro e seu relacionamento com Chiyoko Takahashi. Não tinha desistido totalmente dessa teoria, mas desde que ouviu falar da empregada que havia contratado do serviço de despacho, estava ansioso para ouvir que outras evidências ela poderia ter.

De qualquer forma, tinha certeza de que a próxima investigação deixaria tudo claro. Que informações obteria sobre a vida privada de Kubo? Havia uma conexão entre ele e a Sra. Takahashi?

Ou esperava descobrir se Eiko de alguma forma desempenhou um papel na vida de Kubo?

Ir à agência de detetives com um nome falso, voltar pessoalmente para pegar o relatório, pagar em dinheiro... Tudo isso era para garantir que o detetive não tivesse ideia de sua verdadeira identidade. Então, se descobrisse que Eiko estava envolvida em tudo isso, o detetive não teria ideia de que ela era parente de Asai de forma alguma. Ele não sentiria necessidade de esconder nenhum detalhe de seu cliente.

Nas semanas antes da conclusão do segundo relatório, Asai se esforçou para se dedicar ao trabalho. Seu trabalho o levou a Ishikawa e Yamanashi para tratar de negócios do governo. Os fazendeiros de ambas as prefeituras estavam interessados ​​em se afastar do cultivo de arroz e desenvolver sua indústria de processamento de carne. Asai fez uma excursão de uma semana, convidado por cooperativas agrícolas locais para dar palestras sobre a indústria da carne em sua cidade ou vila. O Ministério da Agricultura e Florestas estava tentando lidar com o excedente nacional de arroz fazendo com que os fazendeiros reduzissem a área dedicada ao cultivo de arroz, mas eles sabiam que suas medidas eram ineficientes. As famílias de fazendeiros locais também sabiam que essa política não estava fazendo nada para melhorar suas perspectivas. Na recessão atual, o atual sistema de controle de alimentos simplesmente não funcionava, e o futuro parecia sombrio. Os fazendeiros sentiam que a tendência recente de deixar o campo na entressafra para encontrar trabalho externo não era o que seu trabalho deveria ser. Ultimamente, até mesmo as mulheres estavam sendo forçadas a ir para as cidades para encontrar empregos para complementar sua renda em declínio.

Foi aqui que as cooperativas agrícolas entraram. Elas estavam encorajando famílias de agricultores a desistir de suas pequenas atividades domésticas, trabalho tradicionalmente realizado pelos avós e esposas de famílias de agricultores, como a criação de porcos. O plano era fazer com que comunidades inteiras trabalhassem juntas em empreendimentos conjuntos, um modelo agrícola mais moderno que eles consideravam mais bem equipado para enfrentar o futuro.

Sempre que havia uma eleição geral, o principal executivo da cooperativa agrícola local era responsável por coletar votos de seus membros e, quando chegava a hora de o governo realizar reuniões para decidir o último preço do arroz, também acabava sendo o homem responsável por alinhar os manifestantes em frente ao Ministério da Agricultura. Hoje, esse mesmo homem estava fazendo as saudações de abertura para a palestra de Asai.

Asai, mantendo o que acreditava ser a dignidade apropriada para um funcionário do governo, explicou técnicas de fabricação e métodos de negócios. Ele não limitou suas palestras a produtos de carne; também cobriu frutas e, nas áreas costeiras, o processamento de frutos do mar e outros produtos marinhos. Para isso, ele tinha um funcionário da Agência de Pesca o acompanhando. Para carne e fruta, Asai tinha conhecimento geral suficiente da indústria para fazer o trabalho sozinho. Um administrador veterano na área de processamento de alimentos, ele tinha uma vasta quantidade de conhecimento técnico, mais até do que alguns dos técnicos especialistas empregados na indústria.

Asai foi muito bem recebido nas províncias. As pousadas em que ficou hospedado não eram luxuosas, mas as refeições que lhe foram servidas eram feitas com os ingredientes mais frescos. Às vezes, havia gueixas participando das festas noturnas. Seu único problema na viagem era tentar acompanhar o grande número de bebedores pesados ​​que queriam brindar sua boa saúde. E durante o dia teve a chance de visitar alguns pontos turísticos locais.

Seu tempo se viu ocupado quase por completo com tudo isso, porém também havia momentos livres em que sua mente voltava para a investigação. O quanto teriam descoberto até agora?



Havia muitas pessoas com inveja do seu novo status de solteiro. Vários de seus colegas no ministério expressaram suas opiniões.

— Deve ser bom ser livre.

— Você pode voltar para casa quando quiser, até mesmo ficar fora a noite toda, e não terá nenhuma esposa em casa para reclamar. Estamos todos com inveja.

— Você pode fazer o que quiser, aproveitar uma segunda juventude inteira. Infelizmente para mim, minha esposa me tem sob seu controle.

Contudo, Asai não era do tipo que brincava. Nunca havia traído sua esposa, ou sequer considerado a possibilidade. Sabia tudo o que havia para saber sobre ser um funcionário público, no entanto nunca teve a menor ideia de como atrair mulheres. Nunca teve um caso de amor apaixonado. Sabia muito bem que apenas não tinha esse tipo de apelo para o sexo oposto. E, por consequência, nunca havia tentado pegar uma mulher. Mesmo se quisesse, apenas não tinha coragem. Seu interesse por mulheres há muito ficara em segundo plano. E então, embora outros estivessem com inveja de seu retorno à vida de solteiro, para ele não era uma liberdade hedonista. Talvez se tivesse mais dinheiro, as coisas teriam sido diferentes, todavia não tinha esse luxo. Não tinha intenção de mergulhar em seus preciosos fundos mês após mês para pagar prostitutas.

Alguns de seus colegas mais francos perguntaram quando iria se casar de novo. Eles achavam que ele poderia conseguir uma esposa jovem, e isso também os deixou com inveja.

Asai sequer tinha pensado a respeito ainda. Supôs que poderia pensar depois do primeiro aniversário da morte de Eiko. Havia pessoas que adoravam brincar de casamenteiro, entretanto Asai não estava de fato inclinado a se apressar em algo. Uma mulher da sua idade teria um passado. Não queria ser comparado a outra pessoa e não achava que outro casamento como aquele daria certo. Por outro lado, uma esposa simples e quieta seria um problema. Ele não era nem um pouco extrovertido ou extravagante, então tudo que conseguiriam seria uma casa sombria e sem graça. Preferiria uma esposa alegre, intelectual e gentil com encantos femininos, mas isto dificilmente seria provável para um funcionário público de quarenta e poucos anos em seu terceiro casamento. Restavam muito poucas possibilidades; sabia que suas perspectivas eram sombrias. Asai estava confiante em suas habilidades e realizações como funcionário público, porém era uma questão diferente quando se tratava de sua vida privada.

E de qualquer forma, não saberia como se relacionar com uma esposa jovem. Ela estava fadada a traí-lo. Não teria ideia do que ela estaria fazendo fora de casa. Eiko lhe causou problemas mais do que suficientes com detetives particulares.



Por fim, Asai foi informado de que a segunda investigação estava concluída. Colocando seus óculos escuros de sempre, seguiu para a agência de detetives e foi recebido mais uma vez pelo detetive chefe.

— Enfim conseguimos encontrar a empregada do serviço de limpeza. A mulher havia saído da empresa e começou a trabalhar em outro lugar. Foi bastante trabalhoso, contudo finalmente descobrimos que ela havia voltado para sua cidade natal na província rural de Yamanashi. É por isso que a taxa acabou sendo um pouco mais alta do que esperávamos.

— Eu pago o extra.

— Estou confiante de que elaboramos um relatório que você achará muito satisfatório. Aqui está.

Ele produziu um envelope grande semelhante ao da última vez, a aba selada com fita adesiva. Parecia exatamente uma informação importante e confidencial. O envelope parecia mais volumoso do que da última vez.

Asai arrancou a fita. Dentro havia papel japonês tradicional, impresso com caracteres azuis. CONFIDENCIAL havia sido carimbado em tinta vermelha no canto superior direito de cada folha de papel.



Testemunho de Komako Hanai, 35 anos. De acordo com a Sra. Hanai, ela foi enviada por um serviço de limpeza para a casa de Konosuke Kubo em Sanya, Yoyogi, entre outubro do ano passado e março deste ano, para trabalhar como governanta de meio período. Este não era um posto residencial, ela chegava ao endereço por volta das 07:30 e retornava ao alojamento do serviço de limpeza por volta das 19:00. Abaixo está seu relato detalhado a rotina diária do Sr. Kubo.



Asai leu até este ponto e então devolveu o papel ao envelope.

— Eu pago agora mesmo. Quanto te devo?

Depois de acertar suas contas, Asai foi a um café próximo para ler o restante do relatório.



Komako Hanai tinha três dias de folga por mês, mas esses dias não eram especificados com antecedência. Eles eram feitos por acordo entre a Sra. Hanai e o Sr. Kubo. Suas tarefas incluíam preparar refeições, limpar, lavar roupa, etc. De acordo com a Sra. Hanai, como o Sr. Kubo morava sozinho, não havia muita roupa para lavar. Como costumava enviar a maioria de suas roupas para uma lavanderia, era uma carga muito leve. O trabalho mais difícil era a limpeza. Tanto a casa quanto o jardim eram muito grandes, e seria impossível limpar todos os cantos. Porém, o Sr. Kubo a deu instruções para que limpasse apenas as áreas que costumava usar. Com relação ao jardim, só precisava arrumar a parte ao redor da entrada da frente. O Sr. Kubo cuidava do cão pastor alemão que mantinha perto da porta dos fundos. Ele gostava de cães e disse à Sra. Hanai que costumava ter um Akita e um collie.

O Sr. Kubo comia um café da manhã leve, estilo ocidental, e almoçava no escritório (nos dias de folga, também comia pão no almoço) e peixe ou carne no jantar, contudo não era exigente com suas refeições. Se chegasse tarde do trabalho ou tivesse um jantar relacionado ao trabalho, costumava avisar a Sra. Hanai com antecedência. Se houvesse uma mudança inesperada de planos e voltasse para casa mais cedo, ele ligava para informá-la. Nessas ocasiões, a Sra. Hanai estava livre para trancar e sair por volta das quatro da tarde.

A esposa do Sr. Kubo está em um sanatório na província de Nagano, então a Sra. Hanai quase nunca entrava em seu quarto para limpar. Parecia que o Sr. Kubo cuidava da limpeza daquela parte da casa sozinho. A Sra. Hanai imaginou que era porque havia alguns itens valiosos em seu quarto. De qualquer forma, o Sr. Kubo não a queria lá.

Sem filhos e com uma esposa em um sanatório, o Sr. Kubo parecia levar uma vida bastante solitária. Não era do tipo que brincava e não parecia estar tendo nenhum caso, até onde a Sra. Hanai podia dizer. Não jogava golfe ou mah-jong; seus hobbies eram ler e colecionar brinquedos artesanais tradicionais. Ele tinha uma coleção que incluía exemplos dos artefatos mais importantes e famosos de todo o país. Todas as prateleiras de exposição em sua sala de estar e seu escritório estavam cheias desses brinquedos. Ele tinha uma coleção particularmente grande de pipas de papel, muitas delas em exposição nas paredes de sua sala de estar. Havia até algumas penduradas no teto. O Sr. Kubo gostava muito de brinquedos de papel feitos à mão, e entre eles havia um palco de teatro bastante bonito e uma lanterna feita de papel delicado. Quando a Sra. Hanai perguntou a respeito, sua resposta foi que se tratavam de lanternas Yamaga de Higo.




Houve uma explosão ofuscante de luz branca diante dos olhos de Asai.

A luz florescente da lanterna dourada Yamaga.

Foi na casa de Konosuke Kubo que Eiko a viu.

Ele tinha tido uma sensação de mau presságio até agora, no entanto essa prova tão precisa tirou seu fôlego. A música de fundo baixa do café fez um ataque agudo em seus ouvidos e fez seu coração disparar. Seus olhos começaram a correr mais rápidos pelas linhas restantes no papel.



De acordo com Komako Hanai, o Sr. Kubo e sua vizinha, Chiyoko Takahashi, quase não tinham contato algum. Ela não era mais para ele do que a dona da loja de cosméticos ao lado. Se eles se encontrassem na rua, trocavam uma saudação, mas era tudo. Em todo o tempo em que a Sra. Hanai trabalhou para o Sr. Kubo, não tinha visto a Sra. Takahashi entrar na casa uma única vez. Nem o Sr. Kubo tinha ido até a casa ao lado para visitar a Sra. Takahashi. Claro, tendo-se em consideração apenas durante as horas em que a Sra. Hanai estava na casa dos Kubo. Era possível que os dois tivessem se encontrando depois das sete da noite, quando a Sra. Hanai tinha ido para casa. E não tinha ideia do que acontecia em seus dias de folga.

Entretanto, se os dois tivessem um relacionamento íntimo, ela acreditava que haveria algo em seu comportamento, e de fato não havia notado nada.

Como mencionado antes, a Sra. Hanai tinha três dias de folga por mês. Cada vez, os dois combinavam a data, porém na maioria das vezes o Sr. Kubo era quem a abordava com dois ou três dias de antecedência e indicava uma data que lhe convinha. Nunca parecia escolher um domingo. Ela acreditava que o Sr. Kubo ia trabalhar nos dias em questão. Além do mais, o Sr. Kubo sempre ia visitar a esposa no último sábado do mês, passando a noite em Nagano. Este também era um dia de folga para a Sra. Hanai.

O dia 7 de março era uma sexta-feira. O Sr. Kubo havia combinado com a Sra. Hanai com dois dias de antecedência para que tivesse aquele dia de folga. Quando chegou cedo na manhã seguinte, a casa não estava em seu estado normal.

Um dos tatames da sala de estar havia sido queimado e deixado do lado de fora da porta dos fundos. Uma das portas de correr de papel fusuma também havia sido queimada do nível do chão até cerca da metade. Havia três baldes usados ​​recentemente espalhados pelo chão da cozinha. Muitos dos outros pisos de tatames e divisórias de portas estavam encharcados. O aquecedor a gás da sala de estar também estava molhado. Parecia claramente o rescaldo de um incêndio.

A Sra. Hanai ficou muito surpresa e perguntou ao Sr. Kubo o que tinha acontecido. O Sr. Kubo respondeu que, enquanto estava no banheiro, um cigarro aceso caiu por acidente em seu jornal, que pegou fogo, espalhando-se para o tatame e fusuma. Ao voltar, e em pânico, pegou água na cozinha e jogou no cômodo para apagar o fogo. Por sorte, descobriu o incidente antes que se tornasse algo sério. Parecia que no dia 7 de março o Sr. Kubo esteve em casa o dia todo.

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