quinta-feira, 30 de maio de 2024

I Was Caught up in a Hero Summoning, but That World Is at Peace — Capítulo 73

Capítulo 73: Estaremos trocando cartas


Já se passou cerca de uma hora desde que Lilia-san saiu, parecendo um tanto fora de si, e agora estou andando sozinho pelas ruas de Rigforeshia.



Depois que Lilia-san e Lunamaria-san partiram, Rei-san e Fia-san pareciam ter recuperado a compostura e se ofereceram para nos mostrar a cidade com um estranho nível de tensão alto.



Por alguma razão, os dois queriam que Sieg-san e eu saíssemos sozinhos, e depois que forçaram essa formação, Rei-san e Fia-san acabaram sendo os que guiaram Kusonoki-san e Yuzuki-san, enquanto Sieg-san foi minha guia, então eu deveria estar andando pela cidade com Sieg-san, mas...



Como esperado, porém, o seu comportamento era um pouco estranho, já que parecia estar preocupada com Lilia-san e Lunamaria-san, então disse a ela que iria apenas passear pela vizinhança e que estava tudo bem para ela ir verificá-las. Sieg-san hesitou no começo, contudo no final foi até onde Lilia-san e Lunamaria-san estavam, então fiquei aqui sozinho.



Bem, seria bom se Sieg-san pudesse cuidar do que estava acontecendo com Lilia-san e Lunamaria-san, no entanto não conheço Rigforeshia bem o bastante para explorar a cidade sozinho, dessa forma estou tentando passear pela vizinhança enquanto evito lugares que parecem muito estranhos.



A cidade está animada e cheia de atividades, já que o Festival da Árvore Sagrada está chegando amanhã... A atmosfera na verdade é como aquela do dia antes do Natal, já que pude até ver alguns casais aqui e ali. Seria ótimo se esses riajuus explodissem...



Entretanto, sabia que algo assim iria acontecer, mas ficar sozinho nessa atmosfera não é muito legal.



Seria ótimo se pudesse encontrar pelo menos uma pessoa que eu conhecesse aqui, porém infelizmente não conheço ninguém neste lugar...



“Aaaahhhh!!!”



“!?”



“É o Kaitokun-san!”



“Hein?”



Virando minha cabeça quando ouvi uma voz alta, vi uma familiar fada de cabelo loiro rosado que parecia ter menos de 50cm... Acho que ela tem cerca de 30cm de altura.



“Raz-san!”



“Faz muito tempo que não te vejo!”



A jovem fada que conheci quando Kuro me convidou para fazer um churrasco antes, Razelia-san, um membro da família de Kuro, voa ao meu redor com suas pequenas asas, com um sorriso brilhante no rosto.



“Já faz algum tempo. Nunca esperei vê-la aqui. Raz-san está aqui para o Festival da Árvore Sagrada também?”



“Isso mesmo! Afinal, as fadas também vivem nesta floresta, então há muitos amigos de Raz aqui!”



“Entendo, fico feliz em poder encontrá-la outra vez.”



“Raz também está feliz em ver Kaitokun-san!”



A propósito, Raz-san sempre me chama de ‘Kaitokun-san’, porque afirma que isso é porque Kuro me chama de Kaito-kun, então ela apenas colocou ‘-san’ lá... Claro, já a corrigi, só que ela nunca mudou a maneira como está me chamando.



“Arya? De alguma forma, Kaitokun-san não ficou mais legal?”



“Eh?”



“Realmente não sei por que, contudo parece suave e caloroso perto de Kaitokun-san. Hmmm. Parece que estou perto de Shallow Vernal-sama.”



“Shiro-san me deu sua bênção, então...”



“Ahhh! Entendo. Shallow Vernal-sama é o Deus do mundo, então Kaitokun-san, que recebeu a bênção de Shallow Vernal-sama, é amado pelo mundo. É por isso que Raz, que nasceu da natureza, se sente tão confortável com o seu poder mágico!”



“Heehhh, não sabia que a bênção que recebi tinha esse efeito.”



Nunca entendi o efeito da bênção de Shiro-san, no entanto parece que a sua bênção tem o efeito de me fazer ser amado pelo mundo, e para uma fada que nasceu da natureza, o poder mágico que estou vestido é confortável.



Já ouvi antes que fazer uma caminhada tranquila pela floresta tem um efeito relaxante, então o efeito pode ser algo assim.



“Você está sozinha aqui, Raz-san?”



“Não! Vim com Neun.”



“Com Neun-san?”



“Sim. Neun parecia estar deprimida, então viemos aqui para uma mudança de ares.”



“Está deprimida, você diz, o que Neun-san está fazendo agora?”



“Olhe para lá.”



“Que raios é aquilo...”



Em resposta à minha pergunta, olhei na direção que Raz-san apontou e vi uma armadura preta parada na beira da estrada... Sentada naquela posição que costumávamos ficar na aula de educação física.



Definitivamente é Neun-san... Contudo o que diabos há com essa situação? Ou melhor, como diabos pode se sentar assim mesmo com armadura completa?



“O que aconteceu para ela estar assim?”



“É aquilo... Já que Kaitokun-san a ensinou a fazer tofu antes, Neun ficou muito animada. No início, foi Ein-san quem fez, no entanto ela estava determinada a fazer sozinha na próxima vez.”



“Fumu, fumu.”



“E então, começou a trabalhar nisso todos os dias, até começou a resmungar sobre como ‘não é suave o suficiente’ ou ‘não é profundo o suficiente’.”



“Ela é bastante específica sobre isso, hã.”



Neun-san parece ser muito exigente com a comida japonesa e tem tentado fazer um tofu delicioso sem o comprometer.



Entendo, como disse que viria nos visitar para compartilhar um pouco do tofu quando terminasse de prepará-lo, mas nunca veio nos visitar, foi porque não estava satisfeita com a qualidade do produto.



Ainda não conhecia Neun-san muito bem, porém posso entender que é uma grande fã de comida japonesa e acho que não se deixará convencer por uma comida feita sem entusiasmo.



“Por causa disso, Raz e Acht-kun ficaram curiosos sobre Tofu-san. Só que Neun não nos deixava comer até ficar satisfeita com o que preparava. Raz queria tentar comê-lo, então pedi a Ein-san para fazer alguns.”



“Ein-san com certeza conseguiria fazê-lo rapidamente.”



“Sim, Sim. Ela preparou pouco depois e comeu com Acht-kun. Acht-kun disse que era ‘sem gosto’, no entanto Raz acha que o Tofu-san é macio, vibrante e muito saboroso.”



Não sei se Raz é vegetariana ou se é por causa de sua característica racial, todavia ela não pode comer carne alguma.



Pensando bem, lembrei que só a vi comer legumes quando estávamos fazendo churrasco.



De qualquer forma, para Raz-san, parece que o tofu feito de soja era muito saboroso.



“E foi então que quando Neun apareceu, bem naquela hora e nos contou como terminou de fazer seu próprio Tofu-san.”



“Fumu...”



“Contudo vendo Raz e Acht-kun comendo Tofu-san, parece que ficou confiante com seu próprio Tofu-san, dizendo ‘Mesmo que seja feito por Ein-sama, não será melhor do que o que eu fiz’.”



“Que temerário.”



Em outras palavras, embora a própria pessoa não pretenda fazê-lo, Neun-san parece ter desafiado aquela empregada monstruosa.



Isso não é bom. Não importa o quanto eu quisesse ficar do lado de Neun-san, o único futuro que posso ver nessa batalha é onde se ajoelhará em derrota.



“Então, depois que disse, ela deu uma mordida no Tofu-san que Ein-san fez... E apenas se sentou no chão dizendo: ‘Um inseto do meu tamanho mostrou desrespeito à empregada, Ein-sama. Me desculpe. Por favor, deixe-me continuar a comer este tofu mesmo no futuro.’ enquanto chorava.”



Seu coração se partiu? A autoconfiança que tinha foi despedaçada?



E-Entendo, é por esse motivo que está tão deprimida... Tendo passado quase um mês freneticamente passando por tentativa e erro, e se alguém pudesse superar o que ela tinha acabado de fazer com apenas uma tentativa, seu coração sem dúvida se partiria.



“Isto é, como devo dizer... Bastante lamentável.”



“Ein-san também estava apenas ouvindo o pedido de Raz e Acht-kun e não pretendia machucar Neun. E então, com uma expressão preocupada que normalmente não teria, ela consolou Neun.”



Pode parecer muito rude, entretanto não consigo imaginar Ein-san parecendo preocupada.



Bem, é assim o quão a depressão de Neun-san deve ter sido inesperada para ela.



É também por essa razão que Raz-san a convidou para o Festival da Árvore Sagrada para uma mudança de ritmo, e foi dessa forma que nos encontramos agora.



Depois de ouvir a história de Raz-san, aproximei-me de Neun-san, que seguia sentada lá e, com um tom confuso, chamei-a.



“H-Humm, Neun-san. Há quanto tempo.”



“Miyama-san? Ah, sim. Faz muito tempo que não nos vemos... Por lembrar de um besouro rola-bosta como eu, que nem consegue fazer tofu direito, muito obrigado.”



“Hmm, Raz-san.”



“O ​​que é?”



“Eu tinha uma imagem de que Neun-san era bastante reconfortante, mas...”



“Neun é assim às vezes. Quando começar a ficar deprimida, levará algum tempo até que melhore.”



Como Neun-san era a Primeira Heroína, pensei que seu coração teria uma resistência monstruosa, porém... Parece que é o tipo de pessoa que não consegue evitar ficar deprimida.



Certamente parece que assumiu a responsabilidade de fazê-lo, contudo não acho que seja algo pelo qual deva se odiar.



Bom, realmente soa estranho... Como devo dizer... Não acho que seja algo que eu possa mostrar às pessoas deste mundo que adoram o Primeiro Herói.



“E-Errr, Raz-san me contou sobre, mas... Até você deveria saber o quão escandalosa é Ein-san. Tenho certeza que o tofu da Neun-san também tem um sabor que não seria inferior aos outros...”



“Então, por favor, tente.”



“Hã?”



“Você saberá a diferença depois de experimentar.”



“Ah, errr... Tudo bem.”



Tentei animar a deprimida Neun-san dizendo algo que não sabia se seria uma boa continuação.



Pensando que foi um erro competir com uma pessoa monstruosa como ela para começar, e que o tofu feito por Neun-san, que é bastante exigente com a culinária japonesa, deve ser delicioso, contei-a sobre essas coisas, no entanto Neun-san apenas tirou dois tipos de tofu de sua caixa mágica e os estendeu para mim.



“O da direita é feito por Ein-sama e o da esquerda é feito por mim... Comparado ao de Ein-sama, meu tofu é como lixo.”



“...”



Sob a pressão de sua atmosfera muito deprimida, experimentei cada um dos tofu.



O tofu da direita, não sei se simplesmente fantástico é o suficiente para descrevê-lo... É macio e não fica preso na língua, e o sabor é tão refinado e elegante que até posso dizer que é um top-produto de qualidade. Ein-san fez aquilo só com uma tentativa? Quão monstro essa empregada é...?



O tofu da esquerda é bem caseiro e tem um sabor quente e suave.



Arehh? Mas isso não é tudo...



“Hmmm, no que me diz respeito, prefiro o tofu da esquerda...”



“Eh?”



“Ah, não, não estou dizendo que o tofu seja bom ou ruim. Porém, o tofu da direita certamente é muito elegante e saboroso... Só que, para mim, acho que tem gosto de casa ou algo parecido? Prefiro o tofu da esquerda, que é simples e gentil.”



“T-Tem certeza?”



Depois de ouvir minha impressão, Neun-san segue não acreditando, quando levantou o rosto que estava coberto pelos joelhos e olhou para mim.



“Sim, tem um gosto muito bom. É tão bom que ‘gostaria de comer todos os dias’.”



“Fueehhh!”



Quando a contei minha opinião honesta, Neun-san de repente fez um som estranho antes de se levantar de uma só vez.



Arehh? O que está acontecendo? Tenho a sensação de que ela de repente ficou nervosa com alguma coisa, contudo...



“Mi-Mi-Miyama-san? Q-Q-Quer dizer, errr, v-você gostaria de comer minha sopa de missô todos os dias... E-E-Está dizendo isso com esse significado?”



“Sopa de missô? Sim, se for sopa de missô feita por Neun-san, parece ótima e adoraria comer um pouco.”



“...!?!?”



A sopa de missô feita junto com esse tofu. Unnn, Neun-san é uma fã de comida japonesa, e se consegue fazer um tofu tão bom, deve ser uma boa cozinheira, então, se não estiver sendo um incômodo, adoraria beber.



“P-Por favor, espere um momento! E-Esta é a primeira vez que um homem me diz isso, e minha mente não consegue acompanhar, então...”



“Ah, não, não é como se a estivesse forçando ou algo assim.”



“N-Não, e-eu não desgosto de Miyama-san de forma alguma, e quando conversamos antes, tive uma impressão favorável a seu respeito, já que é uma pessoa muito gentil... N-No entanto, não acho que já sabemos muito um sobre o outro!”



“Eh? Ah, sim. De fato é verdade.”



Unnn? Do que diabos Neun-san está falando? Quer dizer que não se sente confortável servindo sua refeição caseira para alguém que não conhece bem?



Não, eu só queria experimentar se você concordasse Neun-san. Entretanto não é como se estivesse a forçando a me dar um pouco disso... Será que porque sou conhecido de Kuro, ela tem receio de negar ou algo assim?



“Hmmm, Neun-san. Você realmente não precisa se importar muito, se for impossível, está tudo bem e apenas diga.”



“N-Não, a-acho que Miyama-san é uma pessoa maravilhosa, e-e já estou viva há muito tempo, então também pensei que já era hora de considerar sobre, m-m-mas, por favor, me dê um tempo! P-Primeiro, vamos começar com ‘troca de cartas’!”



“Trocando cartas? Sim, realmente não me importo...”



Arehh? Por que de repente estamos falando em troca de cartas? Neun-san comentou antes sobre como ainda não nos conhecíamos bem, então me pergunto se a isso que está se referindo.



Resumindo, parece que quer primeiro aprofundar a nossa amizade e depois poderá me servir algumas de suas refeições caseiras.



Ouvi dizer que Neun-san nasceu na Era Taisho, então talvez o meio que eles tenham para aprofundar sua amizade com alguém seja se comunicarem por meio da troca de cartas.



Nunca troquei cartas antes, todavia como tenho muito tempo disponível desde que vim a este mundo, conversar com ela por meio de cartas seria ótimo.



“B-Bom, então, hmm, posso ser inexperiente... D-De agora em diante, estarei sob seus cuidados.”



“Ah, sim. Eu também.”



“H-Hummm, bem então, ainda tenho coisas para fazer, então vou me desculpar! A-Até logo!”



Depois que Neun-san me disse isso rapidamente, ela saiu vigorosamente.



Não tenho certeza do que aconteceu, porém de qualquer forma, acho que é ótimo que o humor de Neun-san tenha melhorado, né?



“Neun-san parecia muito confusa, você tem alguma ideia do por quê?”



“Raz também não sabe. Contudo estou feliz em vê-la melhor.”



“É verdade.”



“Sim! E foi graças ao Kaitokun-san! Obrigado!”



Olhando para as costas de Neun-san, apenas inclinei minha cabeça junto com Raz.



Querida mãe, pai — um dia antes do Festival da Árvore Sagrada encontrei algumas pessoas que nunca esperei encontrar. Mais tarde, o fluxo da nossa conversa de alguma forma ficou estranho, e antes que eu percebesse — estaremos trocando cartas.



Duas sombras encaram as figuras de Kaito e Razelia, que estão inclinando a cabeça, a pouca distância deles.



“O ​​que acha? Aoi-senpai.”



“Pelo que vejo, parece que também há um problema com o outro lado. Sei que ele disse que ela é japonesa, no entanto pode ser que até o seu modo de pensar também seja muito antiquado.”



Aoi e Hina, que passaram por ali no meio do passeio e assistiam à série de trocas, murmuraram com uma expressão um tanto perplexa.



“Quero dizer, por que a reação de Miyama-senpai é assim? Não parece envergonhado com a sua reação, até parece que está na verdade confuso.”



“Não, você pode não ter notado isso já que eles estão conversando de maneira casual, entretanto não acho que pode esperar que Miyama-san perceba a reação dela quando está conversando com alguém cuja expressão está escondida atrás de seu capacete...”



“Miyama-senpai não deveria ter um senso absurdamente apurado em relação às emoções por causa de sua Magia de Simpatia?”



“Se não consegue ver a diferença entre ‘gostar’ e ‘amar’, seria impossível para ele, mesmo que pudesse ler suas emoções...”



As duas mulheres, que conversam com uma expressão resignada no rosto, são abordadas por Rejnhardt, que atua como seu guia.



“Unn? Vocês pararam de andar, algum problema?”



“Não é nada.”



“Sim, estávamos assistindo um mulherengo natural em ação.”



“Unnn?”



Notas do Autor:
Kaito acabou de dizer antes, aquele riajuus deveriam explodir. Ele quer cometer suicídio?

***

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