sábado, 28 de setembro de 2024

Slayers — Volume 03 — Capítulo 16

Capítulo 16: Epílogo

“A segurança é bem rigorosa por aqui...” comentei enquanto dava uma mordida no carneiro. Estávamos em uma pousada perto da capital da Terra Santa de Saillune (não que eu saiba o que há de sagrado nela), a Cidade Saillune. “Deve ser realmente um problema descer por aqui, hein?”

“Mas se tudo correr como planejado, devemos chegar à cidade amanhã.” Gourry disse, sem se esquecer de dar uma mordida em seu frango.

“Obrigado por tudo.” Sylphiel apareceu com uma repentina demonstração de formalidade. “Sinto ter causado tantos problemas no caminho, contudo sou grata por ter me escoltar, Sir Gourry... Ah, e você também, senhorita Lina.”

Ei!

“Bem, você fez muito por nós também.” Gourry respondeu com uma risada boba.

Ele estava certo sobre isso.

Houve tudo o que aconteceu em Sairaag, e além do mais... Sylphiel foi a mais traumatizada de todos, porém ainda trabalhou incansavelmente para nós sem uma única reclamação.

Ela foi para a cidade vizinha mais próxima, cuidou de toda a papelada irritante e tirou a recompensa de nossas cabeças. A pobre garota também estava sem teto agora, então depois disso, decidiu ir para a Cidade Saillune para ficar com parentes. No entanto, o que se dizia na rua era que as coisas estavam um pouco perigosas na área, e foi por esse motivo que nos pediu para acompanhá-la.

Pra ser bem honesta, não queria aceitar o trabalho. Conheci o herdeiro do trono de Saillune (não ouse chamá-lo de príncipe), e não sou exatamente uma fã. Entretanto essa não era uma razão válida para recusar Sylphiel, então aqui estávamos nós.

Ao longo do caminho, Lantz decidiu que ficar conosco era ‘perigoso para sua saúde’ e partiu sozinho para uma aventura. Zelgadis também havia desaparecido, dizendo que iria procurar uma maneira de se tornar humano de novo.

Eu o convidei para vir junto de qualquer maneira, sugerindo que poderia encontrar algo em Saillune, a cidade da magia branca, todavia Zelgadis apenas balançou a cabeça sem dizer nada. Ao que parece, esse foi o primeiro lugar que tentou, e não encontrou nada.

Espero que ambos fiquem bem.

Toda vez que eu pensava no incidente em Sairaag, a cena se repetia na minha mente. Flagoon balançando na brisa no meio do deserto. E dormindo abaixo dela, um homem sem nome nascido por Rezo, o Sacerdote Vermelho, amaldiçoado com um destino miserável... E apenas uma espada para marcar seu túmulo...



Posfácio

Olá de novo! Sou eu, L, de volta com a total permissão do autor para lidar com este posfácio! O que é isso, você pergunta? O que é aquele pedaço de concreto no armário? Como posso saber? Não é da minha conta! Tenho certeza de que o autor poderia contar tudo sobre, mas o pior é que ele não está aqui agora!

Agora, vamos para assuntos maiores! Aqueles de vocês que estão começando com essas novas edições, e mesmo aqueles que as leram as antigas, podem ter perguntas. Há muita coisa que não é explicada nesses romances de Slayers, não é? Por exemplo, todas aquelas coisas de ‘minha irmã mais velha lá em casa’!

Então, para este posfácio, quando eu estava interrogando o autor... Quero dizer, enquanto estávamos tendo uma conversa agradável em um terraço de café da moda, perguntei se poderia me explicar. Por infelicidade, o autor disse que é tudo para dar sabor, não para prenunciar.

Veja, quando o autor estava na escola de design, durante a aula de ilustração, ouviu seu professor comentar sobre um desenho de uma festa feito por um colega de classe: “O grupo inteiro se encaixa tão perfeitamente na tela, é difícil acreditar que há pessoas fora da tela.” Isso realmente ficou com ele por algum motivo. Para colocar de outra forma, se tudo o que aparece na história for totalmente explicado, faz o mundo inteiro parecer menor.

Ao contrário da TV, mangá e outras formas de entretenimento, os romances precisam ser expressos em palavras e a arma mais poderosa é sempre a imaginação do leitor! Então, coisas como a irmã mais velha de Lina em casa, a avó de Gourry e a primeira aventura de Gourry em Sairaag estão lá apenas para estimular a imaginação do leitor. O autor pode nem saber a história toda!

Pelo que posso dizer, essa é uma maneira muito artística e pretensiosa de dizer que não quer se incomodar em responder perguntas na história. É óbvio como algumas das coisas que não são exploradas são coisas nas quais nunca pensou, porém há outras coisas que foram projetadas e nunca são reveladas. Como a irmã de Lina. Na verdade, há um grande posfácio na coleção de contos que fala a seu respeito.

Por outro lado, também há certas coisas que não são exploradas apenas porque é uma narrativa em primeira pessoa. Por exemplo, há o assassino Zuma que aparecerá em um volume posterior. O autor tinha uma história de fundo em mente para o personagem, contudo como os romances são contados do ponto de vista de Lina, parecia irrealista para ele começar a falar sobre isso do nada. Claro, se me perguntar, a culpa é do autor por não criar uma situação em que Zuma falasse sobre seu passado!

Falando nisso, Slayers está ganhando outra adaptação para a TV este ano [2008], e Zuma estará presente. Quando o autor percebeu essa adição, deu à equipe algum material sobre o personagem que nunca foi incluído nos romances, então você poderá aprender mais se assistir ao anime.

Claro, há muitas coisas sobre as quais o autor nunca chegou a falar, no entanto parece haver ainda mais coisas sobre as quais nunca chegou a pensar! Como o que aconteceu com Gourry em Sairaag! Ele disse que não pensou nem um pouco. Então, se está esperando um episódio sobre esse evento, talvez acabe desapontado. Por outro lado, dada à natureza indecisa do autor, não posso dizer que nunca acontecerá.

Em vez de elaborar esboços e escrever de acordo com o plano, o autor é do tipo que descobre o que acontece à medida que avança. Alguns escritores dizem que as histórias só vêm até eles, entretanto para esse autor tolo, é mais como se estivesse tentando juntar as peças de um quebra-cabeça que espalhou pelo chão. Na verdade, é menos como um contador de histórias e mais como um quebra-cabeça. Para o autor, uma história não é um golpe de inspiração, mas sim algo que constrói. Em outra série, é possível que até tenha adicionado um vilão legal e então começado a se preocupar, tipo, “Uau! Que inimigo forte! Isso é ótimo, porém como o derrotamos?”

Veja bem, ele pode ser apenas estúpido de fato.

Quando penso dessa forma, é meio que um milagre que vocês, leitores de Slayers, o tenham apoiado por tanto tempo... Talvez seja na verdade por causa dos meus maravilhosos posfácios! Embora, dada à personalidade do autor, seja possível que ele escreva histórias sobre tais incidentes conforme pensa neles.

De qualquer forma, até o volume 3 aqui, ele tem contado histórias conforme tem ideias. Contudo a partir do volume 4, nossos heróis serão arrebatados em um épico maior!

No próximo Slayers, volume 4: A Batalha de Saillune! É uma história sobre Lina e seus amigos indo para a capital de Saillune, a Cidade Saillune! Que é meio que como passear em Tóquio, se é que você me entende! Como ir para a ******lândia em Tóquio e dizer algo exagerado como, “Mas não é tecnicamente em Tóquio”. Ou reclamar sobre como prefere ir para a P*nte do Arco-*ris. Ou encontrar uma celebridade famosa enquanto está andando por aí e tirar uma selfie com ela.

Essa última também teria sido divertida, mas que pena! Que pena!

De qualquer forma, esse é o tipo de história! Então, esse é Slayers! Vejo vocês de novo no próximo volume!

Posfácio: Fim.

***

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