sábado, 18 de janeiro de 2025

A Quiet Place — Capítulo 15

Capítulo 15


Asai não tinha lembranças de como tinha saído da trilha e voltado para a estrada principal.

A noite o envolvia. Seu peso o esmagava. Era como se estivesse caminhando em águas profundas; o ar estava resistindo a ele e suas pernas não se moviam do jeito que queria. Ele teve que forçar um caminho pela escuridão. A mata e a floresta ao lado da estrada estavam vibrando. Era como uma cena de um conto de fadas sombrio, com as luzes fracas de habitações distantes mal conseguindo atravessar a névoa rodopiante.

Mas Asai não sentia frio; seu corpo inteiro parecia estar em chamas. Estando agudamente ciente de sua própria respiração irregular, sua respiração exalada parecia aquecer o ar ao seu redor.

Em sua mente, a coisa que tinha acabado de fazer já estava se desconectando da realidade. Não tinha desejado que acontecesse; não foi premeditado, nem era um sonho que tinha mantido por muito tempo. Tinha feito por impulso. Seu cérebro não tinha se engajado, e sua mão parecia se mover sozinha. Naquele momento, todos os laços com sua consciência foram cortados.

O pequeno frasco de ácido estava escondido em seu bolso o tempo todo, porém nunca teve a intenção de usá-lo como uma arma. Konosuke Kubo era mais jovem e bem constituído. Asai apenas pensou que se a conversa tivesse se deteriorado para uma briga, deveria estar preparado. Se o fisicamente mais forte Kubo viesse a tentar agredi-lo, planejou encharcá-lo com o conteúdo do frasco para fazê-lo recuar. E isso daria a Asai a chance de fugir. O ácido havia sido colocado em um frasco vazio que encontrou entre as coisas de Eiko. Costumava conter sua marca favorita de óleo para cabelo. Era pequeno e elegante com uma tampa dourada e rótulo prateado.

Asai o encheu com ácido, empurrou a rolha com firmeza e então fechou a tampa.

Quando Kubo ameaçou processá-lo por chantagem, Asai pensou que sua carreira como funcionário público havia acabado. Nunca esperou essa reviravolta. Isso o encheu de confusão e terror. Sua ideia era ter Kubo prostrado à sua frente, curvando a cabeça para o chão mil vezes e confessando seu erro com uma voz desesperada e sufocada. Seu objetivo imediato era poder olhar para seu adversário trêmulo enquanto implorava pela sua misericórdia e perdão. Contudo não pensou além desse objetivo imediato, em outras palavras, não havia planejado o que fazer a seguir. Uma vez que tivesse Kubo de quatro, pensou que estaria livre para humilhar o homem quando quisesse. Nunca considerou outro resultado além de poder assistir Kubo se tornar cada vez mais patético. Esperava estar em posição de sugerir mais maneiras para Kubo se rebaixar e ansiava vê-lo fazer isso.

O contra-ataque de Kubo foi repentino e mais brutal do que jamais poderia ter imaginado. Foi direto para o calcanhar de Aquiles, deixando-o arrasado. O ministério era o único lugar onde esse caso nunca poderia ser conhecido. Claro, Kubo poderia estar blefando, no entanto Asai não podia arriscar ser exposto ao julgamento de seus superiores. Era vital que seus colegas nunca ouvissem a voz dessa fera ferida vociferando e se enfurecendo. A verdade é que a explosão na cabeça de Asai foi desencadeada por seu instinto de autopreservação.

Foi uma grande luta passar no exame de admissão para se tornar um funcionário público. Então, uma vez lá dentro, se ergueu, degrau por degrau, escada acima até onde se encontrava agora. Quando percebeu que era completamente inútil se enfurecer contra o absurdo e a desigualdade do sistema elitista, já havia decidido competir contra a elite realizando o trabalho melhor do que eles jamais poderiam. Ele trabalhava mais duro do que qualquer outra pessoa e passava mais horas no escritório. Passou os primeiros dez anos ou mais de sua vida profissional sujeito a desprezo e sarcasmo. Estudou todas as regras e regulamentos até as letras miúdas, sacrificou qualquer tipo de vida privada para investigações de apuração de fatos de todos os aspectos da indústria de manufatura. O resultado de todo esse trabalho duro foi que ficou conhecido como ‘O Demônio’ ou ‘A Enciclopédia Ambulante’ da divisão de alimentos básicos, e até mesmo seu chefe e diretor de divisão o respeitavam e contavam com suas habilidades. Asai tinha grande autoridade sobre os fabricantes, eles o consideravam a “chefe oculto” da divisão e eram intimidados por sua presença. Se fosse seu aliado, você poderia perguntar qualquer coisa a ele, mas... Diziam os rumores, façam-no um inimigo e seria um oponente temível, não apenas dos fabricantes, como também dentro do ministério. Essa reputação, conquistada com muito suor, ruiria se Konosuke Kubo falasse.

E então aconteceu...

Toda a sua carreira passou diante de seus olhos, tudo o que fez desde que entrou no Ministério da Agricultura e Florestas. Os rostos dos superiores que o aterrorizavam quando era um novo funcionário; os livros de leis e regulamentos que lia sem descanso, e relia, até memorizar cada última página, e como se sentiu quando pôde revelar a seus chefes seu vasto conhecimento de legislação; seu orgulho quando viu a expressão no rosto de seu chefe de divisão na primeira vez que expressou uma opinião sobre uma questão complicada; o respeito que recebeu do presidente Yagishita e dos outros fabricantes veteranos; todo evento que contribuiu para seu aumento de confiança e ascensão na classificação para funcionário respeitado. Uma sucessão de imagens passou em um lampejo por sua cabeça, da mesma forma que dizem que imagens de sua infância passam diante de seus olhos antes de você morrer.

Asai tirou a garrafa do bolso. Sob o manto da escuridão, desatarraxou a tampa dourada e removeu a rolha. Kubo, em sua fúria, não tinha ideia do que estava acontecendo. Asai esperou até que a figura alta de seu adversário se inclinasse em sua direção e então puxou a garrafa para cima, desenhando um semicírculo no ar com seu braço. No escuro, o fluxo de líquido que saiu voando era invisível, entretanto ouviu o grito. A silhueta do homem à sua frente agarrou suas mãos ao rosto e caiu em uma posição agachada.

Agachado na terra nua, Kubo procurou loucamente em seus bolsos por um lenço e o pressionou contra os olhos. Ele não se levantou de novo. Sons estranhos começaram a surgir, como o choro de um bebê recém-nascido. Seu corpo girou e contorceu enquanto se levantava e então caiu de volta. Parecia um dançarino em uma caixa de música infantil, embora nunca tenha tirado o lenço dos olhos.

Então Kubo começou a gritar.

— Corra para o sanatório e me chame uma ambulância! Meus olhos estão derretendo. Eles estão derretendo! Meu rosto está queimando. É tudo o que eu peço, me chame uma ambulância. Estou ficando cego. Meus olhos estão derretendo, estão escorrendo pelo meu rosto! Por favor, faça alguma coisa!

Kubo uivou e soluçou, sua voz não mais humana.

Asai percebeu que algumas gotas de ácido devem ter caído em seus olhos. Ele não tinha misturado com água... Era ácido sulfúrico puro. Tinha ido até uma farmácia em Shinagawa, uma parte de Tóquio longe o suficiente de sua casa, alegando que precisava de um para desentupir um vaso sanitário.

Mas como poderia apenas deixar seu inimigo aqui assim? Os olhos de Kubo podem estar destruídos, mas sua boca seguia funcionando. Ainda podia lhe causar muitos danos.

— Tudo bem. Espere um minuto enquanto vou buscar alguém. — falou em um tom tranquilizador. Verificando se não havia ninguém vindo, começou a tatear em busca de uma pedra pesada.

Quando a primeira pedra caiu em sua cabeça, o grito de Kubo rasgou a escuridão, e caiu de bruços na terra. O lenço branco escorregou de sua mão e caiu no chão, porém sua mão não se moveu.

Asai não era tolo o suficiente para pegar a mesma pedra que tinha acabado de usar para bater em Kubo, ela estaria toda salpicada com o sangue do homem. Não seria bom sujar suas mangas ou a frente de suas roupas, então foi em busca de uma segunda pedra. Desta vez, não precisou dizer a Kubo para esperá-lo.

Kubo estava deitado no chão, as pedras ao lado de sua cabeça, como uma serpente que teve a cabeça esmagada com três pedras. Asai se sentiu estranhamente calmo. Sua principal emoção era a de alívio: conseguiu impedir seu inimigo de falar. Deu um chute na perna de Kubo só para verificar. Ela se moveu um pouco e então parou, um objeto inanimado. Nem sua cabeça nem seu corpo mostraram qualquer sinal de movimento.

Olhando mais de perto para o rosto do homem, Asai ficou surpreso ao ver que não havia nada visível das feições de Kubo. Escurecido com sangue, seu rosto se misturou às sombras. Apenas as três pedras, em sua formação triangular ao redor de sua cabeça, brilhavam fracamente na escuridão.

Virando-se, sentiu a presença opressiva da serra de Yatsugatake pairando sobre seus ombros. Ao perceber que havia feito algo irrevogável, uma onda de calor intenso se espalhou por todo o seu corpo. Havia se tornado um assassino, e levou apenas cinco minutos. Nunca imaginou que esse seria seu destino. De fato não combinava com ele; o eu com o qual estava familiarizado nunca seria capaz de matar outra pessoa. Não estava em sua natureza; deve ter acidentalmente deixado um objeto cair de sua mão...



Asai partiu pela rota principal da prefeitura na direção da estação, ou pelo menos na direção que pensava que era. Tinha dado uma dúzia de passos ou mais quando parou de repente. Todos os pelos de seu corpo de repente se arrepiaram. O frasco de óleo capilar havia caído no chão.

Deveria voltar e pegá-lo? Se voltasse para onde o cadáver estava e por acaso encontrasse alguém... Ainda que pegasse o frasco e só passasse por alguém no caminho de volta, e essa pessoa visse seu rosto, alguns dias depois sua foto de identificação poderia acabar sendo uma pista importante na investigação.

Seu olhar percorreu as redondezas. Nenhum veículo ou pedestre à vista. Até mesmo essa rodovia da prefeitura (ou pelo menos era o que Asai supunha que fosse) estava deserta. Então havia ainda menos razão para pensar que poderia haver alguém em uma das pequenas saídas para as montanhas. Mesmo assim, não era seguro presumir nada; a pior sorte pode te atingir nos momentos mais inesperados.

No final, optou por deixá-lo. Era uma marca bem comum de óleo para cabelo, feita no Japão. Eiko costumava ter gostos caros, mas essa linha em particular, feita pela S-Pharmaceuticals, não era uma das marcas importadas mais exclusivas. Eles devem vender frascos desse produto na casa das dezenas de milhares todos os dias em todo o Japão. Além do mais, o frasco que usou era um velho que Eiko já havia esvaziado. Ela deve ter comprado há mais de um ano, em algum lugar de Tóquio. Asai o examinou de perto antes de enchê-lo com o ácido; não tinha características distintivas e o rótulo estava bastante gasto.

E, de qualquer forma, esta era a Prefeitura de Nagano. Se a polícia decidisse usá-lo como uma pista, começariam interrogando as pessoas da vizinhança. Só porque a vítima era de Tóquio, não havia razão para supor que havia sido seguido até aqui por alguém com a intenção de assassiná-lo. Não esperava que os investigadores perguntassem à S- Pharmaceuticals sobre suas vendas de óleo para cabelo logo de cara. E quando o fizessem, tinha certeza de que quando ouvissem quantos milhões de garrafas haviam sido vendidas nas muitas milhares de lojas por todo o país, o oficial responsável não teria outra opção a não ser agradecê-los e ir embora.

Não, não havia sentido em deixar as sementes da dúvida criarem raízes em sua mente. Melhor desenterrá-las agora.

Porém seguia não estando fora de perigo; o inesperado poderia acontecer. Se esbarrasse em alguém, por exemplo, estaria acabado. Melhor sair dali o mais rápido possível.

Asai ficou horrorizado ao se ver pensando dessa forma. Não era assim que um assassino pensaria? Mesmo sem um plano, embora não tivesse acontecido por sua própria vontade, não havia dúvida de que havia cometido um crime. Uma onda perfeitamente normal o havia virado de repente na beira da água e, antes que percebesse, todo o seu corpo havia sido arrastado para o mar aberto. Teria sido resultado de descuido ou de um erro? Seja qual for o caso, sentiu como se tivesse sido engolido por uma enorme e escura onda de absurdo. Ele havia sido controlado pelas forças exteriores da natureza.

Ele foi capaz de descrever seus sentimentos dessa forma, contudo não havia reconhecido para si mesmo que era culpado. O resultado era insatisfatório; não foi nada do que tinha se proposto a alcançar. Por exemplo, se sua intenção fosse matar Kubo, teria sentido alguma satisfação apenas por ter tentado, mesmo que tivesse falhado. No entanto há alguma satisfação em matar alguém por impulso? Pelo visto não.

Afinal, não se tratava de vingar Eiko. Se estivesse atrás de vingança pela morte dela, não havia necessidade de ir tão longe. Ao fim, percebeu que não era tão apaixonado assim por sua esposa. Não havia motivo para cometer um crime grave em nome de uma mulher que não amava de verdade. Tudo o que precisaria para curar a ferida da traição de Eiko seria o sincero pedido de desculpas do homem com quem ela o traiu. Se Kubo tivesse se jogado de joelhos no meio daquela estrada rural e esfregado a testa na terra, implorando pelo seu perdão, então nada de ruim teria acontecido. Não esperava mais do que isso. Teria ficado perfeitamente satisfeito.

Kubo nunca deveria ter partido para o ataque. Encurralado, de repente saltou para cima, com as garras para fora. Se havia algo de que Asai se arrependia, era ter pressionado Kubo com muita força. Sabia que tinha ido longe demais, entretanto tinha gostado. Tinha persistido em tentar machucar Kubo por prazer em ver seu adversário machucado mais profundamente do que ele. E tinha deixado o sentimento sair do controle.

Em sua ânsia, queria ferir seu rival mais fundo do que havia sido ferido por este, mas não a ponto de esmagar seu crânio com uma pedra. Não a ponto de deixar seu rosto manchado de sangue caído no chão dentro de um triângulo de três pedras brancas. A vingança psicológica teria sido o suficiente. Se ao menos Kubo tivesse implorado perdão...



Asai correu pela rodovia da prefeitura por cerca de vinte minutos, talvez. Seus joelhos estavam ficando fracos e suas pernas estavam bambas. Ainda se sentia como se estivesse em um daqueles pesadelos em que tentava correr, porém não chegava a lugar nenhum.

Então, luzes se aproximavam pelas suas costas, e ouviu o barulho de um motor. Asai começou a tremer. Já estavam o perseguindo! Os dois globos oculares brilhantes e redondos ficaram cada vez maiores e mais intensos. A chegada dos perseguidores parecia justo a continuação de seu pesadelo. Seu mundo de sonho e realidade se tornaram um e o mesmo?

Ele desistiu de correr e foi para o acostamento, todavia não se virou. Os faróis iluminariam seu rosto e dariam aos perseguidores uma visão clara sua. Asai pegou seus óculos escuros do bolso e os colocou. Tinha apenas o senso suficiente para pensar nisso.

O carro parou ao seu lado. Seu coração parecia que ia explodir. Ouviu a janela abaixar.

— Com licença.

Asai congelou.

— Você está indo para a estação? — o tom do homem era surpreendentemente amigável.

— Sim.

Por trás dos óculos escuros, mal conseguia distinguir o rosto do interlocutor; contudo, novamente, não estava sequer tentando olhar. Sua cabeça foi mantida abaixada.

— Ótimo. Fica no nosso caminho. Entre!

Asai percebeu que havia dois homens no carro, o motorista e alguém no banco do passageiro. Imaginou se poderia uma armadilha, no entanto não havia escapatória.

Aqui, não havia para onde correr.

Subindo no banco de trás, o carro partiu e Asai sentou-se atrás do motorista, um homem de ombros largos com uma jaqueta de lã. O homem no banco do passageiro usava uma jaqueta de couro e fumava um cigarro. Seu cabelo era longo e bastante bagunçado, o que lhe dava uma aparência feminina. Isso o tranquilizou um pouco, era óbvio que esses homens não eram policiais, embora sua frequência cardíaca só diminuiu um pouco.

O motorista e o jovem de jaqueta de couro retomaram a conversa, mas Asai não conseguia ouvir o que diziam. Seus ouvidos zumbiam. Lá fora, as silhuetas escuras das montanhas e campos passavam voando.

— Que horas é seu trem?

A voz alta do motorista de jaqueta de lã fez Asai pular. A pergunta surgiu do nada. Na verdade, não tinha ideia. Nunca consultou o horário do trem de volta. Sua intenção original era passar a noite aqui em Fujimi ou na vizinha Kamisuwa, dependendo de como as coisas fossem com Kubo.

— Hmm. A essa altura, pegarei qualquer trem que puder. — respondeu.

— De volta para Tóquio?

— Sim.

Droga! Deveria ter dito que estava indo na outra direção. Agora os dois sabiam que ele era de Tóquio. Se tivesse dito que ia para o outro lado, depois que o deixassem na estação, eles não teriam como saber para onde tinha ido. Contudo era tarde demais. Se mudasse sua história agora, pareceria bizarro. O homem mais jovem no banco do passageiro olhou para o relógio e disse algo em voz baixa para o motorista.

— São 21:30 agora. Terá que esperar pelo das 11 da noite. Ele o levará para Shinjuku às 04:30 da manhã.

Asai assentiu em resposta.

— Você estava visitando alguém no sanatório?

O motorista virou o volante para a esquerda. Havia uma curva fechada na estrada, e então ele viu as luzes esparsas e distantes da cidade.

— Sim.

— Ajudaria se os ônibus por aqui passassem um pouco mais tarde.

Asai viu as luvas brancas do motorista segurando o volante e quase gritou de horror. Suas impressões digitais devem ter ficado no frasco de óleo para cabelo. Sua cabeça pendeu. Teria que fazê-los parar o carro e refazer seus passos. Tinha razão desde o início, deveria ter voltado para pegar o frasco antes.

— Então, como vão os negócios em Tóquio?

— Hein? — Asai ficou surpreso por um momento.

— Ouvimos dizer que a economia não está muito boa agora. Nós também, estamos passando por momentos difíceis com todos esses cortes forçados no cultivo de arroz. Sei que as pessoas na cidade acham que estamos bem aqui no campo, eles acham que estamos fazendo uma fortuna com a agricultura, e até um tempo atrás estávamos bem. Porém hoje à noite nós fomos a uma reunião da cooperativa agrícola sobre os cortes e as novas cotas, e pareceu mais um velório, se posso dizer. Não muito tempo atrás, houve um presidente de sindicato que se matou por causa dessas cotas.

Esses homens eram membros da cooperativa agrícola local? Ele deveria estar ainda mais alerta, pensou Asai, afundando-se mais em seu assento.

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